Fichamento - Aristofanes e a Estética
Por: Raíssa Cagliari • 24/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.325 Palavras (6 Páginas) • 181 Visualizações
A poesia na Grécia não tinha apenas uma função de entretenimento, mas já mantinha o status mitológico[1]. O primeiro lirismo ocidental surgiu com os versos homéricos que buscavam narrar as aventuras dos heróis e deuses gregos, transmitindo pela oralidade a tradição (Caroll, 2010, pg. 33).
Platão, em A República, apontou o Estado Ideal onde os poetas e dramaturgos deveriam ser afastados, uma vez que estavam ligados à representação dramática, cuja essência é a imitação (que é um simulacro da verdade, do ideal)[2], o que nos confirma Hermann (2005, p.11):
Para Platão mundo sensível não produz o verdadeiro conhecimento, ao contrário, a eikasía[3] é o primeiro grau do conhecimento2 e se refere a uma cópia ou simulacro da coisa sensível. Nesse sentido, a arte oculta o verdadeiro, produz uma espécie de ilusão e não pode melhorar o homem, o que leva Platão a considerar inadequado deixar com os poetas a m rresponsabilidade pela educação.
Para Platão, as representações dramáticas apelam para as emoções dos indivíduos, o que provoca o “mau uso” do intelecto e afasta o sujeito da verdade real que se encontra no Ideal. Esse afastamento submete o sujeito, na perspectiva platônica, cada vez mais preso na “caverna” que se afasta do bem. Aqui, a estética acaba sendo vinculada a uma necessidade de propriedade ou de fim, pois a questão do belo está ligada ao problema do conhecimento que está no mundo das ideias. Nesse momento da República, Platão propõe um rompimento com a estética como formação moral, a qual será novamente estabelecida por Aristóteles.
Em Poética, Aristóteles se opõe à concepção platônica no afastamento dos poetas, já que a representação dramática provoca reações emocionais e suscita as emoções mais profundas do indivíduo (tais como piedade, medo) e consequentemente a catarse (no sentido de purificar, e/ou clarificar). Poesia então aparece como algo essencialmente ligado às imitações de ações, o que provocaria nos expectadores/leitores a possibilidade de aprender as coisas humanas a partir dela (poesia dramática). Aristóteles, assim como Platão, concebe a poesia como mímese, mas não a destaca com efeitos negativos, pois é uma condição natural do Homem. Assim:
Ao que parece, duas causas, e ambas naturais geraram a poesia. O imitar é congênito do homem (e nisso difere dos outros viventes, pois, de todos, é ele o mais imitador e por imitação, aprende as primeiras noções) e os homens se comprazem no imitado (ARISTÓTELES, pg. 445, 1973)
A origem da poesia tem como causa a natureza humana, já que é uma imitação e esta corresponde ao instinto humano. A compressão desse instinto e lapidação para uma educação, é obtida através da experiência sensível e a experiência do prazer. A poesia é uma criação do homem que faz imitação[4] e que se adequa a imitação. [pic 1]
Schlegel, em Doutrina da Arte, demonstra certa exaltação aos gregos, ao iniciar o capítulo “Poesia” ao utilizar o poeta Simônides de Ceos como referência que aporta sua concepção de poesia e o status divino. Ele recorre a esse poeta para apreender o que é a divindade, no que se refere à poesia, no intuito de nos ilustrar acerca da função histórica que ela desempenha. A tradição alemã do romantismo coloca o povo grego antigo como o povo mais feliz por entender a máxima importância da poesia e de sua expressão. Na busca da resposta sobre o que seria a “divindade”, o autor argumenta como a arte, em seu aspecto universal, é uma expressão ideal e infinita do pensamento, capaz de transgredir a temporalidade e não se cercear por um rigor lógico de um determinado espaço e tempo.
Republica → Justiça
- Cidade ideal > Justiça
- Politeia
- Ideal
- REA > Filosofo
Filosofia > Contemplação (Ideias)
Capaz de ter → Bíos + theoretikós >> Bom/mau Justo/injusto
- Racional, irasciva, apetitiva (Filosofo domina racional).[pic 2]
Demoncracia → Isonomia
Para Platão mundo sensível não produz o verdadeiro conhecimento, ao contrário, a eikasía[5] é o primeiro geeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeewrau do conhecimento2 e se refere a uma cópia ou simulacro da coisa sensível. Nesse sentido, a arte oculta o verdadeiro, produz uma espécie de ilusão e não pode melhorar o homem, o que leva Platão a considerar inadequado deixar com os poetas a m rresponsabilidade pela educação.
Tragédia → Microcosmo→ democracia = O julgamento de Sócrates
25-6 → Arconte/corego
- Democrático[pic 3]
Século VII a.c → Téspis (propaganda dos Tiranos)
1ª crítica → mímesis → tripartição (Isonomia)[pic 4]
Aparência → aparência [pic 5][pic 6]
Esteticismo (sec XVIII)
Aparência → essência
Aprazíveis → prazer, estético
LEIS VII, 817, b-c[pic 7]
Visão de Platão sobre Atenas
*Velho ateniense → Poderia aceitar os poetas sérios na cidade?
Poetas são estrangeiros***
*Pessoas inspiradas são pessoas miméticas, se transformar em outro (receber a divindade)
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