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Pre-socráticos

Por:   •  26/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  591 Palavras (3 Páginas)  •  10.559 Visualizações

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  1. Qual o sentido e a importância da contribuição dos filósofos pré-socráticos para a formação e o desenvolvimento da tradição filosófica?

Filósofos pré-socráticos é a forma como são designados os primeiros filósofos. Muitas de suas obras se perderam na Antiguidade, já que a tradição grega valorizava mais a linguagem falada do que a escrita. Para conhecê-los, temos a daxografia, que são as sínteses dos pensamentos filosóficos e comentários, geralmente, por autores de períodos posteriores, e os fragmentos, que são as próprias palavras do pensador.

Com esses pensadores, ocorre a passagem das explicações pelos mitos gregos para uma explicação mais voltada para a razão, sem romper com os conhecimentos preconcebidos. Inicia-se em Tales de Mileto indo até Sócrates.

Elas foram importantes para a formação e o desenvolvimento da tradição filosófica, por seguirem os objetivos e os métodos do pensamento da Filosofia. Com o intuito de investigar a origem das coisas, principalmente do cosmo, sempre justificando através da razão e em busca da verdade absoluta.

  1. Como se caracteriza a distinção entre a escola jônica e as escolas italianas?

A distinção entre as escolas jônica e italiana é útil por caracterizar uma diferença básica de concepção filosófica entre as duas tendências.

A escola jônica, foi a primeira escola do período naturalista. Tinha por princípio o interesse sobre a physis e pelas teorias sobre a natureza. Preocupava-se em achar o elemento primordial da existência (arqué), trocando as explicações míticas pelas racionais. Chegam a ser considerados precursores da ciência moderna.

A escola italiana, em contraste com a escola jônica, tinha uma visão mais abstrata do mundo, menos voltada para uma explicação naturalista, prenunciando o surgimento da metafísica e da lógica.

  1. Em que sentido se destaca o pensamento dos pitagóricos e qual a sua especificidade no contexto dos pré-socráticos?

Pitágoras, como um filósofo pré-socrático, e os pitagóricos, seus seguidores, tentavam encontrar o elemento primordial para a explicação da origem do Universo.

Apesar de ter recebido influência de pensadores da escola jônica, os quais tinham na noção de arqué um elemento natural, Pitágoras teve um pensamento específico, acreditando ser o número o elemento básico explicativo da realidade, constatado pela proporção do cosmo, pela harmonia do real e seu equilíbrio.


  1. Quais os principais argumentos de Parmênides e dos monistas contra Heráclito e os mobilistas? Como você analisa esses argumentos?

Heráclito de Éfeso acreditava no mobilismo, na noção de logos, que era o papel central do pensamento, no pólemos, o qual garantia o equilíbrio no conflito dos opostos, no fogo como elemento primordial pelo seu caráter dinâmico, e ainda falava: “não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque o rio não é mais o mesmo e nós também não somos mais os mesmos”.

Em contraponto aos pensamentos mobilistas, Parmênides e os eleatas se caracterizavam como monistas. Acreditavam na existência de uma realidade única, imóvel, eterna, imutável, sem princípio, nem fim, contínua, indivisível. Baseavam-se em argumentos de que o movimento aparente tinha um aspecto superficial e de que a noção de movimento pressupõe a noção de permanência.

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