A Fundamentação da metafísica dos costumes
Por: talesrocha • 3/6/2018 • Trabalho acadêmico • 677 Palavras (3 Páginas) • 156 Visualizações
Disciplina: Introdução a Filosofia: Ética (DIG FIL028)
Curso: Direito - Período Letivo: 1º Semestre de 2018
Turma: A (2018 -1)
Professor: Daniel Pucciarelli
Aluno: Tales Faria Rocha
Kant, IMMANUEL. Fundamentação da metafísica dos costumes.
Referência do texto base: Immanuel Kant. “Fundamentação da metafísica dos costumes”. Traduzida do alemão por Paulo Quintela.
Temas: Boa vontade, por dever, conforme o dever, máxima da ação, lei e respeito à lei.
Problema central: Determinação e exposição do que torna uma ação valorosa ou não.
Objetivos: a.Conceituar boa vontade, b.Diferenciar ação por dever de ação conforme o dever, c.Explicitar o conceito de máxima e o propósito da ação, d.Ação conforme respeito a lei moral.
Tese principal: Uma ação só é boa em si se concebida por uma boa vontade, essa por sua vez é escolhida pela razão por um dever e em respeito à lei moral.
Tese I
“[...] São sem dúvida a muitos respeitos coisas boas e desejáveis; mas também podem tornar-se extremamente más e prejudiciais se a vontade, que haja de fazer uso destes dons naturais e cuja constituição particular por isso se chama carácter, não for boa.”
A boa vontade é obtida por meio da principal faculdade do ser humano, a razão, e é em si, o propósito dos atos que tornam um ser humano moral, esses são por dever. Contudo, não é boa apenas pelo que realiza, é boa em si mesma e deve ser analisada pelos seus efeitos. Ela independe das características do indivíduo, sejam elas boas ou não. O que as torna virtuosa é quando por trás dessas, há a boa vontade. Fazendo um comparativo com Mill, o qual dizia que todo ato será bom ser buscar a felicidade, Kant diz que o ato só será bom se estiver pautado na boa vontade.
Tese II
“Pois // é fácil então distinguir se a acção conforme ao dever foi praticada por dever ou com intenção egoísta.”
Kant diferencia aqui a ação entre por dever e conforme o dever. A ação por dever é a ação dotada de boa vontade, feita por que é o certo e pronto, sem objetivar um fim outro a não ser o correto. A sua verdadeira motivação é respeitar o dever, o que é o certo a fazer. Já a ação conforme o dever tem um objetivo por trás sem ser o simples fato de ser o correto, mas sim objetiva um ganho ou a não perda de algo por trás da ação.
Tese III
“Uma acção praticada por dever tem o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina”.
A máxima em questão é o principio subjetivo que guia o ato do individuo e seu valor moral não reside na sua finalidade, mas sim no princípio, na própria máxima. Ela deve ser entendida como o propósito do ato, e será moral na medida em que a vontade (que é a deliberação para contra a inclinação) exercer papel fundamental na decisão do ato, ou seja, quando a razão tomar as rédeas dos instintos e na contramão do mesmo decidir o que é o certo e o errado, e agir por dever.
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