AERA VARGAS
Por: Camille Ferreira • 30/5/2016 • Trabalho acadêmico • 446 Palavras (2 Páginas) • 242 Visualizações
Tema escolhido: 1ª Fase da Era Vargas
A vitória da Revolução de 1930 mudou o cenário político brasileiro. O movimento Vargas uniu diversas forças sociais, como setores oligárquicos, classe média e setores da burguesia urbana, além dos militares. Era a primeira vez que o governo representava mais de um setor da população. Visto que o Estado Imperial do Brasil surge representando a elite rural escravocrata, a República de 1889 era encabeçada pelo setor cafeeiro. Assim, Getúlio Vargas já havia conseguido algo nova naquela velha sociedade oligárquica.
O fortalecimento de Vargas vem de seu papel mediador em meio a lideranças difusas. Ele atuou como um habilidoso árbitro, mantendo a coesão que surgiu em 1930. Ainda que não evitasse, descartou esse ou aquele grupo quando as circunstâncias exigiam. Usando de sua liderança, nomeou gaúchos e mineiros para os ministérios, além de Tenentes-Interventores para governar os estados, causando diversas polêmicas.
Vargas soube se aproximar de setores populares urbanos, apoiando a classe trabalhadora, surgindo com a criação de leis e benefícios favoráveis a ela, desenhando o populismo, tão marcante na em sua era. O mesmo soube valorizar o setor cafeeiro e estimular a indústria. Porém, enfrentou o revés da Revolução de 32, em São Paulo. Surgida da insatisfação local pela nomeação de um tenente para governar o Estado.
Manifestações então surgiram e, em uma delas, a morte de quatro estudantes durante a tentativa de invasão da sede de um jornal favorável ao regime varguista, acabou sendo o estopim Revolução Constitucionalista, também conhecida como Guerra Paulista. Alguns estados como Sul de Mato Grosso, atualmente chamado de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, apoiaram São Paulo, mas o exército constitucionalista da capital paulista mostrou-se fraco. Faltava de tudo, principalmente armas e munições.
Assim, o movimento foi vencido pelas forças nacionais, inclusive com a repressão à revolução sendo surpreendentemente branda. Isso porque Vargas sabia que iria precisar das elites paulistanas em seu governo. Atendendo aos anseios constitucionalistas, Getúlio Vargas instituiu o Código Eleitoral em 1933, que introduzia o voto secreto, o feminino e a justiça eleitoral.
Em junho de 1934, foi elaborada uma nova Constituição, dando início ao Governo Constitucional. A partir desse ano, o governo de Vargas teve que enfrentar a radicalização ideológica. No contexto da década de 40, ideias fascistas que defendiam a ampliação do Estado na área sócio econômica surgiram. Eclodiram em 1932 e 1935, o movimento integralista e intentona-comunistas ambas controladas pelo governo uma vez que o aparato de repressão estatal atuara eficientemente.
Dessa forma, com o Brasil politicamente estremecido, o governo abandonou a Constituição de 1934, e com a carta de 1937, iniciou o Estado Novo no Brasil.
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