A ciência é neutra? Ela é livre de valores?

Epistermologia

História da Ciência: "A ciência é neutra? Ela é livre de valores?"

Evidências históricas deixam claro que, precedendo uma descoberta ou avanço da ciência, existe uma combinação de fatores favoráveis e que, salvo raros casos, existe o querer de reconhecimento, fama, dinheiro e/ou controle social proveniente de pelo menos um dos indivíduos/organizações envolvidos(as) no processo do desenvolvimento científico.

Podemos citar aqui o exemplo da igreja católica, uma organização religiosa que barrou intelectuais em suas pesquisas e publicações científicas que contrariavam seus valores internos, afetando seu poderio político-social na época. Um dos alvos da igreja foi o físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano

Galileu Galilei.

Como muitos outros ambiciosos guiados pelo mercado promissor de Florença e Veneza, Galileu descobre que um desconhecido quer patentear uma "luneta holandesa", que fazia objetos distantes parecerem próximos. Tal aparelho iria despertar interesse em Veneza sobretudo por assegurar a cidade de invasores. Galileu tinha a habilidade, esperteza e o mercado consumidor necessário para confeccionar o produto e obter lucro. Está ai o cenário perfeito para o surgimento do invento de Galileo que mudou a história da astrologia e da ciência, batizado de telescópio.

Desde um telescópio até o "GPS", há interesses por traz do desenvolvimento tecnológico e científico. Busca por reconhecimento do pesquisador; de capital pelo investidor; a glória em campo de batalha dos exércitos; e o domínio político do governo, a ciência é amplamente usada e foi moldada em cima de interesses e valores diversos ao longo da história, e a perspectiva atual demonstra que continuará desta forma.

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