Arquivologia e Ciência da Informação
Por: William Magno • 26/4/2016 • Trabalho acadêmico • 2.043 Palavras (9 Páginas) • 372 Visualizações
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Universidade Federal do Pará
Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
Faculdade de Arquivologia
Disciplina: Fundamentos Teóricos da Ciência da Informação.
Docente: Roberto Lopes
Discentes:
Anderson Pinto
Gabriel Tancredi
Karoline Monteiro
Renato Pacheco
Victor Martins
William da Conceição
ANÁLISE DO ARTIGO: ‘’FRONTEIRAS INSTITUCIONAIS E DE IDENTIDADE ENTRE A
ARQUIVÍSTICA E A CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO’'
BELÉM
2016
SUMÁRIO
- - Considerações Iniciais.
- - Formação e definição de uma disciplina científica.
- - Os diálogos de uma disciplina e o extracampo disciplinar.
4.1 - Vínculos institucionais da Arquivística no Brasil.
5.1 - Vínculos de identidade entre a Arquivística e a Ciência da Informação.
6.1 - Considerações Finais.
RODRIGUES, G.M; CUNHA, A.A. Fronteiras institucionais e de identidade entre a Arquivística e a Ciência da Informação. In: VII Encontro nacional de pesquisa em ciência da informação, 2006, Marília, SP.
- Considerações Iniciais
O texto apresenta os temas que existem em comum entre a Arquivologia e a Ciência da Informação, demonstram com base em questionários respondidos por estudantes de arquivologia qual o sentimento de pertencimento a Ciência da Informação? Este texto tem como objetivo apresentar os atuais vínculos institucionais dos cursos de graduação em Arquivologia no Brasil.
Em seu processo de constituição como disciplina científica e de autodeterminação epistemológica, com que outras disciplinas a Arquivística se encontra, ou seja, estabelece diálogos? Quais são as fronteiras estabelecidas entre a Arquivística e as outras disciplinas científicas? Ela pode ser considerada uma interdisciplinar ou contraditoriamente, a Arquivística estaria inserida num processo de buscas, em outras áreas, de conceitos, instrumentos e métodos para refletir e ordenar a pesquisa na “interdisciplinaridade solitária” - a exemplo da Ciência da Informação? (ALDO BARRETO, 2006).
Justamente em busca de respostas a esses questionamentos que o texto desenvolve-se e tenta esclarecer dando respostas sólidas a cada pergunta apresentadas por BARRETO (2006).
2.1 Formação e definição de uma disciplina científica
Relacionada a esta reflexão da formação e definição da disciplina cientifica, podemos recorrer à definição de habitus e de campo científico, proposto por Pierre Bourdieu. Nesse sentido, a noção de habitus compreende “um sistema de disposições duráveis e transponíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona a cada momento como uma matriz de percepções, de apreciações e de ações” (1983a, p. 65), ou seja, “um sistema subjetivo, mas não individual de estruturas interiorizadas, esquemas de percepção, de concepção e de ação, que são comuns a todos os membros do mesmo grupo ou da mesma classe e constituem a condição de toda objetivação e de toda a percepção” (BOURDIEU, 1983a, p. 79). Quanto as definição de campo científico alia-se a ideia de habitus como: o campo científico tem uma lógica interna de funcionamento, que “produz e supõe uma forma específica de interesse”. Esse “interesse” diz respeito às práticas orientadas para a aquisição de autoridade científica (prestígio, reconhecimento, celebridade, etc.). O campo é, portanto, concebido como um “espaço objetivo de um jogo onde compromissos científicos estão engajados” (BOURDIEU, 1983b, p. 123-124).
Logo, a partir de Bourdieu, podemos analisar o habitus da Arquivística, a metodologia do seu estudo (autores, obras, instituições e eventos), considerando que as influências externas e tendências germinam e se propagam nessas condições. E ainda podemos compreender as relações da Arquivística com outras disciplinas, no seu processo de formação e configuração como disciplina científica.
3.1 Os diálogos de uma disciplina e o extracampo disciplinar
O tópico começa falando da apresentação que o autor Japiassu dá para as universidades. Ele critica apontando um resumo simples do conhecimento, o deixando mais prático e isso faz esclarecer o que ele define como “inteligência esfacelada”. Então devido a esta fragmentação do conhecimento no qual as tradicionais formas de saber são reduzidas e a interdisciplinaridade ganha espaço.
O autor fala neste tópico sobre a capacidade que as pesquisas passam a ter quando a iniciamos, temos que ligar várias disciplinas uma nas outras para acharmos, mas não o achamos, tem sempre um autor confrontando o outro. Chama-se interdisciplinaridade, não há definição fixa para este termo, existem até confusões quando se vai ver a distinção entre duas ou mais disciplinas.
No Brasil, também não há consenso nas relações interdisciplinares entre a Arquivística e a Ciência da informação. Anna Carla Mariz recorre a alguns autores para explicar tal relação. Jardim e Fonseca afirmam que o ponto comum entre a Arquivística e a Ciência da Informação é a informação registrada. Considerando objetos, tipos de informação, categoria de usuários e métodos se conclui que há uma fraca interação entre ambas. Para eles, a relação entre as duas não são claras, muito menos interdisciplinares e se estabelecem em nível pluridisciplinar. Outros autores recorrem a Deschatelet que reconhece a ciência da informação.
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