UNIDADE I – SENSO COMUM MITO E FILOSOFI
Por: AlineClopess • 29/9/2016 • Resenha • 1.597 Palavras (7 Páginas) • 392 Visualizações
UNIDADE I – SENSO COMUM MITO E FILOSOFIA
Conhecimento é o conjunto dos saberes constituído pelas informações, experiências pessoais e/ou compartilhadas pelos indivíduos ao longo de suas vidas.
O conhecimento é uma relação que se estabelece entre um sujeito COGNOSCENTE (ou uma consciência) e um objeto. Em outras palavras, ele é a apreensão do objeto pelo sujeito.
Todo conhecimento é relativo, pois supõe um ponto de vista, certos instrumentos (sentido, ferramentas, conceitos etc.) e limites do sujeito que conhece.
CONHECIMENTO E VERDADE:
Verdade e certeza devem ser nitidamente distinguidas. A verdade é algo objetivo e a certeza, algo subjetivo.
MODOS DE CONHECER O MUNDO:
Mito – conhecimento mágico;
Senso comum – conhecimento espontâneo;
Ciência – conhecimento das relações de causa e efeito entre as coisas;
Filosofia – A origem e o sentido dos problemas.
CONHECIMENTO E TRADUÇÃO DO REAL - o conhecimento, nunca é um reflexo ou espelho da realidade que se quer descrever. Ele é sempre uma tradução, seguida de uma reconstrução.
CONHECIMENTO E CONTEXTO – É fundamental que se coloque o conhecimento em seu contexto. Não é a quantidade de saberes que definem o que se deve aprender, mas a pertinência do que se conhece e o contexto a que um conhecimento se refere.
O conhecimento deve ser contextualizado, globalizado, multidimensional e complexo:
O contexto dá sentido à informação recebida;
O global diz respeito às relações entre o todo e as partes;
O multidimensional diz respeito ao ser humano e a sociedade;
SENSO COMUM:
O senso comum se relaciona ou se identifica com as interações entre os seres vivos e o meio ambiente e tem o fim de realizar objetos de uso e de fruição. Este sistema é constituído por tradições, profissões, técnicas, interesses e instituições estabelecidas no grupo. Ele é regulado pelas circunstâncias, valores, emoções e opiniões de quem os produz. Entretanto, fica no imediato das coisas e não tem como exigência para o seu funcionamento a necessidade de ser objetivo ou ser antecedido pelo questionamento ou pela investigação.
Existe uma grande diferença entre as certezas cotidianas e o conhecimento filosófico e científico. O senso comum fica no imediato das coisas e se caracteriza por sua subjetividade. Ele é regulado pelas circunstâncias, opiniões, emoções e valores de quem o produz. A filosofia e a ciência, ao contrário, são caracterizadas por sua objetividade, pelo questionamento e pela investigação
MITO:
O mito pode ser compreendido como uma leitura especial do que funda a realidade e é fundamental para o estabelecimento dos valores que sustentam as relações que os indivíduos humanos mantêm entre si no grupo social e com todas as coisas de seu mundo. Através dos relatos míticos, podemos compreender o que são os povos que o tomam como “bússola” que guia sua ação no mundo e que lhes permite compreender o que são as coisas e qual é o seu papel na realidade em que estão inseridos.
CARACTERÍSTICAS DOS MITOS:
Os mitos são entendidos como história de seres sobrenaturais, pois aqueles que fundam o mundo dos homens e das coisas da ordem natural são de outra dimensão. Eles são deuses e de sua ação nasce o próprio tempo.
Os mitos são histórias sagradas e verdadeiras. Como resultado da ação de seres sobrenaturais eles são sagrados. Os deuses dão sentido às coisas que constituem e neste processo elas são sacralizadas e se traduzem como verdade que ultrapassa a dimensão humana, pois maiores e mais importantes que os meros relatos humanos. Em razão disto, não se reconhecem para os relatos míticos uma autoria humana. Eles são revelados a indivíduos humanos especiais que os repassam aos outros seres humanos.
Os mitos criam o sentido de duração, marcando a passagem de uma ordem temporal ordinária para um tempo sagrado. Este tempo sagrado estabelece o sentido de continuidade além do instante, do vazio, do nonsense e torna o mundo humano algo significativo. Em outras palavras, os mitos oferecem um parâmetro, um sistema de valores que permite aos homens se ocuparem de seu mundo, dominando e manipulando as coisas de sua realidade e se relacionando uns com outros.
O QUE É FILOSOFIA?
Nossas concepções sobre o que somos e o que é o nosso mundo e as pessoas com as quais convivemos formam um conjunto de idéias que orientam nossa presença e as relações que estabelecemos uns com os outros. Este conjunto de idéias pode ser designado, no sentido amplo da acepção, como filosófico. Grosso modo, todas as vezes que pensamos sobre alguma coisa estamos filosofando. Contudo, o que designamos, em seu sentido mais estrito, FILOSOFIA é a investigação racional e crítica dos princípios primeiros. Implica não a sabedoria, mas um processo em que se tem o saber como meta, ou melhor, em que o propósito é a busca pelo conhecimento. Este saber tem características especiais e um modus operanti que lhes são próprios.
Diferentemente de outras formas ou sistemas de conhecimento – o senso comum e, especialmente, as representações míticas, a Filosofia se preocupa em explicar como e porque as coisas são como são, mas não admitindo contradições – como o fabuloso e o incompreensível, exigindo uma explicação coerente, lógica e racional. Aquele que filosofa deve procurar ir à raiz das coisas a fim de explicitar os conceitos utilizados nos vários campos do saber e do agir. Além disto, deve evitar ambigüidades e investigar os problemas sob a perspectiva de conjunto, relacionando-os entre si.
Unidade 02 - Filosofia Grega Antiga: dos pré-socráticos a Aristóteles
PRÉ-SOCRÁTICOS - CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
É uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza;
Busca o princípio natural, eterno, imperecível e imortal, gerador de todos os seres;
Afirma que, embora a physis seja imperecível, ela dá origem a todos os seres perecíveis e mortais infinitamente variados e diferentes do mundo;
Afirma que os seres físicos são mortais, mutáveis e mudam de qualidade e quantidade.
O FUNDAMENTO DO MUNDO:
Os primeiros filósofos gregos, denominados pré-socráticos ou cosmólogos, se ocuparam, fundamentalmente, com a origem do mundo e com as causas das transformações na natureza;
A physis (natureza) é o objeto de investigação dos primeiros filósofos gregos. Eles buscavam explicar, a partir de causas puramente naturais, a origem (arque) de todas as coisas, ou seja, o elemento primordial, o ponto de partida para todas as coisas.
Heráclito de Éfeso que compreendia o fogo como princípio fundamental de todos as coisas e a guerra como o fundamento último de toda realidade.
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