Meio Ambiente Economia e Sociedade
Por: cristines • 13/8/2018 • Trabalho acadêmico • 3.450 Palavras (14 Páginas) • 367 Visualizações
[pic 1] UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPUS DE ERECHIM
CURSO INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO DO CAMPO LICENCIATURA – CIÊNCIAS DA NATUREZA
KARL MARX
Meio Ambiente Economia e Sociedade
Elaboração: Cristine Miszewski
Guilherme Faenello
Professora: Gabriela Fahl
ERECHIM, JULHO DE 2017
INTRODUÇÃO
Filósofo e idealizador de uma sociedade com distribuição justa e igualitária a todos, economista, cientista político e social, o revolucionário Karl Marx, cursou Direito, Filosofia e História nas Universidades de Bonn e Berlim. Nascido em 1818 viveu seus 65 anos contrapondo-se ao modelo capital dominante.
Expulso de diversos países por diversas vezes, encontrou nos exílios um refúgio para uma produção incansável de teses, teorias e práticas acerca do comunismo, atacando fortemente o capitalismo. Segundo Marx, o capitalismo era o responsável pela desestabilidade que assolava a Europa. Defendia a ideia que a classe trabalhadora precisava urgentemente unir-se em torno da derrubada do sistema capital, responsável pelas grandes diferenças sociais.
A leitura das obras de Karl Marx exigem uma reavaliação do senso comum, para então buscarmos compreender a relação que o autor faz entre a lei do valor, por exemplo. Para Marx o Valor relaciona-se ao tempo, a quantidade e a qualidade da força de trabalho empregada na produção, dentro de um modelo econômico que extrapola a comercialização do excedente, gerando uma estrutura baseada na comercialização em larga escala, chamada por ele de Mais-Valia, com exploração da mão de obra trabalhadora pelos detentores dos modos de produção, dando origem a acumulação do capital para uma ínfima minoria.
Marx foi responsável por importantes transformações sociais na Europa e no restante do mundo, com a publicação e tradução de duas de suas obras Manifesto Comunista e O Capital, reafirmava suas ressalvas perante a industrialização, e sua preocupação com as longas jornadas de trabalho, redução de salário e falta/ineficiência de legislações trabalhistas para os empregados.
Marx veio a falecer muito antes de conhecer o impacto de suas obras na sociedade moderna, os volumes II e III de O Capital, só forma divulgados em 1885 e 1895 respectivamente, dois e dez anos após sua morte. Ambos os livros foram organizados por seu amigo Engels, a partir de manuscritos deixados por Marx.
As características dos escritos de Marx e suas teorias acabam dando origem ao Marxismo, movimento social que segue as ideias do autor e garante a continuidade de suas ideologias.
DESENVOLVIMENTO
Karl Marx nasceu em Trèves, cidade localizada ao sul da extinta Prússia, no dia 05 de maio de 1818,
Filho do advogado e conselheiro de justiça Herschel Marx e de Enriqueta Pressburg, moça de classe média alta, descendente de Rabinos.
Após concluir os estudos do curso secundário em Trèves, Marx matricula-se na Universidade de Bonn, afim de estudar jurisprudência e de realizar o desejo do pai, que exigia o fim dos estudos antes do casamento. Neste momento Marx já dedicava versos apaixonados à Jenny von Westphalen, jovem descendente de alta posição social na época, e com quem viria ser casar.
Em 1836, Marx matricula-se na Universidade de Berlin, afastando ainda mais do Direito e adentrando no estudo de História e Filosofia, onde aproximou-se das ideias de Hengel, renomado filósofo alemão que havia falecido em 1831. Embora Marx não acordasse com todo o ideal de Hengel, acaba senindo-se atraído de alguma forma por ele. De acordo com os “hegelianos de esquerda”, havia uma necessidade urgente de análise das questões sociais, fundamentando a transformação da burguesia alemã na época.
Marx retorna para Trèves em 1841, abandonando definitivamente a carreira de jurista, buscando uma cátedra universitária, apoiado pelo amigo Bruno Bauer na Universidade de Bonn. De 1838 até 1840 Marx dedica-se a construção de sua tese, Diferença entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e Epicuro, doutorando-se em Filosofia pela Universidade de Iena, uma vez que durante este breve período, seu amigo Bauer acaba por se expulso de Bonn.
Por motivos políticos, Marx não é nomeado professor. Segue-se então uma fase de transição na qual Karl Marx passa a dedicar-se ao jornalismo, debruçando seus estudos aos problemas políticos e sociais. Junto com Arnold Ruge, escreve diversos artigos para Anais Alemães, censurados e impedidos de serem publicados na época. Em 1842, muda-se para a Colônia assumindo a direção do jornal Gazeta Renana, fechado pelo governo pouco tempo depois devido à publicação de um artigo sobre o absolutismo russo.
Em julho de 1843, Marx casa-se com Jenne e muda-se para Paris, e junto com Ruge e Heine assume a direção da revista Anais franco- Alemães, que é fechada pelo governo logo após a primeiro número, publicado em fevereiro de 1844, no qual Marx redigiu dois importantes artigos: Introdução a uma Crítica da Filosofia do Direito de Hengel e A Questão Judaica. Em seguida Marx passa a escrever para o “Vornaerts”, ainda em Paris, as reflexões de Marx sobre a Filosofia do Direito de Hengel, que de acordo com Marx, deveriam servir de crítica ao Estado, deixando de ser exclusivamente uma teoria e passando a atuar sobre o concerto, transformando-se em política abrangendo as classes todas as classes sociais e resultando na mudança eficaz da sociedade. De acordo com GIANNOTTI
Para Marx, o Estado alemão de sua época representava o passado dos povos modernos, e a luta contra sua opressão assinalaria, pois, o esforço geral de emancipar a humanidade de todos os laços que a alienam. O homem, ser genérico e comunitário, não poderia realizar-se cabalmente sem ultrapassar a fragmentação das classes, das nações, enfim, de todos os particularismos que criam obstáculos ao desenvolvimento de seu ser. Toda a crítica, porém, permanece inócua, diz Marx, se não atinge a raiz do próprio homem, a ele mesmo enquanto ser concreto e a sociedade no interior da qual vive e se manifesta. Pela primeira vez Marx proclamava a luta de classes como o motor da História e o proletariado como o germe que deveria subverter a estrutura da sociedade moderna. (1974, p. 687)
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