Fichamento - Os Meios de comunicação como extensão do homem
Por: Marcos Amorozo • 28/5/2018 • Resenha • 583 Palavras (3 Páginas) • 509 Visualizações
Fichamento: Os meios de comunicação como extensões do homem – Marshall McLuhan - Capítulos 1 e 2
A Escola de Toronto procurou focar nos meios de comunicação porque foi um tema pouco trabalhado dentre as teorias de comunicação. Trouxe para análise a questão do meio de comunicação como um aparato tecnológico que modifica a mente. Assim, os processos de comunicação são compreendidos e analisados a partir da relação que possuem e da influência que sofrem da tecnologia.
O MEIO É A MENSAGEM
O meio é a mensagem. Ou seja, as consequências pessoais e sociais de qualquer uma de nossas extensões constituem o resultado do novo padrão introduzido em nossas vidas por uma nova tecnologia ou extensão de nós mesmos. A essência tecnológica primária, pela técnica da fragmentação, reestruturou a associação e trabalhos humanos. A automação proporciona o oposto disso.
A luz elétrica é informação pura. É algo assim como um meio sem mensagem, a menos que seja usada para explicitar algum anúncio verbal ou algum nome. Este fato, característico de todos os veículos, significa que o “conteúdo” de qualquer meio ou veículo é sempre um outro meio ou veículo. O conteúdo da escrita é a fala, assim como a palavra escrita é o conteúdo da imprensa e a palavra impressa é o conteúdo do telégrafo. Se alguém perguntar, “Qual é o conteúdo da fala?”, necessário se torna dizer: “É um processo de pensamento, real, não-verbal em si mesmo.” Este fato apenas serve para destacar o ponto de que “o meio é a mensagem”, porque é o meio que configura e controla a proporção e a forma das ações e associações humanas.
Qualquer tecnologia pode fazer tudo, menos somar-se ao que já somos. O paradoxo da mecanização reside no fato de ser, ela mesma, a causa do desenvolvimento e das mudanças, enquanto que o princípio da mecanização exclui a própria possibilidade de crescimento ou a compreensão das transformações. Isto porque a mecanização se realiza pela fragmentação de um processo, seguida da seriação das partes fragmentadas. As coisas mostram novas e contraditórias formas quando as anteriores atingem seu ápice. Quando a velocidade elétrica sucede à sequência mecânica do cinema, por exemplo, as linhas de força das estruturas e dos meios tornam-se audíveis e claras.
Ao propiciar a apreensão total instantânea, o cubismo como que de repente anunciou que o meio é a mensagem. A troca dos processos separados e sequenciais pelo simultâneo, entramos no mundo da estrutura e da configuração.
MEIOS QUENTES E FRIOS
Os meios podem ser divididos em duas categorias: quentes e frios. Os meios quentes são aqueles que agem singularmente em um de nossos sentidos e em “alta definição”, com a maior quantidade de informações para que a recepção da mensagem seja passiva e a participação seja reduzida. O rádio, o cinema e a tipografia são meios quentes. Já os meios frios são aqueles de “baixa definição” porque os dados fornecidos são poucos e superficiais. O receptor é levado a uma reflexão e envolvimento, para que seja capaz de completar a mensagem. O telefone, o cinema e o diálogo são meios frios.
A classificação proposta por McLuhan revela alguns resultados
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