Olhos Azuis - Resumo
Por: André Lucas • 9/8/2016 • Resenha • 823 Palavras (4 Páginas) • 4.812 Visualizações
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Aluno: André Lucas de Souza Saturnino nº 2 Data: 28/04/2016
Matéria: Filosofia Professora: Renata Amorim
Olhos azuis / Olhos castanhos
Olhos azuis/Olhos castanho foi um experimento feito pela professora Jane Elliott, de Iowa, que consistia em demonstrar como era a discriminação sofrida pelas pessoas de cor, durante uma aula em que os cerca de 30 alunos foram divididos pela cor dos olhos, as crianças com olhos azuis e as crianças com olhos castanhos. No primeiro dia, a professora Elliott disse às crianças de olhos azuis que elas eram mais espertos, mais bonitas, mais limpas e melhores do que as de olhos castanhos. Durante todo o dia a professora elogiou-os, e deu-lhes privilégios enquanto que as crianças de olhos castanhos, além de terem de usar um colarinho, viram os seus comportamentos e resultados criticados e ridicularizados a todo momento. No dia seguinte, os papéis inverteram-se, com as crianças de olhos azuis a serem consideradas “inferiores” em relação às de olhos castanhos.
Os resultados dos dois dias do exercício foram que as crianças consideradas “inferiores” comportaram-se exatamente como verdadeiras pessoas que se sentiam “inferiores”, com fracos resultados nos exercícios escolares; por outro lado, os alunos “superiores” tiveram atitudes de arrogância em relação aos outros alunos. Isto, apesar de todos as crianças saberem que se tratava apenas de um jogo. Em nenhum momento a professora Jane disse às crianças para tratarem de forma diferente os colegas que estavam na posição de “inferiores”, somente disse que tais crianças eram “diferentes’’, só isto bastou parece que as outras crianças tratassem-nas de forma diferenciada.
Com isso, a professora percebeu que as crianças tidas como atenciosas e boas se tornaram, em questão de poucos minutos, más e arrogantes em relação às outras crianças, assumindo atitudes que são características da discriminação, tanto por parte das que discriminaram quanto das que sofrerem discriminação.
Este mesmo processo ocorreu com adultos, como mostrado no documentário, com a diferença de que os adultos que praticariam a discriminação já estavam cientes de tudo o que se tratava o experimento.
Ao meu ver, o experimento resume-se em uma frase “pôr-se na pele dos outros, para compreender a situação em que se encontram”, pois aborda de forma efetiva justamente a questão da discriminação e do abalo emocional das pessoas por ela afetadas. É interessante e ao mesmo tempo instigador, pois o objetivo era fazer com que as pessoas menos impactadas pelo preconceito sofram na própria pele as angústias e indiferenças pelo simples fato de possuírem uma característica externa não escolhida por elas. Jane procurou mostrar àqueles que nunca sofreram algo do tipo, o que é uma segregação racial, que mesmo depois de centenas de anos continua no mesmo patamar de “progressão” na nossa sociedade, enfatizada por uma frase que eu achei bastante marcante “uma das formas de perpetuação do mal é a omissão das ações das pessoas boas”. Jane ainda fez uma ligação com os planos de Hitler para com o mundo, quando escolheu fazer uma acepção de pessoas usando apenas a cor dos olhos (azul), assim como ocorreu na prática do nazismo, com acepção para com as pessoas afrodescendentes e judaístas.
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