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Ensinar exige compreender que a educação e uma forma de intervenção no mundo

Por:   •  2/12/2021  •  Seminário  •  769 Palavras (4 Páginas)  •  497 Visualizações

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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências Humanas, Letra e Arte-CCHLA

Departamento de Letras Modernas-DLEM

Letras-Francês

Disciplina: Fundamentos Antro-filosófico da Educação

Professor: Fernandes Antonio Brasileiro Rodrigues

Aluna: Letícia Maria Ribeiro Ramos de Araújo

Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo.

Para Freire outro conhecimento que o professor não pode duvidar é a prática crítica de que a educação é um meio de mudar o mundo dentro dos conhecimentos e conteúdos aprendidos, tanto como um esforço para reproduzir a ideologia dominante como em seu desmascaramento.

Do ponto de vista dos interesses dominantes, não há dúvida de que a educação deve ser uma prática imobilizadora e ocultadora de verdades. Toda vez, porém, que a conjuntura o exige, a educação dominante é progressista pela metade. Ao reconhecer que, precisamente porque nos tornamos seres capazes de observar, se comparar, de avaliar, de escolher, de decidir, de intervir, de romper, de optar, nós fizemos seres éticos e se abriu para nós a probabilidade de transgredir a ética, jamais poderia aceitar a transgressão como direito, mas como uma possibilidade. A fome frente a frente à abastança e o desemprego no mundo são imoralidades e não fatalidades como o reacionarismo apregoa com ares de quem sofre por nada poder fazer. Falo da resistência, da indignação, da justa ira dos traídos e dos enganados. Do seu direito e do seu dever de rebelar-se contra as transgressões éticas de que são vítimas cada vez mais sofridas. «O desemprego no mundo é uma fatalidade do fim do século.» E por que fazer a reforma agrária não é também uma fatalidade? E por que acabar com a fome e com a miséria não são igualmente fatalidades de que não se pode fugir?

O operário precisa inventar, a partir do próprio trabalho, a sua cidadania que não se constrói apenas com sua eficácia técnica, mas também com sua luta política em favor da recriação da sociedade injusta, a ceder seu lugar a outra menos injusta e mais humana. É importante que os alunos percebam o esforço que faz o professor ou a professora procurando

sua coerência. É preciso também que este esforço seja de quando em vez discutido na classe. Há situações em que a conduta da professora pode parecer aos alunos contraditória. Isto se dá quase sempre quando o professor simplesmente exerce sua autoridade na coordenação das atividades na classe e parece seus alunos que ele, o professor, exorbitou de seu poder. Às vezes, é o próprio professor que não está certo de ter realmente ultrapassado o limite de sua autoridade ou não.

A educação nunca é neutra, significa tentar replicar a ideologia dominante e tentar descobrir seu véu. Não deve apenas revisar os materiais em um método de ensino, mas também permitir que os educadores abram os olhos e vejam o mundo ao seu redor. Pode-se dizer que a educação também é contraditória, envolve dialética e muitas vezes reaparece essa ideologia. Porém, em determinado momento no tempo e no espaço, um desses fatores supera os demais, cabendo à secretaria

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