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Fichamento Novas Diretrizes Curriculares para o Curso de Publicidade e Propaganda

Por:   •  22/5/2019  •  Resenha  •  1.303 Palavras (6 Páginas)  •  395 Visualizações

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FICHAMENTO

NETO, Arlindo Ornelas figueira. Novas Diretrizes Curriculares para o Curso de Publicidade e Propaganda – Reflexões e Inflexões. In: 37ª CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, Rio de Janeiro: Intercom, 2015. p. 1-15. Disponível em:. Acesso em: 11 mar. 2018

Pag.

Citação

p. 2

[...] mais habilitações em publicidade e propaganda, praticamente meio milhar. de cursos (483) com registro no portal do MEC3. Uma expansão sem limites geográficos ou que fosse pautada pela existência de mercado de trabalho para os egressos: se os 5 cursos de 1970 estavam sediados no maior mercado da publicidade, na região metropolitana de São Paulo, hoje não existe um só Estado brasileiro que não conte com uma graduação em publicidade e propaganda.

p. 3

O que é consumido sob demanda nos meios digitais e provoca satisfação, fruição e compartilhamento, não é identificado como publicidade ou propaganda, algumas vezes nem como conteúdo pago ou mesmo vinculado a determinada marca. A se continuar neste raciocínio, fica evidente que pode estar havendo um descolamento da imagem de criatividade da publicidade, ao menos na sua “embalagem” tradicional e isso certamente deve influenciar na procura pela carreira.

[...]resta a realidade que menos candidatos tem sido atraídos pela carreira e que, ainda que não tenham uma expectativa clara de sua formação futura, devem ser trabalhados em uma estrutura curricular que os capacite para atuar com excelência no mercado publicitário; ou ainda, devem ser bem preparados para a carreira na pesquisa.

p. 3-4

[...] eles foram três, todos caracterizando-o como uma habilitação do Curso de Comunicação Social. O primeiro (nominado terceiro, já que dois anteriores haviam disciplinado o Jornalismo) foi o instituído pela Resolução 11/69, era constituído por um ciclo básico, que teoricamente contemplava as Ciências da

Comunicação e outro específico para a formação publicitária, ambos com 2 anos cada. À verdadeira “colcha de retalhos” que se constituiu este currículo, sucedeu-se a resolução 03/78 instituindo o segundo currículo (chamado “quarto” pela mesma razão anterior), que eliminou o ciclo básico, estipulou exigências de laboratórios práticos e as “campanhas de encerramento” ou os projetos experimentais, que subsistem na maioria das escolas até hoje.

Um problema estratégico não fez valer a exigência de laboratórios: seriam exigidas apenas a partir de 1980, ano que foi constituída pelo Conselho Federal de Educação uma Comissão Especial para nova reelaboração do currículo o que obviamente invalidou na prática a determinação. O terceiro currículo mínimo (quinto como já observado), instituído pela Resolução 02/84, detalhou bastante, de forma até excessiva, as disciplinas obrigatórias e eletivas, estabeleceu o patamar das 2700 horas-aula e flexibilizou a ordem de oferecimento das disciplinas, possibilitando uma mixagem entre disciplinas das Ciências Sociais, de Ciências da Comunicação e de Publicidade e Propaganda e reduzindo parcialmente a ansiedade dos alunos quanto ao ingresso nos conhecimentos específicos da carreira. Este foi o currículo mais longevo e perdurou até 1999, quando foram instituídas as Novas Diretrizes Curriculares da Área de Comunicação, que subsistem até hoje na formação em Publicidade e Propaganda (FIGUEIRA NETO, 2006, P.18-24).

p.4

As Diretrizes Curriculares para a área de Comunicação Social e suas Habilitações homologadas pelo parecer CNE/CES 492/2001 contaram com a colaboração e a contribuição de várias entidades presentes na área, como ABECOM, ENECOS, COMPÓS e a própria INTERCOM. Representaram uma grande guinada face ao último currículo mínimo, propondo uma liberdade bastante grande nos conteúdos dos cursos, estabelecendo quatro linhas de conteúdos básicos para as habilitações e duas linhas de conteúdos específicos para Publicidade e Propaganda:

-Conteúdos básicos:

-Conhecimentos teóricos-conceituais

-Conhecimentos analíticos e informativos sobre a atualidade

-Conhecimentos de linguagens técnicas e tecnologias midiáticas

-Conhecimentos éticos-políticos

-Conteúdos Específicos:

-Reflexões e práticas no campo geral da Comunicação

-Reflexões e práticas da Publicidade e Propaganda

p.5

Hoje procura-se predominantemente envolver indivíduos com experiências diferenciadas e inesperadas proporcionadas pelos contatos com os produtos e marcas. O que era um terreno facilmente identificado, tanto por suas formas como pelas abordagens fica mais diversificado e fluido, a ponto de não ser reconhecido (ou reconhecível). Muitas ações que visam sensibilizar públicos a favor de marcas apresentam hibridizações, mixando por exemplo, características

editoriais com publicitárias; ou como se torna comum, combinando elementos

característicos de uma forma de comunicação mercadológica, com outra, o que caracteriza uma integração e miscigenação das disciplinas de Comunicação.

p.6

[...] miscigenação e integração das várias modalidades é inexorável, tanto na teoria como na prática.

