A Resenha Platão
Por: Júlio César • 24/3/2019 • Resenha • 506 Palavras (3 Páginas) • 191 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CIÊNCIAS SOCIAIS
Júlio César Araújo Silva
Platão, o filósofo das ideias, viveu em uma época em que a liberdade no aspecto politico deu a Grécia, especialmente a cidade-estado, Atenas, notáveis possibilidades de desenvolvimento em diversos fatores. Nesse momento histórico, se passava a democracia ateniense, onde os cidadãos – homens livres e nascidos na cidade– excluindo estrangeiros, mulheres e escravos, exerciam o poder de forma direta, reunidos em Assembleia.
Na juventude, Platão teve contato com Sócrates - sua primeira grande influência - e recebeu por oito anos ensinamentos do mestre. Quando discípulo de Sócrates e ainda depois, Platão estudou também os maiores pré-socráticos. A admiração que Platão sentia por Sócrates poderia ser explicada pelo modo como o mestre incentivava o diálogo, as perguntas e as indagações de modo a alcançar o saber. De como derrubava as opiniões volúveis e falsas, as noções equivocadas e sem estrutura, as quais não possuíam lógica.
A criação da academia platônica, em 387 a.C., tem por objetivo pesquisar ciência e filosofia, para se ter uma preparação politica fundamentada na procura da verdade e da justiça. A filosofia de Platão nessa época era de certo modo uma condensação de pensamentos de todos os filósofos anteriores, tendo como uma das principais influências a matemática, em especial a geometria. Para Platão, a filosofia era o amor à sabedoria e como forma de procura a verdade.
O personagem principal das obras platônicas é o mestre Sócrates, que tem sua memoria defendida nos diálogos da juventude; nos diálogos da maturidade, a independência do pensamento platônico toma corpo; nos diálogos da velhice, seu pensamento sofre as ultimas transformações. Sócrates dialoga de forma dramática para criar um conjunto entre consistência e opinião pessoal para despertar uma consciência sem ilusões, deste modo, atingindo o máximo de conhecimento de si mesmo, tendo em suas ideias cada vez mais fundamentos e clareza.
Platão acredita que o dialogo deve ir além do nível psicológico e consciente, o dialogo deve ter colisão entre teses, de forma progressiva. Assim, o relativismo sofista é posto em cheque, permitindo que a consciência seja alcançada por meio de assuntos teóricos. Tal pensamento é chamado de “dialética ascendente”, e tem como método básico a matemática (método dos geômetras), que consiste em criar hipóteses ate se chegar a fortes sustentações, ao final não ser considerada uma mera hipótese.
De acordo com Platão, era necessário imaginar que exista algo imaterial, algo parecido com as ideias. Desse modo, pode-se dizer que, o aprendizado é um recordar da vida passada. O saber das essências não é constituído sem interrupções e repentinamente. É necessário passar por fases, pois só se chegará à verdade após todas as etapas percorridas.
O pensamento platônico é um dos símbolos da cultura ocidental, e isso se deve a grandeza dos assuntos trabalhados por Platão sem suas obras. Sua filosofia funciona de modo aberto a todas as possibilidades, confrontando hipóteses. Portanto, a verdade só poderá ser alcançada após todas as hipóteses, dúvidas e análises.
REFERÊNCIAS
REZENDE, Antônio (Org.). Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
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