Resumo do Ciclo da Independência
Por: Adami_larissa • 25/9/2019 • Resenha • 948 Palavras (4 Páginas) • 186 Visualizações
Com base nas leituras e discussões em sala, pôde haver a compreensão das particularidades do surgimento da imprensa no Brasil. Em princípio, seu advento foi tardio, uma vez que Portugal possuía a necessidade de dependência da colônia, de forma que só após a transição desta para a sede do poder Real, a instituição do jornalismo estruturou-se, bem como a censura da Imprensa Régia. Houve jornais que ousaram explanar suas ideias. O Correio Braziliense ou Armazém Literário, questionador e crítico da realidade, e a Gazeta do Rio de Janeiro, que apresentava um “paraíso terrestre”, configuram-se nesse grupo. Em seguida, a finalização da censura e o início do Ciclo da Independência, permitiu-se a circulação jornalística dos mais variados tipos.
O periódico A Malagueta foi um deles. Publicado no dia 18 de dezembro de 1821 a 31 de março de 1832, o periódico espalhava-se no Rio de Janeiro que naquela época era a atual capital do Brasil, com Luís Augusto May como editor. Com sua linha editorial nacionalista, era a favor da emancipação política do país, considerado um jornal liberal, sua primeira publicação aconteceu em meio à crise do Dia do Fico, assim desempenhou um papel fundamental. Chegou a possuir cerca de 500 assinaturas e normalmente era composto por um artigo, vendido a 100 réis. Obtinha uma forte oposição, fazia uso de um tom coloquial para a comunicação com seus leitores. Ele era impresso nas tipografias Moreira & Garcez, de Silva Porto, de Astréia e de R. Ogier. Apresentada publicamente como independente, nas publicações criticavam o Parlamento e muitas atitudes de D. Pedro I e seus ministros, tal posicionamento fazia com que recebesse rebatidas por meio da imprensa. A epígrafe contida no jornal era do filósofo francês Rousseau “Quando se diz acerca dos negócios do Estado – o que me importa? – deve-se dizer que o Estado está perdido”.
Outro jornal importante e similar ao Correio Braziliense é a Aurora Fluminense. O periódico teve início em sua publicação no dia 21 de dezembro de 1827, na cidade do Rio de Janeiro. Foi fundado por José Apolinário Pereira de Morais, um brasileiro, José Francisco Xavier Sigaud, um médico francês e pelo professor Francisco Crispiniano Vedetaro, em meio ao contexto da crise do Primeiro Reinado. Evaristo Veiga se uniu a eles e de colaborador passou a redator, não demorando muito tempo, veio a ser o redator principal. Ele foi o responsável por fornecer uma linha editorial liberal moderada, que se prolongou até o Período Regencial, se tornando assim o periódico de mais tiragem da época. Desempenhou um papel importante ao ocupar uma posição relevante no que tange a política partidária e das campanhas cívicas, mesmo que o governo vigente ainda continuasse arrogante e autoritário. Desta forma o jornal pertencia ao editor que se disponibilizou para uma ação social, independente, de linguagem elegante e irônica, algo novo para a imprensa da época. A sua estrutura retratava o modelo adotado por alguns países da América e da Europa em seus jornais, composto de treze secções que, de modo geral e técnico, evidenciam seu caráter defensório em relação ao regime representativo, condenador do colonialismo, libertário na manifestação do pensamento, pleno no exercício da oposição, na modernização das instituições e na reorganização do país sendo o ditame da consciência coletiva.
Nessa sequência, o terceiro jornal significativo, considerado como um efêmero panfleto periódico conservador e essencialmente político, O Conciliador do Reino Unido foi lançado em primeiro de março de 1821, na cidade do Rio
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