[...]atividades que fundamentam e funcionalizam as ações comunicativas, o que vale dizer: são cada vez mais integrados e interdependentes o Planejamento, a Criação e a Mídia, incluindo neste mix também as atividades de Pesquisa, realizadas para melhor embasar a Comunicação.

p.7

[...] diante deste novo cenário, tornado realidade muito pelo desenvolvimento dos meios digitais – os quais provocam uma efervescência constante e forçam a criação e adoção de novos modelos de atuação e mesmo de negócios - que devemos pensar os novos rumos e diretrizes do ensino da Publicidade e Propaganda.

p.8

[...] haja a necessidade de várias atualizações no perfil dos egressos e nas competências que se pretende atribuir aos alunos, deve-se que lembrar que a maioria das estruturas curriculares adotadas pelas IES ainda seriam mais apropropriadamente chamadas de grades curriculares – já que aprisionam o aluno num modelo muitas vezes anacrônico – que de matrizes curriculares, estruturas cambiáveis e adaptáveis às diferentes perspectivas de formação.

p.10

Significa que, no perfil do egresso, ainda se deve continuar a objetivar uma “visão integradora e horizontalizada – genérica e ao mesmo tempo especializada de seu campo de trabalho – possibilitando o entendimento da dinâmica das diversas modalidades comunicacionais e das suas relações com os processos sociais que as originam e que delas decorrem” (MEC, Parecer CNE/ CES 492/2001, p.16).

Também neste sentido, acredito que o perfil deva manter a necessidade do domínio das várias modalidades de Comunicação, mas priorizando sempre o conhecimento holístico dos públicos e indivíduos a quem as ações de comunicação se destinam.

p.11

Todos sabemos que, face à convergência das modalidades de Comunicação, é fundamental que se preserve a diretriz de se buscar o domínio de suas várias modalidades. Isso porém não basta, primeiramente porque já está definido na diretriz vigente e rigorosamente não acontece na prática; mas também porque, além de dominar, é necessário saber combiná-las, fundí-las, transitar por elas, enfim, ter claro como usá-las para produzir resultados mais eficazes.

[...]tecnologias digitais não se pode deixar de mencionar que a facilidade no acesso às informações já provocou um deslocamento de foco dos cursos de Publicidade e Propaganda, que para ganhar relevância devem necessariamente enfatizar a reflexão, o raciocínio, a criação. No cenário atual, caracterizado pelo efêmero “os softwares são instrumento de desenvolvimento dos “mindwares” que desejamos formar; e o domínio daqueles, tem que ser acompanhado de uma sólida formação teórica, cuja somatória resultará na excelência acadêmica que perseguimos.” (FIGUEIRA NETO, 2014, p. 45/46). É necessário, dentro deste ponto de vista, que se contemple nas novas diretrizes, tanto a prática como a teoria lembrando que ao contrário do que ocorria, não existe mais a linearidade do aprendizado. O “aprender para fazer”, hoje coexiste com o “aprender fazendo” e o “fazer para aprender”. A imbricação de ambas é fundamental até para assegurar que o aprendizado num curso de Publicidade e Propaganda não tenha um prazo de validade coincidente com o de um procedimento ou software, mas que garanta que, mesmo substituídos estes, o egresso possa evoluir em sua trajetória, acadêmica ou profissional.

p.12

-contextualizar os alunos, imediatamente à entrada nos cursos (mediante palestras, semana de estudos, ou outras formas de apresentação) ao cenário atual da Publicidade e Propaganda, enfatizando a tridimensionalidade que predomina na área;

-incluir como disciplina(s) obrigatória(s) as várias formas de Comunicação Mercadológica que não Publicidade e Propaganda: Merchandising, Product Placement, Marketing Direto, PDV, Promoção (Live Marketing), Relações Públicas (mercadológicas);

-oferecer acesso cursos (rápidos) de softwares básicos ao trabalho em publicidade, como os de design gráfico, edição digital, webanalitcs, planilhas eletrônicas, planejamento de mídia, etc. de forma eletiva para potencializar o aprendizado nas ênfases preferidas;

-favorecer a integração das disciplinas de um período letivo, de forma a tornar o aprendizado mais interdisciplinar e estimular o coworking;

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