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Fichamento de Filosofando: Introdução à Filosofia

Por:   •  21/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.800 Palavras (8 Páginas)  •  428 Visualizações

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A busca da verdade. Décimo terceiro capítulo. (pp. 150 - 163).

ARANHA, M. L. A. de; MARTINS, M. H. P. FilosofandoIntrodução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2004.

A filosofia pré-socrática. O período pré-socrático estende-se pelos séculos VII e VI a.C., quando os filósofos oriundos das colônias gregas iniciaram o processo de desligamento entre a filosofia e o pensamento mítico. Enquanto nos relatos míticos a natureza era explicada a partir da geração dos deuses, os filósofos pré-socráticos investigavam essa origem de maneira racional [...].” (p.150)

Na fase Pré-socrática a pergunta mais frequente era: “O que são as coisas?” A Filosofia nasceu como uma Cosmologia, isto é, conhecimento racional da ordem do mundo ou da natureza a partir de uma investigação mais focada na maneira racional de se ver as coisas.

“Para Heráclito, o ser é o múltiplo [...]” “[...]Parmênides, a partir do princípio estabelecido, concluí que o ser é único, imutável, infinito e imóvel [...]” (p.150)

A fase cosmológica da Filosofia grega praticamente se encerra com Heráclito o que abre espaço para a fase ontológica por Parmênides, a maior discussão do período Pré-socrático deu-se em torno das questões envolvendo a mudança e a permanência das coisas. Heráclito defendia a mudança e que o mundo era um ciclo perpétuo, onde nada permanece o mesmo e tudo se transforma em seu oposto. Já Parmênides defendia a permanência. O ser é imutável, sempre idêntico a si mesmo e que a mudança é ilusória, pra ele não existem opostos, só identidade.

“[...] Os sofistas fazem parte da época clássica e alguns deles são interlocutores de Sócrates [...] “[...] os sofistas foram sempre mal interpretados por causa das críticas de Sócrates, Platão e Aristóteles [...]” “[...] os sofistas geralmente pertenciam à classe média e, por não serem suficientemente ricos para se darem ao luxo de filosofar faziam das aulas seu ofício [...]” (p.151)

Os sofistas eram mestres da oratória e ensinavam a arte da persuasão, andavam por toda a Grécia ensinando Filosofia, o importante, para os sofistas, era ganhar uma discussão, independentemente do critério utilizado. Por tudo isso, Sócrates rebelou-se contra os sofistas afirmando que eles, ao defenderem qualquer ideia, desrespeitavam a verdade e por isso não podiam ser considerados filósofos além do que também foram criticados por Platão e Aristóteles.

A busca da verdade. Décimo terceiro capítulo. (pp. 150 - 163).

ARANHA, M. L. A. de; MARTINS, M. H. P. FilosofandoIntrodução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2004.

"Sócrates e o conceito. "Sócrates nada deixou escrito. [...]”, "[...] Os métodos de indagação de Sócrates provocaram os poderosos do seu tempo [...]”, “[...] Ele começa pela fase "destrutiva”, a ironia, termo que em grego significa "perguntar, fingindo ignorar"[...]" [...] A segunda etapa do método, a maiêutica (em grego, "parto”) foi assim denominada em origem a sua mãe, que era parteira. Segundo Sócrates, enquanto ela fazia parto de corpos ele dava à luz a ideias novas. [...] (p 152)

Sócrates não deixou nada escrito, pois acreditava que as palavras gravadas prejudicavam a memória, uma vez que a escrita desobrigava a mente do exercício de guardar informações. Seus métodos de indagação a ironia (destrutiva) que era o momento de desconstrução, onde ele procurava mostrar os erros e contradições das pessoas e a maiêutica (parto) que usava para ajudar seus discípulos a reconstruir as próprias ideias.

"Nas conversas, Sócrates privilegiava as questões morais, por isso em muitos diálogos pergunta o que é a coragem [...]" (p 153)

Sócrates nunca se contentou com as crenças de sua época, com as verdades estabelecidas e com os preconceitos que faziam parte de sua sociedade. Desconfiava sempre das aparências das coisas por isso se fazia um grande indagador, Sócrates buscava incansavelmente a realidade verdadeira das coisas, assim quando alguém se dizia corajoso ele imediatamente criava questionamentos.

“Para melhor sinterizar a teoria do conhecimento de Platão, recorremos ao livro VII de A república em que é relatada a famosa “alegoria da caverna”: Pessoas estão acorrentadas desde a infância em uma caverna, de tal modo que enxergam apenas a parede ao fundo, na qual são projetadas sombras, que eles pensam ser a realidade [...]”, “[...] Se um dos indivíduos conseguisse se soltar das correntes para contemplar à luz do dia os verdadeiros objetos, ao regressar à caverna seus antigos companheiros o tomariam por louco e não acreditariam em suas palavras.” “A alegoria da caverna representa as etapas da educação de um filósofo, ao sair do mundo das sombras (das aparências) para alcançar o conhecimento verdadeiro[...]” (p154)

A caverna era uma espécie de “prisão”, onde as pessoas vivam confinadas em meio à ignorância e por isso eram impossibilitadas de ascender ao mundo superior.  Sair da caverna, segundo Platão, era um exercício que exigia uma passagem da ignorância (mundo inferior) ao conhecimento (mundo superior).  

A busca da verdade. Décimo terceiro capítulo. (pp. 150 - 163).

ARANHA, M. L. A. de; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2004.

“Desde o momento em que a razão se separou do

pensamento mítico, os filósofos gregos criaram conceitos para instrumentalizá-la no esforço de compreensão do real. Entre as diversas contribuições destaca-se a de Aristóteles, pela elaboração dos princípios da lógica e dos conceitos que explicassem o ser em geral, área da filosofia que hoje reconhecemos como metafísica” (p 156). “

Para Aristóteles era possível conhecer o mundo por meio da experiencia sensorial, aplicando a razão sobre os dados fornecidos pelos sentidos, descobrindo assim a essência das coisas, ou seja, a verdade sobre os diferentes seres, conhecimento adquiridos a partir do uso de princípios da lógica usados como explicação para os seres em geral.

“A teoria do conhecimento aristotélica é exposta

nas obras Metafisica e Sobre a alma. Nesta última, ao explicar a relação entre corpo (matéria) e alma (forma), Aristóteles define a alma como a forma, o ato, a perfeição de um corpo. Também usa os conceitos metafísicos para distinguir o conhecimento sensível do racional e demonstrar como eles dependem um do outro.” (p 157)

Os conceitos de Matéria e Forma defendem que a substância de um objeto é dada pelas mesmas, a matéria são os elementos físicos que constitui tal coisa e a forma é a estrutura interna na qual a matéria está organizada, que a modela, que a informa, de modo que a coisa seja reconhecida tal como é. As duas juntas mostram-se através das informações captadas pelos sentidos.

“Ao explicitar os conceitos de matéria e forma, é necessário recorrer aos de potência e ato, que explicam como dois seres diferentes podem entrar em relação, atuando um sobre o outro.” “[...] A potência é a capacidade de tornar-se alguma coisa [...]”, “O ato é a essência” (p 158)

A explicação dada é a que potência é a soma de todas as potencialidades do ser, tudo aquilo que ele pode ser, são as possibilidades de uma coisa se tornar outra o ato é a realização de uma potência.

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