A Dialética de hegel
Por: Ronieli Gonçalves • 2/1/2016 • Trabalho acadêmico • 1.133 Palavras (5 Páginas) • 407 Visualizações
A DIALÉTICA DE HEGEL
A Natureza é a Ideia alienada, objetiva; o Espírito é a conciliação entre a Ideia e a Natureza.
No domínio da Ideia:
a) o ser é a Ideia em seu momento subjetivo
b) a essência é a Ideia exteriorizada, objetivada
c) o conceito é a síntese, a conciliação entre o ser e a essência (síntese que é Idéia absoluta)
d) a Ideia é uma mente absoluta que preexiste ao universo. Ela é real, mas não existe.
Para Hegel, Existência é aparência. Existência é o que pode ser imediatamente apresentado à consciência. Está no tempo e no espaço, se é físico; e no tempo, se é psíquico.
Como a Lógica da dialética Hegeliana propõe-se uma série de encadeamentos categoriais que expressam o próprio movimento do real. A filosofia nada mais seria senão a compreensão desse processo de auto-exposição, que significa também uma auto-apresentação do absoluto. Tal processo consistiria em uma exposição de categorias, sequencialmente progressivas, que vão da indeterminação primeira de ser/nada até a completude da idéia absoluta. Buscaremos apresentar como o idealismo absoluto hegeliano prova sua tese de que o mundo é racional e que estas categorias apresentadas são, não apenas categorias do pensar, mas categorias do ser. Podemos afirmar que a filosofia hegeliana é o estudo da idéia, pois nela vemos como a idéia se desenvolve em movimentos marcados por uma dinâmica dialética, caracterizada por uma sucessão perene de momentos, justamente na Ciência da Lógica, que é uma vasta explanação sobre a natureza, origem, extensão, e formas do pensamento conceitual, em uma palavra, pensar sobre o pensamento.
Hegel descreve a formação de conceitos como um processo no qual o ser emerge como essência, e, em um contínuo devir dialético, a essência emerge como conceito de Deus, da natureza, do espírito; mas a lógica desenvolvida pela sua tradição se ocupa desses inteiramente só por si, na sua completa abstração , constatação que o incita a propor uma reformulação dessa lógica, pois afirma que: A transformação completa que o modo de pensar filosófico sofreu entre nós desde há cerca de vinte cinco anos, a posição mais elevada que a consciência de si do espírito alcançou sobre si neste período de tempo. O período citado por Hegel é o que vai de 1787, ano da publicação da segunda edição da Crítica da Razão Pura de Kant. Porém, Hegel salienta que mesmo estes significativos avanços nada contribuíram para o desenvolvimento da lógica, que ainda continuava “esvaziada”. Em contraposição a isso, sua Lógica trata de esclarecer as relações entre os conceitos fundamentais com os quais a razão precisa trabalhar, por isso a considera a ciência do pensar sobre o pensamento, a ciência da idéia pura, do pensar e de suas determinações.
O objeto da Lógica seria o pensamento, mais precisamente o pensamento conceitual, ou seja, aquele que concebe o conceito. Note-se que para Hegel o conceito não é a representação geral de alguma coisa ou o simples ter algo em mente, mas sim a determinação fundamental: o conceito é o que se apreende na coisa mesma, a estrutura essencial. Por isso podemos afirmar que a Lógica tem como conteúdo as estruturas puras da realidade. É interessante salientar que, para Hegel, tais formas lógicas básicas não estão a nosso serviço, mas na verdade nós estamos sob o poder delas, pois estamos inseridos na realidade à qual elas são o fundamento: “Por conseguinte, podemos então muito menos considerar que as formas-do-pensar que se estendem através de todas as nossas representações – sejam estas meramente teoréticas ou contenham um material que pertence à sensação, ao instinto, à vontade – estão a nosso serviço, que nós as possuímos, e não elas a nós, que nos resta frente a elas? Como devemos nós, como eu devo, como o mais universal, sobrepor-me a elas, que são o mesmo universal como tal? Para pensar sobre o pensamento, devendo ser tida como uma sistematização dos conceitos necessários para a própria estrutura do mundo. Não é somente lógica em um sentido que tenha alguma coisa a ver com uma teoria de argumento válido, ou qualquer coisa parecida, pois a lógica em Hegel tem como sua essência a mais pura idéia, ou seja, a idéia que dá
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