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Fundamentos Filosóficos Da Educação

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Por:   •  28/11/2013  •  2.915 Palavras (12 Páginas)  •  497 Visualizações

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INTRODUÇÃO

No Mundo atual quando pensamos em Educação é inevitável discutir seu papel socializador e seu aspecto representativo da cultura.

O que é necessário analisar os fundamentos históricos e filosóficos, já que a educação, em si, só é possível através da transmissão do conhecimento ao longo do tempo, por meio do dialogo, do contato entre as pessoas. Sem socialização, contextualizada no âmbito escolar, não existe educação.

Portanto, discutir como e se a educação realmente sociabiliza e se este deve ser o seu principal objetivo.

Uma questão debatida e ainda não solucionada que originou várias tendências pedagógicas, e inúmeras propostas de direcionamento educacional.

É preciso debater o que torna a educação possível, a socialização e sua relação com a educação.

A NATUREZA DA FILOSOFIA

A filosofia é um conjunto de problemas, teorias e argumentos.

No ensino da excelência da filosofia, o estudante tem que compreender os problemas, teorias e argumentos da filosofia, que conforme surgem ao longo da historia da disciplina tem que saber discuti-los por si só, ou seja, tem de saber filosofar; e filosofar só se aprende praticando.

O estudante tem de ser estimulado e ajudado a pensar por si só nos problemas, teorias e argumentos da filosofia.

Em algumas instituições de ensino tudo o que se pede ao estudante é que comente textos de filósofos, mas é necessário muito mais que isso. A filosofia apresenta poucos resultados consensuais, a maioria dos seus problemas continua em aberto.

O caráter aberto da filosofia em nada diminui seu valor cognitivo ou social, a sua seriedade acadêmica ou escolar, ou a sua importância existencial; contudo a filosofia não é como as outras áreas disciplinares não apresentam resultados substanciais.

A filosofia é uma disciplina especulativa que lida com problemas que ninguém sabe resolver.

De acordo com o cientismo tem que ser abandonada, pelo menos nos moldes em que tradicionalmente foi feita durante séculos.

E compreender a natureza aberta e especulativa da filosofia é uma condição necessária para a compreensão de seu ensino.

Essa realidade não é apenas difícil de aceitar, vai muito, alem disso, porque as instituições de ensino estão vocacionadas a transmitir o conhecimento já feito e a filosofia não são como as disciplinas que apresentam resultados definitivos ou quase definitivos, os seus resultados não são substanciais e essa característica levanta problemas importantes como:

Como lidar com a filosofia?

Quais as suas competências?

O que há exatamente para ensinar?

Para responder essas perguntas vamos entender melhor à filosofia.

O QUE É FILOSOFIA?

A filosofia não é uma disciplina guiada pela experiência (empírica), mas a principio é uma disciplina que se faz pelo pensamento apenas. Não se usam laboratório, estatísticas, observações telescópicas ou microscópicas; esse aspecto a aproxima de disciplinas como a matemática e isso não significa que possamos apresentar hipóteses de caráter empírico, mas significa que é possível testar essas hipóteses que não são hipóteses filosóficas e sim hipóteses sociológicas, psicológicas ou outras.

Em filosofia, podemos ter bons ou piores conceitos, bons ou piores argumentos, mas não podemos encontrar provas irrefutáveis, porque a filosofia não é uma ciência formal ou empírica (mesmo sendo o local onde as ciências se cruzam). De qualquer modo, a filosofia é fundamentalmente uma disciplina racional, ainda que os seus primeiros princípios não possam ser demonstrados.

E quais seus principais fundamentos: Como lemos no texto a filosofia é um jogo irreverente que parte do que existe, critica, coloca em dúvida, faz perguntas importunas, abre a porta das possibilidades, faz entrever outros mundos e outros modos de compreender a vida.

Conclui-se então que a filosofia não é uma disciplina empírica como física ou historia; é a priori.

Como a matemática, não há métodos formais de prova, podemos usar a lógica, mas é só um instrumento, não resolve problemas de filosofia e nem determina um problema filosófico.

Tais problemas se ocupam da nossa concepção da realidade e não da própria realidade, entretanto, é preciso evitar dois extremos no estudo da filosofia.

1- O historicismo que substitui a filosofia pela historia;

2- O enciclopedismo que substitui a filosofia por lista de teorias;

Esses dois extremos são duas maneiras de evitar o ensino da filosofia.

Vimos que a natureza da filosofia levanta obstáculos sérios ao seu ensino.

A filosofia é uma discussão de ideias, e as instituições de ensino não estão vocacionadas para acolher tal coisa.

Também temos a cultura autoritária que impede muitas vezes de questionar filósofos do passado. Na verdade qualquer tentativa de discussão pode até ser mal vista, porque não se podem discutir ideias e nem argumentos.

O outro problema no ensino da filosofia é a escolha do que vamos lecionar num currículo acadêmico.

Porque quando um estudante entra na universidade, ele entra certo de que vai se tornar um filósofo, mas, não lhe são fornecidos os instrumentos para isso; se espera que ele compreenda as ideias do passado e interprete os escritos, que se tore um especialista e defensor incondicional do seu filósofo preferido.

A sua atividade acadêmica consistirá exclusivamente em relatórios sobre o que os filósofos pensam. Jamais consistirá em tentativas progressivas e sofisticadas para filosofar.

Filosofar não é fazer relatórios mais ou menos acadêmicos, é fazer o que os filósofos fazem.

Segundo Desidério Murcho, temos também humildemente que aprender a fazê-lo por que muitas vezes ninguém nos ensinou tal coisa.

Antes de qualquer coisa, ela

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