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O Fichamento (Cosmogonias e Mitos da Soberania)

Por:   •  8/9/2021  •  Resenha  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  106 Visualizações

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Fichamento Expresso

Aluna: Maria Gabriella Ferrari Ferreira

Texto: Cosmogonias e mitos da soberania

1ª parte: [Nascimento da Filosofia] (§§ 1 -3)

Neste trecho Vernant começa este capítulo falando que as origens nos escapam. Mas que, no entanto podemos datar o nascimento da filosofia, a qual demarca o declínio de um pensamento mítico e o início de um saber do tipo racional. O advento da filosofia data do século VI, na Mileto Jônica que com Tales, Anaximandro, Anaxímenes inauguram um novo modo de reflexão da natureza através de uma investigação sistematizada e desinteressada. Para estes os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo. Para o pensamento mítico a experiência cotidiana se esclarecia e adquiria sentido em relação aos atos dos Deuses praticados na origem, inversamente, no pensamento jônico é o cotidiano que torna a origem inteligível, fornecendo modelos para compreender como o mundo se formou e ordenou.

2ª parte: [Os físicos e a religião](§§ 3-12)

Ocorre uma exclusão do sobrenatural, considerando tudo que existe como physis, todos no mesmo plano, apresentados de forma homogênea. Perde-se o ar de mistério e majestoso, a physis passa a ser acessível à inteligência humana. No mundo mítico o cotidiano era explicado a partir das ações praticadas pelos deuses. Observa-se essa simetria em minúcias, por exemplo, em Anaximandro sobre a formação do apeiron se percebe uma racionalização do tema geração sexual e heterogamia. Apesar dessas analogias se percebe descontinuidade no vocabulário e na atitude intelectual, existe uma libertação do ritual, do culto, da religião.

3ª parte [A dessacralização do saber] (§§12-13)

A dessacralização do saber não é um fenômeno isolado, mas se liga ao universo espiritual que forma a pólis. Dessa forma os primeiros filósofos não só se inspiraram nos mitos, mas também para construir cosmologia nova usaram noções que o pensamento político e moral tinham elaborado.

4ª parte [As teogonias e as cosmologias] (§§13-24)

Nesta parte se percebe que o Soberano não só interferia na esfera social, mas ele também era o responsável pelos fenômenos naturais, dessa forma não existia a concepção de uma organização autônoma imanente ao universo.

Algumas cosmogonias na Grécia também são elaboradas nesse sentido, como a de Ferecides que transforma o nome dos deuses mitológicos em jogos de palavras etimológicas sugerindo seu aspecto de forças naturais.

5ª parte [O mito] (§§24-25)

A gênese no mito não é um problema tão importante quanto o que traz ordem ao mundo, ele explicita o que é primeiro do ponto de vista do poder e isso se distingue do que é o principio do mundo, ou seja, está ligado a idéia de dynasteia. A arqué que surge na filosofia não tem vínculo com os mitos, quando Anaximandro usa esse termo é expresso não só uma rejeição pelo vocábulo monárquico próprio do mito, mas traduzirá uma vontade de aproximar o que os teólogos separavam o inicio cronológico, aquilo a partir de que as coisas se formam e aquilo que governa o universo. A lei que rege o universo deveria já estar presente no elemento original do qual o mundo surgiu.

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