A REALIDADE DE UMA SOCIEDADE CEGA

1944, ouve-se mais um estrondo, fecha-se os olhos, no peito a agonia, será que é perto? A agonia de não saber se vai sobreviver mais um dia, causa desespero.

Em um esconderijo, pequeno e frio, sem poder fazer nem um tipo de barulho, estava ela, uma menina, adolescente ainda presa sem poder sair, além dela mais um grupo de pessoas incluindo seus pais, e por qual motivo? Por serem judeus. Segunda guerra mundial, os judeus foram proibidos de estar em meio aos demais, até chegar em um ponto que nem nas suas próprias casas poderiam ficar, as pessoas estavam cegas, não conseguiam enxergar, e prendiam, machucavam, outras pessoas iguais somente por terem nascido judeus. E em meio a todo esse desespero Anne Frank, escrevia seu diário e relatava todos os momentos sofridos que vinha passando em meio a todo esse tormento, sofrendo e chorando, com a esperança de um dia acabar com todo esse desespero, mais um dia chegaram e também a levaram para onde ele não escreveria mais, apenas sofreria até a morte.

No filme de filme Farenheight, podemos perceber uma realidade que não é difícil de acontecer, devido a soberba de pessoas que não consegue aceitar o próximo, e onde pessoas preferem morrer ao invés de entregar o que já não é mais só objeto, agora já se tornou parte de se mesmo. O desespero de perder seus livros, suas histórias, seus conhecimentos, e por não poder ter uma identidade por não se recusar a deixar os livros, é de fato triste como as pessoas podem ficar cegas por luxúria por não deixarem as ordens que maltrata o próximo, e continuar enfrente praticando o mesmo erro, causando sofrimento em pessoas que não merecem. Ao ver a cena a qual a mulher foi queimada junto aos livros, imagino a sociedade gritando por seus direitos, não se falando com a opressão de um governo que não aceita a liberdade e direitos do povo. Hoje já não é mais tempo de aceitar essa dor, essa opressão, não se deve deixar que o mundo nos acuse por ser quem somos