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Antígona

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Por:   •  6/10/2014  •  Artigo  •  652 Palavras (3 Páginas)  •  324 Visualizações

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Antígona

Antígona, tragédia escrita por Sófocles, é uma das sequências de Édipo Rei, que mostra como a descendência incestuosa de Édipo e Jocasta, amaldiçoada anteriormente, finalmente termina, e também como duas opiniões opostas podem ser corretas, dependendo do ângulo analisado.

No mesmo dia, morreram em batalha, um contra o outro, os dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinice, que tinham posições contrários na batalha, isto é, um a favor e outro contra a cidade de Tebas, que passava a ser governada pelo cunhado de Édipo, Creonte.

Creonte manda enterrar Etéocles, com honrarias, e decreta que Polinice, considerado traidor de sua pátria, não seja velado nem sepultado, e quem tentasse fazê-lo seria considerado também um traidor.

Mas Antígona, filha de Édipo e irmã dos falecidos, não segue o que foi determinado por Creonte, e realiza o funeral de Polinice, gesto que a levou a ser condenada à morte.

Muitos consideram Creonte um tirano na história, mas ele fez o que qualquer governante em seu lugar faria, isto é, ele homenageou o herói e puniu o traidor, que aos olhos do Estado, seria o justo e o correto.

Mesmo que significasse punir sua sobrinha e futura nora, Creonte considerou que Antígona descumpriu a lei, e que ele não poderia abrir uma exceção à lei somente pelas súplicas dos seus próximos, pois a lei era superior ao rei. Era um ato contra o direito soberano do Estado.

Creonte pode ser considerado por muitos um tirano na história, mas ele fez o que qualquer governante em seu lugar faria. Ele homenageou o herói e puniu o traidor. Nada mais justo e legal aos olhos do Estado.

Assim como os governantes de hoje, Creonte foi firme em defender a sua posição, aplicando punição a ver a lei ser transgredida, pois a não punição acarretaria em caos e anarquia.

Por outro lado, Antígona também tinha a sua razão. Como obedecer a lei estatal e desobedecer à lei moral, religiosa. Como não prestar homenagens fúnebres aos parentes mortos?

O grande questionamento era: qual das duas leis teria primazia?

Antígona escolheu as leis dos seus deuses, a lei da moral, mesmo isto significando a sua morte.

Ismene, irmã de Antígona, ao obedecer Creonte, escolheria a vida e Antígona, ao desobedecer, se destinou à morte.

Acusada como cúmplice, Ismene é levada ao mesmo destino de sua irmã.

Hêmon, filho de Creonte e noivo de Antígona, busca defendê-la sem sucesso da penitência, e se distancia do pai.

Creonte, depois de escutar os conselhos de Corifeu e do adivinho Tirésias, resolve absolver Antígona e a irmã, a “absolvição” é tardia, pois Antígona, antes de ser solta da caverna onde se encontrava isolada, se mata e seu noivo, Hemôn, se mata junto com ela.

A morte de Hemôn, desestabiliza sua mãe, Eurídice, que também resolve se suicidar, deixando o rei Creonte, seu esposo, em meio de uma tragédia familiar. Creonte se sente vítima se sua própria imprudência, quase todos os personagens se suicidam, fato antes profetizado pelo adivinho Tirésias.

Outra discussão que existe sobre se os reais motivos, tanto de Antígona quanto de

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