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Hibridismos Comunicacionais: entretenimento, informação, consumo

Por:   •  20/5/2015  •  Resenha  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  285 Visualizações

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Hibridismos Comunicacionais: entretenimento, informação, consumo

Covaleski inicia o texto afirmando que a complexificação do ambiente mediático gerou novas configurações comunicacionais, tendo como resultado, processos cada vez mais híbridos de expressão. Esses novos processos, combinam, mesclam e geram novas estruturas comunicacionais e artísticas. Como sabemos, a principal função da publicidade é anunciar, mas, com a hibridização, acrescenta-se a ela outras funções, como entretenimento e diversão.

Rogério Covaleski cita como exemplo os estudos de Caclini, ele diz que hoje esbarramos com paradigmas comunicacionais que não se encaixam à tipo nenhum de público, não tem target definido, cada vez mais, percebemos combinações híbridas. Ele usa como exemplo o documentário Valsa com Bashir, que mescla teatro e cinema.

A publicidade está buscando novos métodos – através da forma e conteúdo – para conquistar a aceitação e a atenção do público, de modo que diminua a rejeição e aumentando sua eficácia. Enquanto as fontes de informação tornam-se acessíveis, os processos para obtê-la são por ora mais complicados.

O autor lembra que hoje, poucos anunciantes ousam deixar de lado as novas configurações, que vão da publicidade em jogos eletrônicos aos anúncios em obras de entretenimento; do ato de anunciar em meio a espacialidade real no qual se encontra o público-alvo a ser atingido ao espaço virtual criado pelo próprio consumidor em potencial.

De modo geral, a publicidade está em transição, principalmente quando a ligamos a tevê. O aparecimento de novas mídias, mais interativas, e a chegada da HDTV, precipitam a evolução para uma publicidade interativa, que fragmente, selecione e que, a cima de tudo, perca a roupagem da publicidade tradicional.

Covaleski afirma que, quanto mais a publicidade deixar de parecer publicidade, mais sobrevida terá. Podemos perceber que hoje, cada vez mais, ela aparece inserida e camuflada no entretenimento, travestida de diversão, prazeres sensoriais. Para melhor entendermos, o autor comenta alguns exemplos, são eles: The Hire (BMW) e City Hunters (Axe). Em 2001, a BMW lançou uma série de curtas-metragens intitulada The Hire, tiveram como partida uma pesquisa que foi feita com o intuito de calcular o público-alvo, com isso a empresa identificou boa parte de seu público. A BMW realizou uma ação inédita, onde promoveu carros esportivos, através de uma série que foi veiculada na internet. Convidaram diretores de cinema bem conceituados para a realização dos curtas-metragens, a hibridização se deu por meio da mescla de profissionais também.

À época, precedente a fenômenos de distribuição e visualização de material audiovisual pela internet, como o Youtube, cerca de 100 milhões de downloads da série de filmes da BMW foram feitos no mundo todo. O êxito persistiu por alguns anos, na forma de marketing viral. Dados da própria BMW apontaram um crescimento de 12% das vendas da marca nos Estados Unidos após a campanha. (COVALESKI, Rogério – 2009)

A série de curtas da BMW caracteriza-se pelo discurso sincrético, partindo de interfaces linguísticas de expressões, artísticas, culturais e comerciais, uma vez que nesta construção textual se mesclam a publicidade o cinema e o entretenimento.

Outro exemplo é a série City Hunters,

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