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ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Por:   •  2/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.373 Palavras (6 Páginas)  •  173 Visualizações

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NOME DO ALUNO: LUCIANA SOARES BANDEIRA                                                                  RA: 8150671

ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PRÁTICA – CICLO 2

2022


INTRODUÇÃO

A escola que escolhi para a realização deste trabalho se chama Colégio Mão Amiga; atende alunos da Educação Infantil, Ensinos Fundamental 1 e 2, e os três anos do Ensino Médio. A finalidade do Projeto Político Pedagógico para escola é estabelecer os objetivos do ambiente educacional, em concreto o deste colégio é o de promover e abrir o horizonte cultural dos alunos, num clima de diálogo entre aluno e professor, possuindo como eixo e norte a experiência do aluno, na aquisição do conhecimento sistematizado.

ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

        A instituição que escolhi para a prática pedagógica se chama Colégio Mão Amiga e em seu site, eles se definem como:

(...) uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que se diferencia por ser uma escola filantrópica (com a Certificação das Entidades Beneficentes de Assistência Social - CEBAS/Educação) que garante um ensino formal de qualidade a 660 crianças e adolescentes de baixa renda, desde a educação infantil até o ensino médio.[1] 

        Dado o caráter beneficente da instituição, ela está localizada em uma região de vulnerabilidade social por causa do tráfico de drogas, escassos recursos econômicos e a violência, na cidade de Itapecerica da Serra, no bairro Santa Júlia. A escola originou-se em 2002, enquanto ideia, pelo desejo de membros de um movimento católico Regnum Christi, financiados pelo médico americano Dr. Nicholas Perricone. No ano de 2006 abrem-se as portas da escola para crianças de 4 anos de idade e progressivamente foi crescendo até os dias de hoje, no qual atende cerca de 700 alunos desde o Ensino Infantil até o Ensino Médio.

O objetivo do Projeto Político Pedagógico (PPP) para a escola é descrita como: “A finalidade educacional do Colégio se resume à formação de uma pessoa segura de si, capaz de dialogar com um mundo pluralista, conservando seu patrimônio humano e enriquecendo-se em sua evolução pessoal.”[2] Desse modo o Colégio busca através do conceito de uma formação integral abranger toda a pessoa humana cuidando do físico, do intelectual, do psicológico e espiritual dos alunos.

O Colégio Mão Amiga está inserido em um grande terreno doado pela Prefeitura de Itapecerica da Serra. Possui quatro edifícios distribuídos da seguinte forma: um prédio para o Ensino Infantil, um para o Fundamental 1 e 2, um edifício para os coordenadores acadêmicos, sala de professores, sala da psicóloga e secretaria, e um edifício para o Ensino Médio. Para a alimentação existe no mesmo edifício do Ensino Infantil um espaço dedicado a isso, e no espaço do Ensino Fundamental outra cozinha e refeitório no qual se revezam os alunos do Fundamental e do Ensino Médio. Para a atividade física e lazer os alunos contam com uma quadra esportiva, uma tenda de circo, além de redes de descanso nas árvores e sala com pufes e bancos confortáveis para o horário de descanso após o almoço. O ambiente é todo arborizado e com muito verde. Possuem uma pequena biblioteca tanto no prédio do Ensino Infantil quanto no do Ensino Médio. Contam também com um laboratório equipado no edifício do Ensino Médio. Para o material didático, a escola se serve dos livros da Editora Moderna até o 8º ano e livros e outras ferramentas acadêmicas da rede de ensino Poliedro a partir do 9º ano. O colégio também possui ferramentas digitais como mais de 60 chromebooks[3] e a plataforma Google for Education[4], para uso de todos os alunos e colaboradores.

        Um diferencial do colégio é que por ser católico (confessional), acolhendo sempre todas as confissões e denominações religiosas, possui uma capela para orações e celebrações de missas em datas especiais. O caráter religioso complementa e permeia também a oferta formativa através dos valores cristãos que são transmitidos e proporcionando para quem assim desejar a catequese de preparação para primeira comunhão e crisma, tanto dos alunos quanto dos funcionários, e a oferta de livre adesão, de retiros espirituais para alunos e funcionários.

Com relação aos princípios de gestão democrática adotados pela escola cabe relembrar que segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Brasileira promulgada no ano de 1996, determina-se que:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.[5]

        Em conformidade com essa lei a gestão democrática deve efetivar a participação dos vários setores da comunidade escolar no PPP. Pelo que percebi no ambiente escolar deste colégio eles aplicam esses princípios através de reuniões interdisciplinares semanais com a diretora e os coordenadores de cada setor de ensino e a gerente administrativa. A participação dos alunos desde o ano passado está começando a engatinhar através de uma implementação de um programa de mentoria com os alunos do Ensino Médio, no qual eles recebem capacitação e oportunidade de intervir no ambiente escolar através de projetos e iniciativas. Também está nascendo, de forma embrionária ainda, a instituição de um grêmio estudantil, que devido à pandemia e a instabilidade de funcionamento presencial dos órgãos públicos e suas devidas deliberações, ainda não possibilitaram a efetivação do projeto entre os alunos. Foi oportuno notar que os pais não possuem um espaço institucional de participação no PPP do colégio efetivamente. No PPP do Colégio se lê que um dos seus objetivos é: “Promover reuniões com os pais e os educadores da escola, a fim de discutir o problema de aprendizagem e/ou disciplinar do aluno, buscando meios para resolvê-los.” (PPP, 2021, p.221) No entanto, observei que essa participação acaba se restringindo a reuniões públicas de avisos ou reuniões particulares para falar da parte comportamental de algum aluno concreto. Dessa forma concluo que os pais não participam desse princípio de escola democrática. Por último não notei espaços democráticos nos quais o pessoal administrativo e funcionários (que não lidam diretamente com as práticas educativas) pudessem expressar suas opiniões ou iniciativas, desde sua perspectiva, para as mesmas.

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