TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Filosofia Apliacda Ao Direito

Ensaios: Filosofia Apliacda Ao Direito. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/6/2013  •  589 Palavras (3 Páginas)  •  1.660 Visualizações

Página 1 de 3

3. A TEORIA DO CONHECIMENTO DE PLATÃO

Platão deixou-nos uma vasta obra filosófica que trata de temas diversos dentre os quais a questão do conhecimento merece especial atenção, sobretudo em função da influência que seu pensamento exerce ainda na atualidade, a despeito da significativa contribuição que deixou como legado no tocante a questões que versam sobre democracia, o valor da arte, as virtudes, o bem e a metafísica.

Sua busca é movida pela necessidade de alcançar o conhecimento da verdadeira natureza das coisas. Platão devota-se à busca da compreensão da essência das coisas. Vale a ressalva que não se trata de compreender as coisas sensíveis, mas, sim a realidade abstrata e essencial.

Para o pensador o homem entre dois mundos, o da aparente realidade e o da realidade verdadeira. É no mundo da realidade aparente que o homem lida com as coisas sensíveis, perpassado pelas opiniões, crença que geram a imperfeição e a imprecisão. O mundo sensível é imperfeito. É somente no mundo das idéias ou formas abstratas que o homem entra em contato com a verdade, sendo a alma o veículo para acessar o conhecimento verdadeiro.

Em sua obra, a República, Platão complementa sua teoria da alma (psyché), conferindo-lhe funções cognitivas, intelectuais e morais. A Academia de Platão em Atenas “operou”, por assim dizer, de 387 a.C até 529 d.C. Porém com a decadência de Atenas, a emergência de inúmeras escolas filosóficas, e as conquistas de Alexandre, a cultura grega se espalha num movimento que hoje chamamos de Helenismo.

3.1. A RAZÃO: INATA OU ADQUIRIDA? INATISMO OU EMPIRISMO?

Qual é a origem dos princípios racionais (identidade, não-contradição, terceiro-excluído e razão suficiente)? De onde veio a capacidade para a intuição (razão intuitiva) e para o raciocínio (razão discursiva)? Inato ou adquiridos pela educação e pelo costume? Seriam algo próprio dos seres humanos ou seriam adquiridos através da experiência?

Durante séculos, a Filosofia ofereceu duas respostas a essas perguntas. A primeira ficou conhecida como inatismo e a segunda, como empirismo.

• O inatismo afirma que nascemos trazendo em nossa inteligência não só os princípios racionais, mas também algumas idéias verdadeiras, que, por isso, são idéias inatas.

• O empirismo afirma que a razão, com seus princípios, seus procedimentos e suas idéias, é adquirida por nós através da experiência. Em grego, experiência = empeiria. Assim, conhecimento empírico, isto é, conhecimento adquirido por meio da experiência.

- INATISMO

Vamos falar do inatismo tomando dois filósofos como exemplo: o filósofo grego Platão (século IV a.C.) e o filósofo francês Descartes (século XVII).

- INATISMO PLATÔNICO

Platão defende a tese do inatismo da razão ou das idéias verdadeiras em várias de suas obras, mas as passagens mais conhecidas se encontram nos diálogos Mênon e A República. Em Mênon, Sócrates ao fazer perguntas a um jovem escravo analfabeto, observa que ele demonstra sozinho um difícil teorema de Pitágoras. Verdades matemáticas surgem em reposta às perguntas de Sócrates que vai raciocinando com ele.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.6 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com