Como O Homem é Visto, Conceituado Através Da História Do Pensamento Humano?

O ser humano é uma palavra com origem no latim humanus e designa o que é relativo ao Homem como espécie. O ser humano distingue-se dos outros animais por agir com racionalidade. Possui grande capacidade mental e habilidade para adquirir conhecimento.

O ser humano (homem) não pode ser visto separadamente, fragmentado, ele é uma totalidade porem isto acontece na sociedade atual. É importante compreender o homem como um todo, que procura descobrir e saber quem ele é. O homem está dentro do mundo onde vive, ele não está confinado dentro de si mesmo e não pode ficar à mercê de interesses econômicos, políticos ou sociais.

Em todas as fases da história, o homem buscou saber sobre o sentido do mundo e da vida. Ao querer compreender a si mesmo no seu mundo, na sua história e no conjunto da realidade, ele faz um exercício filosófico.

Durante o Cristianismo, o homem é visto como pessoa que exercita o diálogo com Deus e que o mundo procede da livre palavra criadora de Deus, que diz "faça-se" (Gênesis 1,3). Mesmo o mal depende de decisão livre e pessoal do homem.

Na Idade Média, existia uma sociedade que acreditava que a segurança estava na fé em Deus, o cristianismo utiliza o pensamento filosófico grego para explicar racionalmente a fé.

Santo Tomás de Aquino adota o pensamento de Aristóteles. Para ele, alma e corpo não são duas substâncias separadas, mas dois princípios eternos que formam o único e mesmo homem concreto.

Já o Renascimento, como fenômeno histórico, nada mais foi do que a própria expressão, personificação, do movimento humanista.

O homem é olhado como situado neste mundo, cuja referência é Deus e a segurança está na fé nesse Deus.

Na Idade Moderna, pode-se dizer que foi um tanto confusa. Vários acontecimentos históricos ocorridos naquela época, em meados dos séculos XVI e XVIII que propiciaram uma nova percepção de mundo. Encurtar distancia desvendar a natureza, lançar mares nunca antes navegados foram apenas algumas das poucas realizações que definem esse momento histórico.

O homem torna-se o centro da sociedade. A submissão do homem a uma religião é substituída pela autonomia no pensamento humano por meio da razão e da experiência.

Na modernidade surge, portanto, o Racionalismo. O homem é reduzido a um sujeito pensante, ele é um ser racional e não se leva em conta o homem total, concreto.

O homem moderno busca, incessantemente, explicações racionais e cientificas para tudo. Cria meios de responder todas as suas indagações, suas inquietudes e, muitas vezes, não se satisfazendo com o que é ou com que tem. Embora seja o único animal a ter plena consciência de sua finitude, o homem com toda a sua diversidade de ser e de agir, busca incessantemente a felicidade e quem sabe a imortalidade.

Na Pós-Modernidade, o reflexo de tudo o que está sendo discutido e pensado: o homem passa por uma autoexperiência concreta. Agora, o homem se vê diante da vida, da sociedade e de si mesmo e não encontra mais nenhuma segurança que dê sentido para sua existência.

Essa fase se caracteriza pela forma materialista de olhar o mundo, a sociedade e a humanidade. E para o materialismo o homem é uma realidade material como outra qualquer.

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