A Ética e Contemporaneidade
Por: Tainara Costa • 4/4/2017 • Trabalho acadêmico • 3.295 Palavras (14 Páginas) • 517 Visualizações
Ética na Contemporaneidade
2015
Ética na Contemporaneidade
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2015
Índice
- Introdução..............................................................................................04
- Desenvolvimento...........................................................................05 a 08
- Ética Familiar, Profissional e Empresarial........................................................09 a 10
- Filósofos da contemporaneidade que se destacam na temática.................11 a 14
- Conclusão..............................................................................................15
- Referência Bibliográfica.......................................................................16
1. Introdução
Perguntas sobre o comportamento humano são antigas e se iniciaram a partir do momento que os homens começaram a conviver em comunidade e hoje esses questionamentos são muito mais complexos em virtude do próprio desenvolvimento e crescimento das civilizações. Conviver em grupo exigiu a criação de normas e regras com a finalidade de se manter um convívio pacífico, com sabedoria, justiça e moral. Neste cenário, destaca-se a ética.
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de apresentar estudos sobre a Ética na contemporaneidade e apresentar alguns dos mais importantes Filósofos da contemporaneidade, que estão ou estiveram envolvidos na discussão sobre a ética. Além de demonstrar a importância da ética perante a sociedade, entendendo que os seres humanos passam pelos caminhos de descobertas no mundo, vivendo em sociedade, interagindo com questões sociais e culturais.
2. Desenvolvimento
2.1. Ética e Moral
No dicionário Houaiss da Língua Portuguesa traz o significado da palavra ética. Ética: parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. Percebe-se, nesse conceito, a ausência de juízo de valor subjetivo. A ordem ética é constituída a partir de condutas objetivamente qualificada como corretas.
Moral é um conjunto de normas, livre e consciente, adotado para organizar as relações das pessoas, tento como base o bem e o mal, com vistas aos costumes sociais. Moral segundo do dicionário de Houaiss, deriva do latim “Mós” ou “Moralis”, que significa relativo aos costumes.
Apesar de serem parecidos e se algumas vezes se confundirem, ética e moral são termos aplicados diferentemente. O primeiro aborda o comportamento humano como objetivo de estudo, procurando torná-lo o mais abrangente possível, o segundo se ocupa em atribuir valor a ação.
A ética passa a ser encarada enquanto uma “filosofia da moral”, ou seja, uma ciência voltada para a compreensão dessas condutas humanas, individuais ou coletivas, problematizando seus sentidos, significados, origens, funções práticas no cotidiano do grupo. Já no senso comum, pode-se definir como o conjunto de normas e valores morais que infelizmente, vem se perdendo no dia-a-dia de nossa sociedade. Das relações pessoais no trabalho, na política e até em casa.
Tradicionalmente a ética é entendida como um estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Mas também chamamos de ética a própria vida, quando conforme aos costumes considerados corretos. A ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento. (Valls,1994).
Falar de Ética significa falar da liberdade. Num primeiro momento, a ética nos lembra das normas e a responsabilidade. Mas não tem sentido de falar de norma ou de responsabilidade se a gente não parte da suposição de que o homem é realmente livre, ou pode sê-lo. Pois a norma nos diz como devemos agir. E se devemos agir de tal modo, é porque (ao menos teoricamente) também podemos não agir deste modo. Isto é: se devemos obedecer, é porque podemos desobedecer, somos capazes de desobedecer à norma ou ao preceito. Também não tem sentido falar de responsabilidade, palavra que deriva de resposta, se o condicionamento ou o determinismo é tão completo que a resposta aparece como mecânica ou automática. (Valls,1994).
Liberdade é uma expressão de uma necessidade de poder tornar-se pessoa. A liberdade reside então, na própria atitude do homem de assumir-se e assumir o processo de realizar. Só teremos ética tendo liberdade.
Dimensão ética é o domínio da ação voluntária e intencional orientada pelos princípios, visando a dignificação e o aperfeiçoamento dos seres humanos. Não é função da Ética formular juízos de valor quanto à prática moral de outras sociedades, mas explicar a razão de ser destas diferenças e o porquê de os homens terem recorrido, ao longo da história, a práticas morais diferentes e até opostas. A Ética não pode, absolutamente, estar vinculada à pedagogia do medo, à punição, mas sim à autonomia do cidadão em escolher servir à sociedade, solidariamente. Falar de ética é falar de convivência humana. São os problemas da convivência humana que geram o problema da ética. Há necessidade de ética porque os seres humanos não vivem isolados. Há necessidade de ética porque há o outro ser humano.
Segundo o sociólogo francês Michel Maffesoli, a ética não diz respeito apenas à reflexão de cunho filosófico sobre problemas morais nem ao que rege a conduta de grupos particulares, mas a valores, hierarquias de valores, princípios, normas e hábitos que orientam as ações do homem no contexto de suas múltiplas relações.
Segundo Aristóteles só nos tornamos justos praticando a justiça, moderados agindo com moderação e assim sucessivamente para tudo o que se refere ao que chamamos de virtudes. A aprendizagem da ética, portanto, se dá pelo envolvimento em situações que nos exijam sermos justos, respeitosos, solidários ou não egoístas. É um processo que só termina quando deixamos de existir.
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