Angustia Executiva
Artigos Científicos: Angustia Executiva. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ManuAguiar • 20/10/2014 • 528 Palavras (3 Páginas) • 479 Visualizações
O ESTRESSE ESTÁ GLOBALIZADO
Segundo um estudo conduzido pela socióloga americana Juliet Schor, os principais
executivos americanos trabalham hoje 163 horas mensais a mais em relação a 1969 o
equivalente a quase um mês inteiro de labuta por ano. Na década de 80, conforme a
mesma pesquisa, 55% dos líderes admitiam viver uma situação de grande estresse na vida
profissional. Os dados atuais demonstram que o nível subiu para 75%. No Brasil, de acordo
com Betania, os executivos do topo trabalham, em média, 14 horas a cada dia número
somente comparável ao do Brasil do início do século 20. A industrialização tardia do país
fez com que, especialmente entre as décadas de 10 e 30, os trabalhadores brasileiros
permanecessem 14 horas por dia confinados nas fábricas. Num certo sentido, os
executivos de hoje trabalham ainda mais, considerando emails
lidos e celulares atendidos
fora do expediente oficial. Isso equivale a 70 horas semanais. Para efeito de comparação, a
Constituição brasileira de 1988 estabeleceu a jornada de 44 horas semanais ou
seja, os
executivos do topo dedicam a suas companhias quase o dobro do tempo previsto pela lei
vigente no país.
É inevitável associar o quadro de infelicidade ao ritmo
global de trabalho. De acordo com um estudo da Harvard
Business School, 70% dos americanos estão insatisfeitos
com a intensidade de sua jornada de trabalho. Metade dos
entrevistados considera improvável desfrutar uma vida
saudável nessas circunstâncias. No Japão, o índice de
insatisfação aproximase
de 80%, segundo levantamento
da Universidade Metropolitana de Tóquio. Tudo isso
explica o surgimento da expressão extreme jobs (trabalhos extremos). O termo referese
às
atividades que exigem dedicação 24 horas por dia dos profissionais mais graduados,
responsabilidade por perdas e ganhos, prestação de contas a diversas pessoas (acionistas
e, muitas vezes, chefes em outros países) e capacidade para enfrentar situações de grande
tensão sem jamais denunciar nenhum sinal de fraqueza.
Em seu estudo, Betania expôs o que parece evidente, mas nem sempre é admitido: a
falsidade do estereótipo de herói ou homem de aço no mundo corporativo. "Nos últimos
anos,
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