Hegel e marx

8. HEGEL E MARX

           Hegel e Marx em ambos existem o pensamento dialético. Eles reformam o conceito hegeliano de dialética: utilizam a mesma forma, e introduzem um novo conteúdo. A essa nova dialética, chamam de materialista. Para eles, o movimento histórico é derivado das condições materiais da vida. Hegel é um idealista e Marx era um materialista. A dialética hegeliana possui uma ligação com a revolução e a destruição do mundo feudal.

           Hegel apresenta um método que permite compreender o pensamento e a realidade como processo, o movimento como desenvolvimento com base na contradição. Para ele, a ciência do pensamento, em seu modo verdadeiro, deve coincidir com a ciência do ser. Em cada momento dialético, encontram-se algumas ciências. A ideia pura passa a ser objeto da lógica, tendo como ponto de partida a universalidade do ser. Partindo da noção mais geral do ser, chega a seu oposto, o não ser, indo de encontro a resumo de ambos. Também tem o objeto da filosofia da natureza, representação fora de si. A ideia acaba por se multiplicar em diversas formas, mecânica, física e orgânica. Reúne o objeto e o sujeito, formando a filosofia do Espírito Absoluto, que se divide em espírito subjetivo e individual (psicologia), espírito objetivo da humanidade em sua vida coletiva e social (moral e direito), espírito absoluto (arte, religião, filosofia).

            Para ambos, a transformação ocorre na prática, à diferença é que o motor dessa transformação em Hegel é a ideia, ele compreende a realidade e o pensamento como processo. Já Marx sentiu-se influenciado pela dialética Hegeliana, mas não concordava com os pontos que Hegel definia em seu método para entender a sociedade. Por isso criou seu próprio método. Com a dialética materialista, analisa a história sob o ponto de vista econômico e social, onde são as forças produtivas e as relações de produção que predominam nesse pensamento. A história é dividida em quatro momentos: antiguidade, feudalismo, capitalismo e socialismo. Os três primeiros são vencidos por uma contradição interna, chamada “germe da destruição”. A contradição da antiguidade é a escravidão; a do feudalismo são os servos; e a do capitalismo é o proletariado. O socialismo seria a síntese final, momento em que a história cumpre seu desenvolvimento dialético. Marx faz interpretando a realidade, visão de mundo e exercício. Para ele, Hegel trata a dialética idealmente, no plano do espírito, das ideias, enquanto o mundo dos homens exige sua materialização. É com esta preocupação que Marx deu o caráter material (os homens se organizam na sociedade para a produção e a reprodução da vida), e o caráter histórico (como eles vêm se organizando através de sua história). Ele utilizou esse método para explicar as mudanças importantes ocorridas na história da humanidade através dos tempos. Ao estudar determinado fato histórico, ele procurava seus elementos contraditórios, buscando encontrar aquele elemento responsável pela sua transformação num novo fato, dando continuidade ao processo histórico.

 

9. POSITIVISMO

               O Positivismo é um ramo da filosofia, sociologia e também da política, que surgiu no período do Iluminismo, em decorrência da crise da sociedade da Idade Média, do novo pensamento que a Revolução Industrial trouxe para a sociedade e por influência da Revolução Francesa. Surgiu no mesmo período em que Charles Darwin elaborava a teoria da evolução biológica das espécies.

O positivismo foi a primeira corrente teórica centralizada no estudo científico sociológico. Sugere o abandono da teologia e da metafísica, valorizando apenas as ideias de caráter humano, sendo o conhecimento científico o único conhecimento verdadeiro. Tudo aquilo que não for comprovado cientificamente, não pode ser considerado conhecimento humano, pois pertencem ao domínio teológico-metafísico, sendo assim, são apenas crenças inúteis.

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