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A Ideal da Cidadania Cosmopolitana

Por:   •  24/4/2020  •  Resenha  •  714 Palavras (3 Páginas)  •  159 Visualizações

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Ideal da Cidadania Cosmopolitana

Autor: Adela Cortina

A autora começa o artigo falando que a melhor maneira de alcançar um ideal é educar para alcançá-lo. Segundo Kant, esse ideal deve estar entranhado na natureza humana. Esse ideal de cidadania cosmopolita consiste em um mundo em que todas as pessoas se saibam e se sintam cidadãs. Ao se sentirem                                                                                                                           diferentes, essa cidadania se identifica com a diversidade entre as pessoas e com a inclusão. Como cita o filósofo, a humanidade tem o destino de construir uma cidadania cosmopolita, uma espécie de república ética universal, onde seja a educação o início dessa inspiração.

Esse projeto pode converter os seres humanos como comunidade, como causa comum de solidariedade, cuja educação, a ética e a civilidade são pilares importantes na realização do bom cidadão.

A Idéia de Autêntico cidadão pressupõe uma sociedade que abraça tantos cidadãos próprios como estrangeiros, e que essa convivência tenha a justiça como base fundamental deste propósito. Essa universalização deve satisfazer a exigência ética de ter como referência os CIDADÃOS DO MUNDO, e ninguém pode ser excluído, pois os bens da terra são sociais.

Universalizar a Cidadania Social

O fato de serem os bens da terra sociais torna insustentável a idéia do Individualismo Possessivo, próprio da era moderna, cujo indivíduo se crê dono das suas faculdades e por esta causa pensa que não deve nada à sociedade.

Em tempos de globalização, os bens já não pertencem a qualquer lugar específico, eles formam parte da aldeia global, e devem ser distribuídos pelos setores Econômicos, políticos e sociais, de maneira justa e equitativa.

A autora entende como bem social os bens relacionados aos bens materiais como alimentos, vestuário, moradia e serviços sociais, e aos bens imateriais como educação, cultura, esperança, alegria, entre outros. E são esses os bens que ninguém possui com exclusividade. Todos e cada um dos cidadãos deveriam receber esses bens como ideal de justiça e uma cidadania social cosmopolita daria garantia aos direitos de todas as pessoas da terra. Ninguém  por si só está legitimado a desfrutar de todos os bens , de modo que devem tornar aos outros partícipes, sem excluir  ninguém.

Globalização Econômica e Globalização Ética

Vivemos numa aldeia global, onde cada estado – nação é responsável pelo bem próprio e pelo comum, atendendo a idéia de priorizar a solidariedade, a igualdade e a liberdade, assumindo globalmente os problemas. Diante dos desafios universais, não cabem atitudes egoístas no sentido do “Meus” ou “Nossos”, e sim, a atitude ética como horizonte para a tomada de decisões do bem universal, mesmo que seja preciso construí-lo a partir de um bem local.

Interculturalismo Universal

O multiculturalismo aumenta perigosamente os problemas nas comunidades, porque exige de cada uma delas o respeito e o diálogo, para encontrar os limites na convivência. Não se pode pensar em uma cidadania cosmopolita , quando uma hierarquia , seja cultural, religiosa, ou mesmo política, condena os outros a ocuparem uma posição inferior.

Trata-se, então, de assegurar a estabilidade de uma sociedade plural, com o direto à justiça baseado no bem comum, de modo a impor deveres e obrigações morais a todos seus membros, respeitando os Direitos Humanos e a Dignidade das pessoas, e diminuindo a brecha das desigualdades econômicas e sociais.

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