Jornalismo e Marketing

Universidade Anhanguera

Publicidade e Propaganda

        

Jornalismo e Publicidade, uma relação transformada pelo marketing

William Johnny Magalhães
RA: 1576189816

Jornalismo e Publicidade, uma relação transformada pelo marketing

Recentemente, vazou um vídeo da apresentadora Sabrina Sato, em que a mesma aparecia seminua em seu quarto e acompanhada de um homem. Momentos depois a apresentadora aparece em outro vídeo abordando o tema “Como é ruim ter imagens intimas vazadas”. A Campanha foi desenvolvida pela agencia Leo Burnett para a empresa AllWays, e relaciona diretamente um conteúdo, utilizando-se do duplo sentido da palavra “vazamento” para com o constrangimento de possíveis acidentes no período menstrual.

Essa relação de conteúdo com a marca, pode ser utilizada em associação a conteúdo jornalístico, editorial ou em manobras para relacionarem apelos emocionais a marcas.

Os norte-americanos do Content Marketing Institute, acompanham a estratégia de forma quase científica e chegam a conclusão que Recursos Jornalísticos e Propaganda utilizados de forma linear são uma afronta a inteligência do cliente, já que a empresa está falando do que conhece e não do que vende, mais com o objetivo de vender.

Essa relação que hoje parece uma solução desesperada para atrair a atenção do cliente, não é novidade para jornalistas, já que entre 1960 e 1970 o escritor Tom Wolfe junto com um grupo de escritores desenvolveu uma forma de adicionar Ficção a realidade das matérias e assim desenvolveu o New Jornalism. Essa nova abordagem da notícia, fez com que outros escritores relacionassem não somente a ficção, mais também o romance a notícia, o que aconteceu com Truman Capote e sua obra “A Sangue Frio”, onde o escritor utiliza desse formato para contar o assassinato de uma família no Kansas, e relata não somente o crime, mais a personalidade das vítimas e dos assassinos.

Entre 1966 e 1976, a Revista Realismo mostra uma possível influencia desse então movimento literário ao aproximar jornalismo e Literatura. Com uma abordagem cada vez mais humanizada, a revista abordou assuntos de diversas áreas, e com isso, tornou-se umas das mais expressivas e inovadoras experiências editoriais do Brasil.

Com uma utilização de relação mais humanizada, além de empatia com o fato (e uma inteligente utilização do vocabulário), a revista com seu grupo jovem de editores, dentre eles Hamilton Ribeiro e José Carlos Mourão, construía reportagens com riqueza de detalhes e extremamente bem contadas, o que as transformaram em um sucesso.

Em um momento, onde a comunicação entre anunciante e público tem sido cada vez mais cara e difícil, o marketing de conteúdo vem com a proposta de aproximar ainda mais o cliente da marca, utilizando a linearidade de vários novos canais e informação diretamente relevante ao target.