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A Pitágoras e a Maçonaria

Por:   •  2/12/2018  •  Resenha  •  1.632 Palavras (7 Páginas)  •  480 Visualizações

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Pitágoras e a Maçonaria

A capacidade do homem em mensurar quantidades, distâncias e diferenças permitiu a criação dos números, que são apenas uma forma de contar e medir coisas semelhantes a nível teórico. Os hebreus possuíam grande conhecimento sobre os significados dos números, sempre atribuindo valores sagrados ou nefastos, mas todos envolvendo a ideia de divindade e do cosmo.

A numerologia é a ciência que estuda os números e seus significados, esta difere da matemática por ser mais filosófica enquanto a segunda é exata. Na maçonaria a numerologia ajuda a compreender o significado místico de alguns números, baseado tanto no misticismo hebraico como na escola de Pitagorismo. No Rito Escocês desde o primeiro grau o mistério dos números 1, 2, 3 e 4 começam a serem estudados.

A Ciência dos números tem no simbolismo de algumas civilizações, mesmo antes de Pitágoras, um papel de destaque como na China, Índia e a Grécia.

Número 1 (UM)

        

        O número um é a unidade, o inicio, é Causa sem causa, é a representação de Deus manifestado, a unidade não deve ser confundida com o Todo, sendo apenas um ponto de partida. Apesar de existir por si só, isoladamente ela não o substituirá, pois nada é manifestado na forma de unidade isolada. Mesmo parecendo paradoxal sendo o UM o inicio da existência de todos os outros números, seja por si estéril, necessitando para se perpetuar como manifestação de outra manifestação igual a si mesma, porém com natureza diferente.

Número 2 (DOIS)

        Para algumas escolas iniciáticas o número Dois significa equilíbrio, para outras a diferença, a dúvida, o desequilíbrio. Ele representa o Bem e o Mal, a verdade e a falsidade, a Luz e as Trevas, a Inércia e o Movimento, etc. Na antiguidade representava o inimigo, quando nos assalta o espírito.

Se levarmos em conta que tudo que existe no universo são apenas diferentes e antagônicas parte de um único todo, compreenderemos que o Bem e o Mal são Deus, que a Luz e as Trevas são Deus, pois são apenas pontos de vista de um observador que se coloca em determinada posição no plano manifestado e enxerga as coisas do seu próprio ponto de vista pessoal, mas se eliminarmos essa pessoalidade ao encararmos diferentes aspectos de um mesmo problema veremos que tudo é TUDO, e que o número Dois é apenas o numero UM que se repete a si mesmo, sendo, portanto igual a si próprio. O aprendiz maçom não deve aprofundar seus estudos nesse número, pois ainda é fraco no conhecimento das tradições maçônicas e pode acabar seguindo o caminho errado. Este é um dos motivos do qual estudo do aprendiz deve ser orientado por um irmão de grau superior.

Ate na matemática este numero causa confusão, uma vez que 2+2 = 2x2.

Em todo universo existe sempre uma luta infindável entre duas forças antagônicas, que tentam destruir uma a outra, e qualquer um que consiga se situar em um ponto equidistante entre estas duas forças, passa a ser detentor de uma força maior que as outras duas, o Equilíbrio.

A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo existente no numero dois cessa quando é acrescido a terceira unidade, formando o Três, que é neutro.

Número 3 (TRÊS)

        A instabilidade da divisão ou da diferença, aniquilada pelo acréscimo de uma terceira unidade, faz com que, simbolicamente, o número se converta também em unidade. A nova unidade, porém, não é vaga, indeterminada na qual não houve intervenção alguma, não uma unidade idêntica com o próprio número, como se da com a primitiva, é uma unidade que absorveu e eliminou a primitiva, verdadeira, definida e perfeita. Foi assim que se formou o número TRÊS, que e tornou a unidade da vida, do que existe por si próprio, do que é perfeito.

