A FILOSOFIA NA VIDA HUMANA
Por: ULTN • 17/8/2022 • Resenha • 1.045 Palavras (5 Páginas) • 107 Visualizações
DIOCESE DE CASTANHAL[pic 1]
SEMINÁRIO DOM VICENTE ZICO
CURSO DE FILOSOFIA
ÉTICA I
WELLINTON MONTEIRO LIMA
SANTO TOMÁS DE AQUINO NO APOUGEU DA IDADE MÉDIA
Castanhal – PA
2021
WELLINTON MONTEIRO LIMA
SANTO TOMÁS DE AQUINO NO APOUGEU DA IDADE MÉDIA
[pic 2]
Castanhal – PA
2021
CONPARATO, Fábio Konder. Ética: direito, moral e religião no mundo moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
Em uma época determinante para a história europeia, que foi a passagem da Alta para a Baixa Idade Média, inúmeros fatores mediante a uma perspectiva histórica da formação estrutural da ética – em meio a uma visão medieva -, contribuíram para o crescente pensamento a respeito da construção da ética proporcionada pelas intrínsecas mudanças de cunho interno da Igreja daquele século e por seus representantes; um destes mais célebres de seu tempo, foi São Tomás de Aquino que nasceu em 1224. Ou seja, o texto remete-nos ao início do século XIII em primeiro momento e logo após volta aos séculos anteriores e apresenta-nos está estrutura que foi fulcral para tal formação ética apresentada por Tomás de Aquino.
O século XIII foi um tempo díspar na história europeia, época de crise e de significativas mudanças na estrutura social epocal, a saber, ao que refere ao englobamento do sistema de mentalidades, organizações de poder e também das condições espaciais ou tecnológicas de base, isto é, são as características de uma mudança histórica de épocas.
Três grandes movimentos de transformação social confluíram para esse resultado: a reforma religiosa, a prefigurar aquela que ocorreria três séculos depois; a revolução comercial, que deu início ao capitalismo; e o ressurgimento da vida intelectual no Ocidente, com a criação das primeiras Universidades[1], isto a partir do século XI, passagem da Alta para a Baixa Idade Média.
A reforma religiosa medieval revelou duas vertentes a qual se interligava: a mudança institucional e o surgimento de uma nova mentalidade e de novos modos de vida[2]. O poder eclesiástico rivalizava com o da nobreza, a soberania do papa com a do imperador, a renovação das instituições da Igreja não podia deixar de produzir efeitos da maior amplitude e profundidade. Neste sentido, foi sob o pontificado de Gregório VII (1073-1085) que as principais reformas institucionais foram decretadas[3]. Ou seja, elas visavam a três objetivos bem determinados: assegurar a independência da Igreja em relação ao poder temporal na nomeação de bispos e abades, e na própria eleição do papa; abolir a prática da simonia, isto é, a venda de serviços religiosos; e pôr cobro à incontinência sexual dos clérigos, que não raro constituíam família sem deixar as ordens sacras[4]. Com isso as Ordens voltaram aos carismas iniciais dos fundadores e também surgiram novas ordens mendicantes que ajudou para a concretização da reforma.
Quanto a revolução comercial, se deu por meio da retomada da navegação cristã no Mediterrâneo, entre os séculos XI e XII, que provocou uma imensa transformação da sociedade europeia, deste modo, os comerciantes firmavam-se como um novo grupo social (burgueses). Nisto, já começavam a suplantar o poder político da nobreza e do clero. Por isso, a chefia da Igreja vislumbrou bem cedo a importância de contar, do seu lado, com a burguesia. Deste modo, uma parte não desprezível da grande reforma gregoriana do século XI teve por objetivo reabilitar eticamente os comerciantes[5].
Outro fator foi o ressurgimento da vida intelectual. A grande originalidade das universidades, no meio medieval, foi o fato delas reunirem homens de todos os estratos sociais, naturais de vários países, homens que passaram a constituir o status studentium ou o ordo scholasticus, onde se apagava a separação formal entre religiosos e não religiosos, dando-se novo sentido ao laicato[6]. Com tal importância do intelecto a Ordem medicante tomou parte ativa na vida universitária, isto a nível de docente e discente. Em virtude disso, a Ordem dos Dominicanos, na qual ingressou São Tomás, distinguiu-se desde a sua fundação pela sólida formação intelectual de seus membros, convocados para argumentar com os hereges, a fim de convertê-los à boa doutrina[7]. O apogeu da cristandade foi crescente no séc. XII, pois, sob o longo pontificado de Inocêncio III (1198-1216), a soberania papal sobre os reis suplantou a do imperador[8].
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