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Bilinguismo

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Por:   •  13/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.282 Palavras (6 Páginas)  •  373 Visualizações

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2º GRAU – TURMA 221

DISCIPLINA: FILOSOFIA

BILINGÜISMO

ITAJAÍ

2013

BILINGÜISMO

INTRODUÇÃO

Este trabalho vem abordar algumas considerações sobre as especificidades que envolvem o bilingüismo na educação de pessoas surdas. Pelo fato de nascerem em famílias ouvintes, à maioria das crianças surdas cresce sem uma língua constituída, uma vez que a língua majoritária na modalidade falada, usada pela família, é inacessível às crianças surdas e a língua de sinais, acessível a elas, é desconhecida ou mesmo rejeitada pela família ouvinte. A proposta de uma educação bilíngüe, que contemple a Língua Brasileira de Sinais, como primeira língua, e a Língua Portuguesa, na modalidade escrita, como segunda língua, são apresentada e discutida neste artigo.

A Língua Brasileira de Sinais teve sua origem na França, durante o século XV. Eduard Huet (1822-1882), professor surdo francês, chegou ao Brasil em 1852 e, com o incentivo do imperador Dom Pedro II, fundou uma escola para surdos na cidade de Rio de Janeiro. O Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES) foi fundado em 26 de setembro de 1857, Órgão do Ministério da Educação Mec, tem como missão institucional a produção, o desenvolvimento e a divulgação de conhecimento científicos e tecnológicos na área da surdez em todo o território nacional, bem como subsidiar a política nacional de educação na perspectiva de promover e assegurar o desenvolvimento global da pessoa surda, sua plena socialização e o respeito as suas diferenças.

Em 1911, o INES, seguindo a tendência mundial, estabeleceu o oralismo em todas as disciplinas esse método de ensino para surdos, defende a idéia de que a melhor forma de ensinar o surdo é através da língua oral. Mesmo assim, a língua de Sinais Brasileira sobreviveu até o fim da década de 1970, Quando chegou ao Brasil à comunicação total, que defende a utilização de qualquer recurso lingüístico, seja a língua de sinais, a linguagem oral ou códigos manuais, para facilitar a comunicação com pessoas surdas. Na década seguinte, começou no Brasil o bilingüismo, que tem como pressuposto básico que o surdo deve ser bilíngüe, ou seja, deve adquirir como língua materna a língua de sinais, que é considerada a língua natural dos surdos e, como segunda língua, a língua oficial de seu país. Reconhecida pela Lingüística, a Língua Brasileira de Sinais apresenta todos os elementos pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática e sintaxe, preenchendo os requisitos científicos, lingüísticos, de uma língua. A língua dos surdos é no Brasil como meio legal de comunicação e expressão pela lei 10.436/2002 e pelo decreto 5. 626/2005, de 25 de abril de 2002.

“De acordo com Goldfeld: “O conceito mais importante que a filosofia bilíngüe traz é de que os surdos formam uma comunidade, com cultura e língua própria”, Esta afirmação aponta para as especificidades das pessoas surdas, que têm acesso ao mundo por meio, principalmente, da visão e da língua de sinais onde exercer o mesmo papel da língua de modalidade oral, para os ouvintes. Isto não significa, porém, que a aprendizagem da língua oral não seja importante para o surdo. Na verdade, esse aprendizado é bastante desejado, embora não seja percebido como o único objetivo educacional do surdo, nem como uma possibilidade de minimizar as diferenças causadas pela surdez. Atualmente o bilingüismo está ocupando um grande espaço no cenário cientifico mundial. Nos EUA, Canadá, Suécia, Venezuela, Israel, entre outros países, existem diversas universidades pesquisando a Surdez e a língua de sinais sob a óptica da filosofia bilíngüe.

Em relação à aquisição de linguagem, o bilingüismo afirma que a criança surda deve adquirir como a língua materna, a língua de sinais. Essa aquisição deve ocorrer, preferencialmente, pelo convívio da criança surda com outros surdos mais velhos, que dominem a língua de sinais.

É notório que mais de 90% dos surdos têm família ouvinte. Para que a criança tenha sucesso na aquisição da língua de sinais, é necessário que a família também aprenda esta língua para que as crianças possam utilizá-la para comunicar-se em casa.

A língua oral, que geralmente é a língua da família da criança surda, seria a segunda língua desta criança. A criança surda necessita de um atendimento especifico para poder aprender esta língua. Este aprendizado , ao contrário da língua de sinais, é muito lento, haja vista as dificuldades de um surdo em aprender uma língua oral, já que envolve recursos orais e auditivos, bloqueados por sua perda auditiva.

A língua oral, apesar de extremamente necessária para a vida do surdo, nunca será perfeitamente dominada por ele e esta será

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