O ESPIRITO, DEUS E O MUNDO EM DESCARTES
Por: sauloelizeu • 18/8/2015 • Trabalho acadêmico • 931 Palavras (4 Páginas) • 1.181 Visualizações
O ESPIRITO, DEUS E O MUNDO EM DESCARTES
Saulo Coutinho Elizeu,
Resumo
Na dúvida encontramos a conclusão e a solução para vários problemas no sistema Cartesiano. Pesquisaremos a importância da aplicação deste método para a prova da existência de Deus por René Descartes. O princípio da casualidade e a partir da dúvida como principais fundamentos para provar a existência de um ser perfeito, onisciente e onipresente que se manifesta de forma objetiva na realidade do intelecto.
Palavras-chaves
Deus. Dúvida. Casualidade. Existência.
Introdução, o método
O filósofo René Descartes (1596 – 1650) certamente tinha como grande ocupação provar a existência de Deus e sua principal obra sobre o assunto é Meditações metafisicas. Nesta obra ele apresenta seis meditações que dentre elas a terceira e a quinta são claramente defesas da existência de um Deus. A Res Cogitans cartesiana, ou seja, a coisa pensante é o ponto de partida e a origem de todo e qualquer pensamento. É o que se tem de mais claro no início do pensamento, Cogito, ergo sum, que Descarte utiliza para o inicio da descoberta da verdade, Deus, com um método lógico-argumentativo.
Os sentidos assim como a razão algumas vezes nos enganam. Descartes, deprecia o conhecimento sensível e o conhecimento racional e passa a utilizar uma hipótese extrema, cética, de que todo o saber pode ser um sonho ou algo fornecido por um todo-poder para enganar. No lugar de um Deus soberano e onisciente, existe um Deus que precisa do universo e que assim cria métodos enganosos de conhecimento.
Assim, analisando a dúvida, Descartes descobre nela a certeza imediata do pensamento, pois não se pode duvidar sem pensar, o que ele definiu como o res cogitans.
O Espírito, Deus e O Mundo em Descartes
Como Descartes conclui que na dúvida esta o pensamento e a consciência, ele acredita ter atingido e encontrado a substancia pensante, A Alma Espiritual. Porem ele encontra apenas os fenômenos e manifestações da Alma, e não exatamente a Alma. A essência da alma cartesiana está no pensamento.
Descartes acredita ter encontrado toda atividade psíquica e espiritual através do pensamento, isto é, o conhecimento intelectual, e com este conhecimento é desvalorizado todo o conhecimento sensível.
Finalmente, o mundo dos sentidos, das emoções, das paixões, é desvalorizado por Descartes em campo prático, como a sensação o fora em campo teorético. Visto que tais estados de alma são irracionais, e não podem, por conseguinte, derivar de Deus nem da razão, é mister concebê-los como ações perturbadoras do corpo sobre o espírito. Então o sábio deve combater as paixões, destruí-las.
Para Descartes a relação do corpo com a Alma é um problema muito grave. Com a autonomia disponibilizada para a res extensa e da res cogitans, toda a relação entre corpo e espírito é impossível e o reciproco entre alma e corpo se manifestam especificamente no real.
Após descobrir o processo de dúvida que gera pensamento e do pensamento ao espírito, Descartes para deste “espírito” a demonstração de Deus, que segundo ele já vem contida em nosso pensamento.
É apresentado por descartes basicamente duas provas da existência de Deus. A Primeira conhecida como a posterior, parte da ideia de perfeito, a qual chegaríamos segunda Descartes partindo de nossa imperfeição. Esta ideia não pode derivar das coisas que são limitadas, nem de nós, que somos imperfeitos, precisa vir de um ser perfeito, Deus. S segunda prova é a priori, e pode formular-se com o argumento ontológico pois há em nossa mente a ideia de um ser perfeitíssimo, esse deve também existir, isto é, deve ter a perfeição da existência, ou, diversamente não seria mais perfeito. Logo Deus existe.
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