Características básicas do Neoliberalismo

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TAREK ALEXANDER CARVALHO DE ABREU

R.A. 1130575

ATIVIDADE 4º SEMANA

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SANTO ANDRÉ

2015

Podemos perceber após o estudo do material do nosso CRC e do material apresentado por Delors junto à UNESCO, que estamos vivendo em uma sociedade que cada a cada dia se torna mais tecnicista e objetiva, focando basicamente na capacidade do ser humano de produzir e/ou consumir.

A partir do momento em que as pessoas deixem de “dar o resultado” que dela se espera, passa a ser desprezada e ignorada. Essa maneira de agir deve-se em grande parte ao sistema capitalista e ao neoliberalismo.

A grande questão central é que tais atitudes estão causando uma deterioração da sociedade como um todo na medida em que o ser humano tem deixado gradativamente de pensar no bem coletivo para se adaptar à nova realidade. Além disso, vemos que os indivíduos já não têm se preocupado em buscar a superação dos seus limites, não têm nem mesmo interesse em descobrir suas reais competências e talentos preocupando-se apenas em apresentar o que lhes é solicitado pelo sistema. Essa realidade vai contra o pilar “aprender a conhecer” citado por Delors (1999) onde podemos verificar que as pessoas têm que buscar constantemente sua superação e estar atenta permanentemente aos acontecimentos ao seu redor, já que as coisas boas não são amplamente divulgadas pelos meios de comunicação e, mesmo que estejamos em dificuldades, sempre haverá um caminho a seguir.

Com relação ao “aprender a fazer”, cabe inicialmente lembrar que está intimamente ligado ao primeiro pilar (detalhado acima). Dito isso, devemos ressaltar a importância de um aprendizado mais amplo do que simplesmente o ensinamento de profissões/afazeres específicos. Precisamos estar sempre com a mente aberta e buscando a percepção das potencialidades naturais de cada um e o conhecimento da realidade que o rodeia, imaginando, inclusive, como se utilizar desses talentos em benefício do grupo.

Não podemos deixar de citar o pilar que, na minha opinião, é o mais importante para a vida em sociedade: “aprender a conviver com os outros”; no mundo atual, esse pilar encontra entre seus grandes obstáculos a competitividade a qualquer custo e a disseminação da violência em patamares alarmantes. Esses dois problemas causam, ainda que involuntariamente, a imagem de que os outros são inimigos e devemos priorizar nossas próprias necessidades e idéias ou, quando muito, as que permeiam nosso grupo mais próximo. Torna-se necessário, nesse caso, que cada vez mais as pessoas busquem conviver com grupos sociais diferentes de maneira desinteressada e buscando partilhar as boas práticas e idéias de cada um em prol do desenvolvimento da sociedade como um todo.

Por último é preciso falar sobre o pilar que, indiretamente, faz o elo de ligação entre todos os outros: “aprender a ser”; isso tem tudo a ver com o autoconhecimento. Precisamos nos conhecer muito bem para conseguirmos perceber nossas virtudes, nossas fraquezas, e acima de tudo, que somos diferentes de todas as outras pessoas do mundo. E só quando tivermos convencidos de que o convívio com cada um nos traz um grande potencial de crescimento e que temos a responsabilidade de passar aos outros o conhecimento que temos adquirido estaremos aptos a viver e melhorar a sociedade como um todo.