O PERÍODO E CAMPOS DE INVESTIGAÇÃO DA FILOSOFIA GREGA
Por: iMatheuss • 31/5/2021 • Dissertação • 3.094 Palavras (13 Páginas) • 774 Visualizações
CAP- 1 PERÍODO E CAMPOS DE INVESTIGAÇÃO DA FILOSOFIA GREGA
OS PERÍODOS DA FILOSOFIA GREGA
Os quatro principais períodos da filosofia são:
Período pré-socrático ou cosmológico foi do fim do século VII a.c ao fim do século V a.c
A filosofia ocupa com a origem do mundo e as causas das transformações na natureza.
Período socrático ou antropológico foi do fim do século V a.c a todo século IV a.c
A filosofia investiga as questões humanas, ética e política, e busca compreender qual e o lugar do homem no mundo.
Período sistemático foi do fim do século IV a.c ao fim do século III
A filosofia busca reunir, e sistematizar tudo quanto foi pensado pela cosmologia e pelas investigações sobre a ação humana. A filosofia mostra que tudo pode ser conhecimento.
Período helenístico ou Greco- romano foi no fim do século III a.c ao século VI d.c
Nesse longo período, que abrange a época do domínio mundial de Roma e do surgimento do cristianismo a filosofia se ocupa, sobretudo com as questões éticas.
PERIODO PRÉ-SOCRÁTICO OU COSMOLÓGICO
Os pré-socráticos buscavam, além de falar sobre a origem das coisas, mostrar que a physis passava por constantes mudanças e que essas eram provocadas por alguma coisa que tentavam conhecer. Por causa das viagens marítimas, da invenção do calendário, da invenção da moeda, do surgimento das polis, da invenção da escrita e da política os gregos passaram a perceber que nada ocorria por acaso e que não existia a interferência de deuses relatados no período mitológico.
A cosmologia surgiu como a parte da filosofia que estuda a estrutura, a evolução e composição do universo, sendo a primeira expressão filosófica apresentada no Período pré-socrático ou cosmológico. Suas principais características são: a substituição da explicação da origem e transformação da natureza através de mitos e divindades por explicações racionais que identificam as causas de tais alterações defende a criação do mundo a partir de um princípio natural e que a natureza cria seres mortais a partir de sua imortalidade.
PERIODO SOCRÁTICO OU ANTROPOLÓGICO
Por volta do século V a.c começa o que podemos considerar como um novo período na história da filosofia, ao qual podemos chamar de período Socrático ou Antropológico. Esse também é chamado de período clássico da filosofia.
Podemos marcar o início desse período com a atuação dos Sofistas que estavam preocupados mais com a linguagem e a erudição do que com a explicação do mundo. Para os sofistas o importante era o bem falar e a arte de convencer o interlocutor.
As contendas políticas e os conflitos de opiniões favoreceram a ação desses professores ambulantes que consideravam não haver uma verdade única. Alguns comentadores da história da filosofia viram com maus olhos a atuação dos sofistas, principalmente devido a escritos de Platão que os considerava não filósofos, mas manipuladores do raciocínio sem amor pela verdade. Essa visão, entretanto, começa a ser revista, pois se percebe que os sofistas não eram os aproveitadores mencionados em alguns manuais, mas pessoas que se utilizaram, de forma pragmática, da filosofia.
O fato é que o centro das atenções tanto dos sofistas como de Sócrates, Platão e Aristóteles (e dos posteriores) volta-se para o homem e suas relações. Protágoras, um sofista dirá que "o homem é a medida de todas as coisas; daquelas que são enquanto são; daquelas que não são, enquanto não são". E Górgias, outro sofista, preocupado com o discurso, fará a seguinte afirmação: "o bom orador é capaz de convencer qualquer pessoa sobre qualquer coisa".
A postura dos sofistas, demonstrando pouca preocupação com a verdade e muito mais com o argumento, levou Platão a colocar na boca de Sócrates a afirmação de que "Ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um pouco mais sábio que ele exatamente por não supor que saiba o que não sei". Vê-se, portanto que a preocupação dos sofistas é a argumentação e a de Sócrates/Platão é a verdade daquilo que se sabe ou do que se pode saber.
O período antropológico que também é chamado o período Clássico da Filosofia recebe essa denominação por que nessa época floresceu não só a filosofia como também as artes e o começo da organização de todo o saber. Principalmente pela atuação de Aristóteles e seus discípulos do Liceu, floresceu o processo de aquisição e sistematização de vários saberes. A filosofia chegou ao seu apogeu com esses três pensadores que foram uma das maiores marcas da história do saber.
Algumas curiosidades: Sócrates ensinava na Praça de Atenas, dialogando com seus discípulos e interlocutores. Usava a ironia, como instrumentos metodológicos. Em virtude de sua postura filosófica foi chamado de "inseto", comparado com uma mosca: a mosca de Atenas. Um de seus principais discípulos foi Platão. Esse criou uma escola, a Academia, onde se reunia com seus discípulos e onde ditou os textos de seus diálogos em que Sócrates é o personagem principal. Um dos principais ensinamentos de Platão é a teoria do Mundo das ideias e a da Reminiscência da Alma. Na porta de sua academia estava escrito: "não entre aqui quem não for amante da matemática". Aristóteles discípulo de Platão, também fundou uma escola, o Liceu, mas não lecionava dentro de uma sala e sim andando pelos corredores. Daí vem à denominação de escola peripatética. Aristóteles foi o grande sistematizador da filosofia, classificando em várias áreas. Fez, através de uma grande rede de discípulos, estudos de Botânica, Zoologia, Química, Psicologia etc. A esses estudos denominou Física. Aos estudos sobre o Ser, o conhecimento, entre outros, chamou de Metafísica.·.
PERÍODO SISTEMATICO
Este período tem como principal nome o filósofo Aristóteles, discípulo de Platão. Aconselhe-se que, antes de um conhecimento constituir o seu objeto e seu campo próprios, os seus próprios produtos de aquisição e demonstração, de demonstração e de prova, devem ter em vista, independentemente do conteúdo que você quer. O estudo das formas gerais do pensamento, sem preocupação com seu conteúdo, chama-se lógica, e Aristóteles foi o criador da lógica como instrumento do conhecimento em qualquer campo do saber. Vejamos, pois, uma classificação aristotélica:
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