A Historia do Pensamento
Por: Luan Yure • 20/8/2015 • Resenha • 498 Palavras (2 Páginas) • 372 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
História do Pensamento FIL1006, Turma 1IA Docente: Maria Inês.
10 de Maio de 2015
Discente: Luan Yure Silva Vieira
Heráclito foi um filósofo grego nascido por volta de 540 a.C, em Éfeso, e segundo sua principal base filosófica tudo o que existe está em permanente mudança ou transformação, o devir.
O mundo, segundo Heráclito, é um fluxo permanente em que nada permanece idêntico a si mesmo. Tudo se transforma no seu contrário. “A guerra é mãe e rainha de todas as coisas”. É da luta entre os contrários, ou seja, do devir, do tornar-se, do vir-a-ser, que eles se harmonizam numa unidade. O Lógos (razão, discurso sobre o ser) é mudança e contradição.
O Obscuro, como era conhecido Heráclito, concebeu o fogo como o princípio eterno que causa a mudança e concebe Deus como a harmonia ou síntese entre os contrários. É uma concepção de realidade que permite compreender o mundo somente no seu devir e na unidade dos opostos. Quer dizer que a doença torna valorosa a saúde e que jamais entenderíamos o significado da justiça se não houvesse a ofensa. O sentido, o significado está na harmonia, na conciliação entre os vários pares de contrários.
Em seu livro, a invenção da filosofia: uma introdução à filosofia antiga, Néstor Luis Cordero, faz um breve apanhado das preposições filosóficas de Heráclito, bem como as dificuldades inerentes aos estudos de sua obra por parte de historiadores.
No trecho do texto que faz referência ao conteúdo do logos(p 81-82) , podemos observar aproximações com as afirmações de outro texto, O Pensamento Pré-Socráticos: de Tales aos Sofistas, de Jean Bernhardt. “Poder-se-ia assim desenvolver a intuição de Heráclito: uma unidade simples é factícia, uma pluralidade inorgânica não constitui tampouco um mundo; só a oposição, que é a mais familiar e mais antiga experiência reconhece, implica a unidade da diversidade e a identidade das experiências, pois os termos opostos só existem uns pelos outros, mesmo mantendo uma diferença irredutível. O monismo de Heráclito se afirmar com dificuldade ás custas de um pluralismo conflita, solução antidualista (...).”diz Bernhardt em certa hora no trecho, que comparando com o trecho, “Heráclito raciocina exatamente pelo caminho inverso: a união é efetivada em função das diferenças, e quanto mais diferente são os componentes ,mais sólida é a união.”, do texto de Cordero, deixa em evidência a base da filosofia de Heráclito : o logos e a forma como este rege o cosmos : o equilíbrios de opostos em harmonia.
Ambos os autores parecem concordar também com a negação da frase “tudo flui” como parte da filosofia heraclitiana.”Que a realidade seja dinâmica não significa que esteja em perpétuo vir a ser,em permanente devir” diz Cordero em certo momento e “O rio guarda sai identidade no e pelo movimento continuo de suas águas” do texto de Bernhardt mostram a dinâmica das coisas segundo a concepção de Heráclito ,que acredita que dela vem a identidade de um ser , mas não o próprio.
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