Memórias do Holocausto

O texto disserta sobre o evento histórico denominado Holocausto, também chamado de Shoah. É ressaltada a grande relevância do Holocausto, sendo considerado um evento único.

Embora muito se saiba através da literatura produzida após a Segunda Guerra Mundial, ainda existe o mistério sobre o que realmente significou a rede de campos de Auschwitz, um grande ícone do Holocausto.

A Solução Final (Endlösung) tinha como objetivo eliminar a população judaica dos territórios ocupados pela Alemanha, com um sentimento de superioridade em relação à identidade judaica. Com base nessa questão e nas dificuldades em reconstruir as memórias do Holocausto, foi realizado um seminário desenvolvido pela Unirio, contando com a participação de vários palestrantes, docentes e pesquisadores de universidades brasileiras. Pontos importantes foram a questão da intolerância à alteridade e as conexões entre o Direito e o Holocausto. A Shoáh foi vinculada a um estado totalitário, no qual a lei foi utilizada como meio de dominação. E esse totalitarismo teve como consequência a banalidade do mal, que ainda persiste no mundo contemporâneo, por exemplo, com o uso de armas químicas.

É importante investigar não o antissemitismo clássico nem o dos pogroms, mas sim o moderno.

O Holocausto nazista, apesar de movido principalmente pela dizimação da cultura judaica, apresentou uma afinidade com o projeto de reassentamento (Umsiedlung), que visava eliminar certas parcelas indesejáveis da população e praticar, com o uso da força, a remoção de populações.

Paralelamente, no Brasil, durante o Estado Novo, foram aprovadas leis de proibição à concessão de vistos para a população judaica que quisesse ingressar no país, vindos do continente Europeu, fato este que contribuiu ainda mais para o agravamento dos campos de concentração.

O totalitarismo nazista se destacou por alcançar um nível de crueldade jamais visto, seu plano de eliminar toda alteridade que representasse ameaça, impureza social ou insubmissão. Durante essa época, foram dizimados mais de seis milhões de judeus, demonstrando o mal que é a descartabilidade da vida.

Para que o totalitarismo se mantenha no poder é preciso que haja uma ubiquidade do medo, pois é através dessa sensação que nota-se a ocorrência do denuncismo intolerável. Sendo assim, o terror é a essência do totalitarismo.

Para concluir, é proposto no texto a ampliação dos resultados proporcionados pelo seminário, a fim de ser possível a continuação dos estudos sobre o Holocausto e o desejo de que tal evento histórico jamais aconteça novamente.