O Princípio da Responsabilidade
Por: Kesley Alves • 22/11/2015 • Dissertação • 641 Palavras (3 Páginas) • 292 Visualizações
Kesley Fortunato Alves (1656864) - Engenharia de computação
Explicação: O Princípio da Responsabilidade, Módulo VII-IX
Um dos assuntos mais comentados da filosofia clássica e moderna é o da ética e moral. Vários pensadores discorreram sobre esse tema ao longo dos séculos, porém, Hans Jonas, um filósofo alemão, em seu texto “O Princípio da Responsabilidade” quebra paradigmas ao formular uma teoria sobre como a ética e moral humana não são aplicáveis a cenários futuros e sim, apenas ao presente.
Em seu texto, Hans Jonas apresenta uma pergunta implícita que indaga o leitor a pensar: “Pode o homem arriscar seu futuro e sua vida, incluindo seu planeta, por causa dos avanços tecnológicos? ”. Hans apresenta argumentos para validar sua tese de que a nossa ética e moral que usamos no presente, pode não ser mais válida e/ou aplicada num futuro próximo, ou até mesmo no futuro. Hans, a partir da seção VII de seu texto, inicia seu pensamento apresentando ao leitor o exemplo de “prolongamento da vida” e como isso influenciaria nossa vida em sociedade e, também, o mundo ao nosso redor. O autor cita em seu texto dois extremos: O da abolição da morte e abolição da procriação. Hans imagina que, se e quando o homem se tornar imortal, não haverá mais a necessidade de procriação e, esta grande descoberta que, teoricamente, seria uma benção ao homem, pode tornar-se sua ruína. Usando argumentos como o de que com o cessar da reprodução, os homens não teriam mais aquela curiosidade que se possuí quando na infância e deixando uma dúvida ao leitor “Quais pessoas deveriam ser agraciadas com o dom da imortalidade? Todos? Apenas os ricos e influentes? Ninguém? ” E que, esse dom iria influenciar sempre a outra ponta da pirâmide. Caso apenas os ricos fossem agraciados, o resto da população ficaria à mercê dos ricos e, caso todos fossem agraciados, os ricos não teriam retorno financeiro pela descoberta.
O segundo exemplo apresentado por Hans é o dos avanços tecnológicos no controle comportamental. Hans cita os avanços na área de tratamento de doenças mentais e como esses avanços poderiam melhorar ou piorar a vida da sociedade. O autor acreditava que, da mesma maneira que essas tecnologias poderiam ser usadas para curar doenças mentais, elas também poderiam ser usadas para controlar e homogeneizar os “excepcionais” e pensadores “fora da caixa” do mundo. Ele também cita que o controle mental poderia ser usado por grandes impressas para controlar seus empregados, tornando-os assim, melhores e mais dedicados funcionários e, por último, cita a possibilidade de controle mental de toda a população pelo governo.
O terceiro exemplo apresentado por Hans é o da manipulação genética. Hans inicia seu pensamento utilizando-se da frase “Pode o homem ser o mestre sobre sua própria evolução? “. Hans decide não se aprofundar muito neste assunto, pois, de acordo com ele, este assunto merece uma sessão apenas sua. Porém, Hans ainda discorre um pouco sobre como a modificação genética poderia influenciar o homem e seu futuro.
Hans continua a discorrer sobre sua teoria usando como exemplo o que ele chama de “nova ética da responsabilidade”. Com todos os avanços tecnológicos que antes eram apenas utopia vão se tornando realidade, o autor cria um conceito chamado de “bola-de-neve” (Este conceito, de acordo com o autor, demonstra que o poder tecnológico nos impele adiante para objetivos que no passado pertenciam ao domínio das utopias). Também é citado no texto do autor outro aspecto da “nova ética da responsabilidade” que se refere a um futuro distante: A dúvida quando à capacidade do governo representativo em dar conta das novas exigências morais e éticas.
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