Citando um trecho da pesquisa do Ir.: Roberto Ribeiro da Cruz temos - “Eis que surge o TRÊS, o Filho, produto da Harmonia, do Equilíbrio da Compreensão, da união entre dois oponentes eternos. É agora que surge afinal o número do equilíbrio total, no qual o UM se manifesta no TRÊS, para que o DOIS se harmonize consigo próprio.

O Filho é igual  ao Pai e ambos são iguais a DEUS, e, se DEUS é igual ao Pai e ao Filho, todos são iguais entre si, e, se todos são iguais entre si, são portanto UM apenas, que se manifesta sob a Tríplice aparência do Equilíbrio”.

O ternário pode ser encontrado em todos os lugares e em várias filosofias, por exemplo: o ciclo do tempo (passado, presente e futuro), cabala (Keter, Hokma e Binah), família (Pai, Mãe e Filho), na maçonaria o 3 está presente nas três colunas de sustentação (Jônica, Corintia e Dorica), as joias fixas (Pedra Bruta, Prancheta e Pedra Polida), etc. Para o aprendiz ainda temos as três batidas, a idade, três anos, os três passos, os três toques.

Número 4 (QUATRO)

        Quatro é o numero do tetragrama sagrado IEVE, onde os Hebreus caracterizavam a divindade manifestada e que no Sagrado Triângulo do Maçom aparece como o quarto elemento, simbolizado pelo Olho da DIVINDADE, o Divino Centro – o Equilíbrio que tudo vê, fazendo justiça e dando a cada um segundo suas obras.

        Em loja o quatro é representado pelo pavimento mosaico e pelos quatro pontos cardinais que orientam o templo.

        Para finalizar é importante lembrar que alguns estudiosos indicam o estudo no numero zero pelos aprendizes, por anteceder o numero 1 na escala numérica, representando assim o NADA, ou ausência de Tudo.

Os Três Pontos na Maçonaria

Na Maçonaria é comum o uso de três pontos em forma triangular, principalmente visando o objetivo de abreviar as palavras. A origem da utilização deste símbolo para abreviação remonta ao tempo de Sócrates, na maçonaria inicialmente foram utilizados com intuito de manter em sigilo os conhecimentos contidos nos documentos maçônicos, posteriormente passaram a receber alguns significados esotéricos como a unidade trina, que significa Amor, Vontade e Inteligência, e que são inseparáveis.

Nos ensinamento de Octaviano de Meneses Bastos: “Três são os pontos que o neófito deve se orgulhar de apor ao seu nome… Esses três pontos… são um dos nossos emblemas mais respeitáveis. Eles representam todos os ternários conhecidos e especialmente as três qualidades indispensáveis ao Maçom: Amor, Vontade e Inteligência…. Vê-se pois, que todo Maçom que quiser ser digno desse nome deve cultivar igualmente essas três qualidades, representadas pelos três pontos que apõem ao seu nome…”

Pitágoras

        Pitágoras era de Samos, uma ilha do mar Egeu, na costa da Ásia Menor, na época pertencente à Grécia, Pitágoras mudou-se para Crotona na Itália e lá fundou sua escola filosófica que muito se assemelhava a um culto religioso ou seita. Muitas lendas acompanham a biografia deste filosofo, uma vez que todo conhecimento era transmitido via oral, ou seja, sem registros. Os ensinamentos de sua escola filosófica também se perderam por não serem registrados, o silêncio era exigido de todos os iniciados, sua autoridade não devia ser contestada. A escola praticava rituais de purificação através do estudo de Geometria, Aritmética, Música e Astronomia. Acreditavam na metempsicose, ou seja, a transmigração da alma de um corpo para o outro após a morte. Acreditavam, portanto na reencarnação e na imortalidade da alma. Havia regras de lealdade entre os membros da escola e os bens materiais eram distribuídos comunitariamente. Eles viviam de modo austero e obedientes às regras da escola. Eram proibidos de comer carne e beber vinho.

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