Fundamentos e Evolução Histórica da Filosofia
Por: Cbandrade • 21/2/2025 • Pesquisas Acadêmicas • 754 Palavras (4 Páginas) • 8 Visualizações
Pesquisa Básica - Conceitos, fundamentos e evolução histórica da Filosofia, a nível global e nacional brasileiro
A Filosofia nasce com o desejo de encontrar respostas capazes de satisfazer uma curiosidade humana alimentada por uma razão inquieta. As respostas até então existentes estavam fundadas nos mitos e, portanto revestidas de mistérios, forças sobrenaturais e fé; não suportavam questionamentos e usavam o aparato cultural para terem sentido. Ao buscar superar essa metodologia, a Filosofia enfrenta os desafios de desbravar novos caminhos; de enfrentar as tradições e chocar com as verdades já prontas e acabadas.
Com o aparecimento da escrita, o uso cada vez mais intenso da moeda, o aumento das relações comerciais nas cidades-estados portuárias gregas, a democracia vivenciada através dos debates nas praças públicas foram alguns dos fatores que começaram a enfraquecer os mitos e, aos poucos, surge à possibilidade e a necessidade da Filosofia racional.
A Filosofia nasce na Grécia antiga, aproximadamente no século VI a. C. e o primeiro filósofo de que se tem notícia é Tales de Mileto (astrônomo, engenheiro, matemático e comerciante).
Tales e alguns de seus contemporâneos praticaram uma Filosofia voltada para a compreensão dos fenômenos naturais. Buscaram explicar os fenômenos naturais, que até então eram explicados através dos mitos, usando uma metodologia de cunho predominantemente racional. E assim começam a Filosofia e a Ciência (RUSSELL, 2001. p. 21).
Uma nova fase surge no cenário grego à emblemática figura de Sócrates que inaugura um período novo chamado de Período Clássico. Nesse período aparecem às figuras de Sócrates em permanente oposição aos Sofistas - mestres na retórica; na boa argumentação. Platão, idealista, fundador de uma visão metafísica de realidade; e Aristóteles, valorizador do materialismo e da experiência. Para Russell (2001, p. 66), Sócrates, Platão e Aristóteles são as “três maiores figuras da Filosofia Grega”.
Encerrado o período áureo da Filosofia Grega, o grande movimento filosófico que o sucede é a chamada Filosofia Medieval de caráter cristão (teocentrismo), e teve sua ascensão na idade média também chamada de "Idade das Trevas", no entanto, muito do que conhecemos de Filosofia moderna e ciência surgiu nessa época da história da humanidade e não podemos deixar isso de lado.
Dois grandes movimentos marcaram a Filosofia Medieval: a Patrística e a Escolástica.
A vertente filosófica Patrística surgiu fazendo referência aos primeiros padres da Igreja Católica. Por muito tempo, a Filosofia Patrística foi dividida em duas linhas de pensamento entre os padres apologistas: aqueles que viviam como Justino, misturando o cristianismo com a Filosofia grega pagã; e aqueles que viviam como Tertuliano, defendendo completamente a exclusão do paganismo desse movimento.
A Patrística pode ser ilustrada pela figura de Santo Agostinho “que sistematizou todo o pensamento católico que vinha sendo construído” (INCONTRI e BIGHETO, 2008, p. 375).
Logo após o ápice da Filosofia Patrística, surgiu à vertente de pensamento Escolástica. Essa era uma vertente filosófica menos restrita e que abordava as divergências no ambiente católico.
A Escolástica “caracteriza-se principalmente pela tentativa de conciliar os dogmas da fé cristã e as verdades reveladas nas Sagradas Escrituras com as doutrinas filosóficas clássicas” (JAPIASSÚ e MARCONDES, 1996, p. 87) – ou seja, conciliar o impensável: fé e razão. O principal representante da Escolástica é Santo Tomás de Aquino.
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