Filosofia E Sua Relação Com O Serviço Social

Etapa 1 Passo 1 – Filosofia e sua relação com o Serviço Social

Ao questionar-se o que é o mundo depara-se com varias respostas, a mais comum é aonde nós vivemos, no caso, o planeta terra ou algum lugar habitável, mas levando ao campo da Filosofia percebe-se que o mundo não é uma matéria mas sim o resultado da carga histórica do homem ou da condição humana, em geral.

O mundo da filosofia é tudo aquilo que constitui a realidade, é tudo que existe sendo ou não perceptível, acessível ou entendido. Portanto pode-se perceber que a realidade é o mundo que nós vivemos.

Quando depara-se em definir a questão do ser humano levam-se as considerações inicias propostas no estudo. Lembra-se da busca pelos gregos da forma genuína e perfeita do homem através da educação ideal, por meio das boas artes ( poesia, eloquência e filosofia ), da vida em comunidade, onde nasce a questão da ética (praticar o bem e evitar o mal) e principalmente por meio do conhecimento de si mesmo e de seu mundo. Vale-se também do significado aristotélico no qual o homem é homem pelo aquilo que ele é e não pode ser de outro modo e por possuir continuidade e estabilidade do próprio ser (era, é e será). Conclui-se que ser humano é ser capaz de controlar e moldar a sua existência, é ser capaz de conhecer a si mesmo e viver em sociedade.

Viver em sociedade é levar em consideração o outro. É viver com um conjunto de pessoas que compartilham propósitos, preferências, necessidades e costumes e que interagem entre si. Ao ter uma vida social, aprende-se a ter um comportamento individual, baseado no respeito, na responsabilidade, no cumprimento dos costumes sociais, com a sociedade, através de relações com outros membros.

O conhecimento é o ato de ter a ideia ou noção de algo través da verificação de um objeto . É a necessidade de compreender as coisas que nos cercam, que nos preocupa. A busca do conhecimento é uma necessidade do ser humano e a essência-problema da filosofia – conhecer rigorosamente para entender. Conhecer possibilita-se dá sentidos e explicação as praticas e questionamentos da sociedade.

O ser humano ao conhecer seus direitos civis e participar no destino da sociedade, está sendo um cidadão e ao exercer o seu direito a cidadania, está colocando em pratica a plenitude dos direitos civis, políticos, sociais e sujeito a deveres que lhe são impostos. Assim garantindo e exigindo o que é de direito, o cidadão terá uma melhor qualidade de vida. Direito a educação, moradia, saúde, liberdade, boa alimentação, saneamento básico refletem no bem estar e na paz dos indivíduos e da sociedade.

Todos os cidadãos têm os mesmos direitos, portanto somos iguais. Porém, para alguns, as diferenças são motivos de discriminação e preconceito. Ao pré conceituar de forma discriminatória alguém por sua aparência, situação financeira, orientação sexual , ou qualquer outro motivo, estamos indo de desencontro com a cidadania. Dificilmente uma forma de preconceito está isolada. Sempre se constrói um estereótipo. Raramente alguém vinculara um ladrão com a imagem de um homem branco, simpático, bem vestido, educado.

Etapa 1 Passo 2 – Concepções filosóficas nas praticas sociais.

"Tudo virou pragmático, questão de interesse pessoal. Parece que, de repente, tudo é permitido: homicídio, roubo, desonestidade, esperteza. Há uma sensação de ausência e valores e normas éticas comuns. Nesse caso não haveria mais sociedade, apenas indivíduos que são regidos por suas próprias leis ou vontades."

Olírio Plínio Colombo

Pistas para filosofar lll

A filosofia está presente no nosso cotidiano para nos ajudarmos a construir um mundo melhor, mais humano e ético. O papel dela é fazer com que todos reflitam e busquem sábias respostas para tudo o que acontece ao nosso redor.

As concepções filosóficas presentes na nossa atualidade, nos permitem várias concepções em torno do mundo, do homem e da sociedade e das relações sociais.Elas estão em presentes em nosso modo de viver, de buscar nossos ideais.

Acreditamos que somente através do exercício da dimensão ética, do compromisso, poderemos superar os desafios que sondam os nossos tempos históricos, como a intolerância, as guerras, as diversas formas de violência, o terrorismo, a exploração dos homens por outros homens, a falta de dignidade e o individualismo.

Quando falamos de dignidade não podemos nos esquecer de um grande problema que assola o nosso país a dificuldade de formação qualificada e, como consequência o aumento do desemprego e do subemprego.

Quantas pessoas e de maneira especial, quantos jovens, sabem da necessidade de uma boa formação, mas precisam abrir mão desse sonho, que é um direito seu como cidadão, para trabalhar e garantir a sua sobrevivência. Olhando por outro lado, quantos jovens que tiveram acesso a uma boa formação e quando, no exercício da profissão, agem com total falta de ética, num claro exemplo de egoísmo e individualismo.

Tudo isso nos faz pensar que não existe prática cidadã desvinculada da vivência ética. Essa ideia de responsabilidade que se encontrar articulada com a da liberdade é o conceito que melhor representa o eixo central da reflexão ética, pois responsabilidade está ligada à noção de compromisso. Ética que é prática consciente e responsável, e que se expressa em nosso dia-a-dia e, que, como seres políticos, devemos ter esse compromisso no exercício de nossa cidadania, ciente de nosso papel social, sem nunca deixar de exigir, que nossos direitos sejam respeitados e cumpridos, como também da responsabilidade e cumprir com nossos deveres.

Se pensarmos o agir para e com os outros com atitudes éticas, humanas e vivência da cidadania, muito temos ainda que caminhar.

Nunca se falou tanto em ética, mais nunca ela esteve tão excluída das práticas sociais como agora, precisamos superar nossos comportamentos, muitas vezes alienado que se expressa na marginalização e na exclusão de tantos indivíduos que buscam uma vida digna.

A ética é uma prática inerente a toda ação humana e por esta razão é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de senso moral, estando constantemente julgando