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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

Por:   •  25/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  826 Palavras (4 Páginas)  •  91 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

Questões portfólio 1 – Lógica Clássica


1 – De primeiro momento e esclarecendo alguns pontos, não há consenso sobre a lida e a busca dos filósofos pré-socráticos. De alguma forma, tem-se a ideia mais aceita de que eles estariam buscando o princípio das coisas do mundo. Buscava-se a arché, ou o que fazia com que algo pudesse se manifestar como algo, daquela forma como seria. Por meio disso ter-se-ia, então, uma ordem e harmonia mundanas, o que era chamado de kosmos.

Contudo, Hadot (1999), em seu livro “O que é filosofia antiga?”, defende a tese de que esse é um modo de ser dos primeiros filósofos e que, talvez, a primeira preocupação não fosse a de buscar um princípio para todas as coisas do universo, mas sim que possa ter sido uma consequência do modo de ser da antiguidade. Além disso, o mesmo autor defende que o termo “physis”, com sua tradução como natura para o latim e, posteriormente natureza para o português, significa a auto-manifestação do ser de algo. Isso acarreta mais um ponto de consideração acerca dos modos de diferenciar os pressupostos.

Para se chegar ao âmbito de nossa resposta, seguirei com a primeira proposta, a busca pelas coisas que constituem o mundo como tal.

Os pré-socráticos, cada uma a seu modo e em sua região das províncias gregas, enalteciam uma parte da natureza, ou mesmo um elemento, que, qualitativamente, poderiam estar correlacionados com a composição básica de todos as coisas do mundo. Alguns exemplos poderiam ser citados: para Heráclito de Efeso, o elemento que comporia todas as coisas seria o fogo (pela questão da movimentação e do ato de fluir – perspectiva do Devir), para Tales de Mileto o elemento seria a água, para Empédocles seriam os quatro elementos e assim sucessivamente. Cabe notar, dessa forma, que os autores teriam aspectos claros para se chegar a essa conclusão.

A partir dessa visão, pode ser traçada uma relação com os princípios da lógica aristotélica, partindo de pressupostos verdadeiramente lógicos e chegando-se a uma conclusão. Peguemos como exemplo dois itens: O silogismo de Aristóteles e o argumento de Heráclito sobre a Arché sendo o fogo.

Pensando na estrutura de um silogismo, logo temos duas premissas e uma conclusão. Sabe-se que há diversas maneiras para se pensar no silogismo, mas aqui, a título de exemplo, será exposta a mais simples.

Heráclito tem a concepção de que tudo muda e tudo é um constante vir-a-ser, um aspecto próprio de devir, de mudança. Essa correlação é feita por ele ao observar a natureza e constatar esse aspecto fluído. Para ele, o elemento fogo é de igual maneira, flui e não fica estático em nenhum momento. As labaredas de uma chama ficam em constante trepidação e tendem a apagar, estão a todo momento chegando a seu oposto.

Por assim dizer, cabe um argumento lógico na maneira aristotélica de se pensar:

Todas as coisas do mundo mudam sempre;

O fogo é um elemento que está em constante mudança;

Portanto, todas as coisas do mundo possuem o fogo como elemento constituinte.

Dessa forma, a partir de tal exemplo é possível extrapolar para os demais autores pré-socráticos, pois também há o argumento de um princípio de constituição para todas as coisas.


2 – Primeiramente pode-se destacar que o chamado modo absoluto, caracteriza um aspecto da forma do conhecimento como algo verdadeiro ou mesmo o que não se pode falsear. Então, quando se fala de algo do modo absoluto, se fala de uma perspectiva que se está inerente ao modo de conhecimento verdadeiro (pensando que há possibilidade de se ter um conhecimento falso)

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