A Consciência Mítica
Por: Fernanda Ribeiro • 30/9/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 1.735 Palavras (7 Páginas) • 891 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................04
2 CONSCIÊNCIA................................................................................................05
2.1 O que é consciência? ...................................................................................05
3 CONSCIÊNCIA MÍTICA ..................................................................................07
3.1 Mitos ...............................................................................................................07
4 CONCLUSÃO .................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................11
1. INTRODUÇÃO
Uns dos problemas que perpassa a história da filosofia, é em relação ao estudo da consciência, pelo fato de ela não ter uma univocidade em relação a sua definição, sendo assim, ideia desta pesquisa reside na tentativa de conceituar consciência e discorrer sobre a consciência mítica.
Na filosofia, consciência é a percepção imediata do sujeito daquilo que passa dentro ou fora dele, ou seja, ela possibilita ao ser pensar no mundo em que o rodeia. A consciência pode estar relacionada com o conhecimento que o ser possui. Marilena Chauí diz que, a consciência do ponto de vista da teoria do conhecimento é uma atividade sensível e intelectual dotada do poder de analise, síntese e representação. É o sujeito. Diz ainda que há vários graus de consciência além de, consciência passiva, vivida, ativa e reflexiva. Para Searle, a consciência é um conjunto de estados de sensibilidade ou ciência que se inicia ao acordar e que se estende ao longo do dia. Para ele, consciência é um fenômeno biológico e devemos conceber como parte de nossa história biológica.
Já a consciência mítica, centra-se no entendimento dos mitos. Ela está relacionada ao entendimento sobre as formas de sabedorias passadas, ela cria um paralelo com a verdade real, que é buscada pela filosofia a partir da razão, da atitude filosófica e do questionamento. O mito é uma ideia compreensiva da realidade, uma forma de tranquilizar e acomodar o homem para ele situar-se no mundo. O mito não é um conhecimento racional, ele constitui uma forma de transmitir valores e a atribuir significados a vida humana. A mudança do mito para a razão, veio divido a mudança de pensamentos dos povos que começaram a fazer questionamentos em relação aos mitos e a existência de criaturas sobrenaturais.
2. CONSCIÊNCIA
2.1 O que é a consciência?
Definir o termo consciência é um problema que perpassa toda a história da filosofia é um termo que não tem uma univocidade em relação a sua definição, segundo Cardoso e Almada (2013, p. 223). Diante disto, percebemos que, torna-se difícil especificá-la, pelo fato de não ter um elemento correlativo físico e por ser ao mesmo tempo o facto mais básico e também o que traz mais dúvidas quanto ao que na realidade é.
Consciência tem origem do vocábulo latim (conscientia: conhecimento compartilhado com alguém). É a percepção imediata mais ou menos clara, pelo sujeito, daquilo que se passa nele mesmo ou fora dele (JAPIASSÚ, MARCONDES, 2008), ou seja, é o ato no qual percebemos nossa presença no mundo.
Sobre consciência do ponto de vista de Marilena Chauí diz:
Vimos que a teoria do conhecimento, distinguindo o Eu, a pessoa, o cidadão e o sujeito, assim como distinguindo graus de consciência (passiva, vivida, reflexiva), tem como centro a figura do sujeito do conhecimento, na qualidade de consciência de si reflexiva ou atividade permanente racional que conhece a si mesma (Chauí, 2000, p. 210).
A consciência passiva é aquela na qual temos vaga percepção de nós mesmos e do que se passa à nossa volta, a consciência vivida é nossa consciência afetiva que nos faz perceber a realidade e nós mesmos a partir de nossos sentimentos e a consciência reflexiva é aquela que reconhece a diferença entre o interior e o exterior, entre si e os outros, entre si e as coisas. É a consciência que realiza os atos, e visa os conteúdos e as significações. O sujeito do conhecimento é aquele que reflete sobre relações entre atos e significações e conhece a estrutura formada por eles (a percepção, a imaginação, a memória, a linguagem, o pensamento), (EPIGRAFES, 2013).
Ela pode ser definida também como o conhecimento que o homem possui, dos seus próprios pensamentos, sentimentos e atos, podem-se distinguir dois tipos de consciência, a consciência imediata e a refletida, segundo Porto Editora (2003-2019). A consciência imediata é a que remete a existência do homem perante si mesmo, no momento em que pensa ou age. A consciência refletida é a capacidade do homem recuar perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los.
Mas para Chauí há vários graus de consciência:
Que acontecerá, porém, se o sujeito do conhecimento descobrir que a consciência possui mais um grau, além dos três que mencionamos e, sobretudo, quando descobrir que não se trata exatamente de mais um grau da consciência, mas de algo que a consciência desconhece e sobre o qual nunca poderá refletir diretamente? (CHAUÍ, 2000, p. 210).
Na perspectiva de John Searle, a consciência é um conjunto de estados subjetivos de sensibilidades ou ciência, que se iniciam ao levantar e se estende ao longo do dia. Continua ainda a dizer que a consciência é um fenômeno biológico e devemos conceber como parte de nossa história biológica. Entretanto Searle demonstra que a consciência tem algumas particularidades que não são observadas em outros fenômenos biológicos, (SEARLE, 2010, p. 1-2).
Para a psicologia, a consciência: é considerada um estado cognitivo não-abstrato, que permite que um indivíduo faça interação e interprete os estímulos externos que são conhecimentos como a consciência real ou realidade. Dentro desta área, é ainda possível explicar que uma pessoa sem consciência é aquela que é desligada da realidade e que não tem ciência do que acontece em sua volta. A psicologia faz a distinção entre o nível consciente (estabelece as
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