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FICHA DE LEITURA TEMÁTICA - CAPÍTULO 3 DO LIVRO FILOSOFIA DA CIÊNCIA DE RUBEM ALVES

Por:   •  18/9/2021  •  Dissertação  •  1.185 Palavras (5 Páginas)  •  290 Visualizações

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ALVES, Rubem. Filosofia da Ciência: Introdução ao Jogo e suas Regras. 14ª.

ed. [S. l.]: Editora Brasiliense, 1991. cap. 03, p. 28 - 43.

1. Resumo: Tanto o livro como o capítulo têm como propósito definir o que

viria a ser o Senso Comum, também busca demarcar os pensamentos

responsáveis pela organização do conhecimento, partindo de sua origem.

2.Citações:

2.1. “Não importam as diferenças que separam o senso comum da ciência:

ambas estão em busca de ordem.” p.28

O autor relata que mesmo que o Senso Comum e a Ciência sejam de alguma

forma distintos, uma vez que o senso comum tenha como definição básica, a

disposição em que os seres humanos num contexto geral possam se adaptar a

determinada situação ou circunstância e a Ciência seja o conhecimento

adquirido através de um estudo e/ou tese, buscando certos princípios, ambos

têm o mesmo propósito: buscar ordem. Por buscar ordem, pode-se entender

como o conhecimento concreto, a relação das partes de um todo no geral, a

ordem fala sobre o princípio, de onde surge a normalidade.

2.2. “Note esta última afirmação: o mundo humano se organiza em torno de

desejos. E aqui temos o ponto central de nossa grandeza e miséria.” p. 29

Neste trecho, Rubem Alves busca explicar de onde surge a grandeza e

miséria. Blaise Pascal (1623-1662) expunha em sua obra Pensamentos,

publicada em 1670, a realizações científicas, as vivências, a norma a ser

seguida, os paradigmas do homem num mundo moderno. Pascal afirmava que

o homem tem diante de si uma enorme natureza, onde ele pode contemplar as

duas maiores infinidades: partindo da enorme grandeza do Universo e indo até

a miséria humana. A visão pascaliana afirmava que a miséria humana partia de

uma miséria ontológica, ou seja, uma miséria que partiria de dentro do ser, mas

que o homem não era nada quando comparado ao infinito da natureza. Assim,

o autor do livro Filosofia da Ciência afirma que a partir do desejo surge as

artes, como a música e a pintura, a religião e a ciência, mas que partiria do

desejo também sentimentos e impulsos como as ilusões, dessa forma, o desejo

viria a ser uma forma que o ser usaria para se corromper. E a partir dessa

definição de desejos entende-se que, a partir de um desejo pode surgir a

grandeza, mas pode levar o homem a miséria de espírito.

2.3. “[...] as teorias científicas não são testadas a partir de sua base ou

origem, mas em função de seu poder para prever.” p. 35

Percebe-se que nesse trecho o escritor busca colocar em prova o poder de

prevenção de uma Teoria Científica. Em meados de 1920, Karl Popper,

nascido em 1902, utilizou várias aplicações técnicas do conhecimento

científico, avançando em apenas dois séculos mais do que a humanidade havia

avançado nos últimos quatro mil anos, gerando assim uma supervalorização da

ciência. Com isso, Popper determinou que uma boa teoria científica apenas

deveria receber este título se descrevesse uma série de fenômenos.

A partir disso, percebe-se que de fato Rubem Alves teria razão ao afirmar que

uma teoria científica deveria ter o poder de prever algo, seguindo um modelo

padronizado onde se inicia com um Modelo de Pesquisa, partindo para uma

dedução lógica e então sendo finalizada em um teste que viria para pôr em

prova toda aquela tese.

2.4. “Quando nos referimos à luz como sendo constituída de ondas, estamos

adotando um procedimento idêntico. Não vemos a luz, em sua estrutura

última. O relógio está lacrado. Vemos o mostrador. E, por aquilo que aparece

no mostrador, os cientistas concluíram que, lá dentro, a coisa deve ser

análoga à onda. Dizer, portanto, que a luz é constituída por ondas é fazer um

palpite sobre o invisível escondido que a ciência deseja desvendar.” p. 37

A partir dessa citação tem-se então a definição de senso comum. O senso

comum parte de um consciente coletivo, onde há muitos pensamentos em

comum entre os homens. Com isso a humanidade adotou uma série de regras e

noções de vida a partir do conhecimento adquirido ao observar, experimentar e

vivenciar. Dessarte, para que se possa obter esse senso comum, é necessário o

conhecimento empírico, esse conhecimento parte do que adquirimos no dia a

dia, com base em observação. Dessa forma, Rubem Alves estabelece sua tese

na definição de Senso Comum, usando-a como orientação para a investigação

e desacreditando que de alguma

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