Publicação eletrônica
Resenha: Publicação eletrônica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rocho • 9/7/2014 • Resenha • 1.313 Palavras (6 Páginas) • 190 Visualizações
Editoração Eletrônica
A década de 80 foi um marco na história da computação. Foi quando a maioria
dos esforços dos desenvolvedores, tanto de equipamentos, quanto de programas, foram
direcionados para a viabilização do computador pessoal. Pequeno e poderoso o bastante
para que começasse a ser utilizado nos escritórios e até mesmo na casa das pessoas – na
época, algo tido como impossível por grande parte dos especialistas.
A Editoração Eletrônica – como é chamado o Desktop Publishing no Brasil –
acabou surgindo como um caminho natural dentro dessa mesma necessidade de se
transformar processos físicos em processos computacionais, ou seja, tornar uma página
de jornal em um aglomerado de elétrons. Mas como a produção de um impresso acabou
se tornando tão dependente dos computadores?
A resposta é muito simples, afinal, basta percebemos as vantagens inerentes ao
próprio fato de que um processo de Editoração Eletrônica permite:
• Possibilidade de correções e alterações virtualmente infinitas;
• Repetibilidade;
• Armazenagem dos originais sem perda de características ao longo do tempo
(salvo danos físicos aos meios de armazenamento);
• Transmissão dos originais e dos elementos gráficos entre as partes (cliente,
produtor gráfico, criação, impressão etc).
Obviamente a descoberta e o uso dessas vantagens não pertencem nem ao
mesmo tempo e nem ao mesmo espaço, elas foram sendo percebidas e desenvolvidas
junto da evolução dos sistemas computacionais, da suas capacidades de processamento
e dos diversos tipos de redes de comunicação informatizada.
2.1 O início
O primeiro uso vislumbrado foi o de substituir a Foto-Composição, a qual
consistia em um equipamento contendo diversos moldes tipográficos que gravavam os
blocos de texto digitados através de um teclado especial, mecanicamente ligado a jogos
de negativos contendo as respectivas letras selecionadas, as quais sensibilizavam um
filme, compondo assim todo o texto que era então montado manualmente junto dos
filmes das imagens e das ilustrações – ainda obtidos via processos convencionais –
formando assim o filme das páginas.
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O mesmo processo de digitação e obtenção dos blocos de texto foi assumido
pelos computadores com certa facilidade, já que uma das suas primeiras funções foi
justamente a de digitação de textos, não importando se o seu destino seria a composição
de um produto gráfico ou não. Porém, em muito pouco tempo, esse processo evoluiu
para além da simples entrada dos textos. Com o nascimento dos Scanners
(digitalizadores de imagens) agora era possível transferir outros elementos para dentro
do computador, como ilustrações e fotografias.
Com isso nasceu também uma grande dificuldade: Diferentemente de textos,
imagens e ilustrações não são geralmente mono-cromáticas. Existe uma gradação de
tons que precisa ser simulada e esse processo se chama Half-Toning (reticulagem).
Reticulagem é a adaptação de uma imagem com gradação de tons contínuos,
como uma fotografia, por exemplo, em uma sequência de pontos de tamanhos
diferentes, porém com um único tom. A determinada distância de visualização e
frequência em que esses pontos estão dispostos, surge a ilusão de que uma imagem com
gradação de tons é formada. Isso é necessário porque não é possível fazer com que a
tinta tenha diversos tons diferentes. A tinta em si é monocromática, o que causa a ilusão
Figura 2: A diferença entre uma imagem em tom contínuo e uma imagem impressa
reticulada.
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de tom é justamente a disposição desses pequenos pontos. O processo de reticulagem é
quase tão antigo quanto a própria indústria gráfica e a criação de uma retícula era feita
pela exposição, em um filme fotográfico, de uma imagem através de uma tela composta
por uma trama minúscula de linhas, o que causava a refração fragmentada da imagem
em forma de pontos de diferentes tamanhos, conforme se variava a quantidade de luz
refletida pela imagem. Como transferir, então, esse processo para o computador?
Outra questão era a montagem dos elementos gráficos. Se o computador não
conseguisse reproduzir a retícula, bem como posicionar e inter-relacionar os elementos
que compõe as páginas, então valeria mais a pena continuar no processo de montagem
manual, usando as tradicionais exposições de filme e reticulando os originais
fotográficos, enquanto a máquina ficaria encarregada apenas dos blocos de texto.
2.2 O Desktop Publishing
Diversas formas de obter esses resultados foram criadas, mas a um esforço
computacional
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