RELATÓRIO SOBRE O FILME “O ULTIMO SELVAGEM” E O CONCEITO DE EVOLUÇÃO ANTROPOLÓGICO
Por: JorgeDaniel17 • 25/6/2021 • Resenha • 812 Palavras (4 Páginas) • 1.074 Visualizações
RELATÓRIO SOBRE O FILME “O ULTIMO SELVAGEM” E O CONCEITO DE EVOLUÇÃO ANTROPOLÓGICO
O evolucionismo antropológico afirma que a humanidade é homogênea, embora situada em diferentes graus de civilização. Diante disso, era necessário reduzir as diferenças culturais existentes entre os diferentes povos e grupos do mundo para que todos eles chegassem a um estágio de evolução histórica e seguissem um mesmo caminho evolutivo que começava pelos grupos considerados primitivos (índios, por exemplo) e terminaria na sociedade supostamente mais evoluída (como os brancos, europeus e cristãos).
O filme “O último selvagem” de 1992, conta a história de “Ishi”, um índio sobrevivente de uma tribo já extinta e sua relação com o professor e antropólogo Kroeber. Tem início quando Ishi é encontrado em um matadouro por uma família de brancos e logo encaminhado para uma cela até a chegada de um pesquisador para estudá-lo. Isso mostra que esse índio é considerado um primitivo, um homem livre da natureza e sem civilização e, consequentemente, as pessoas que habitavam aquele lugar, eram vistas como civilizadas e mais evoluídas.
Ao ser levado para um museu no Estado de São Francisco (EUA), em que o antropólogo Kroeber trabalha, ele vai vestido de calça e camisa sem nenhuma resistência, o que comprova a necessidade de sua adaptação a essa nova cultura para tornar-se uma pessoa civilizada. Na chegada, Ishi teve uma recepção e foi admirado, por ser o ultimo homem primitivo do continente. A impressa da época chegou, inclusive, a fazer uma entrevista com o Sr. Kroeber juntamente com Ishi. Após esse episódio, o governo dos Estados Unidos, solicitou que Ishi fosse viver numa reserva indígena com cuidados e à custa do governo, porém o antropólogo disse que ele não queria ir e que ele seria um servente do museu. E para confirmar essa decisão, ele perguntou para Ishi e, de acordo com o professor, afirmou “eu quero ficar onde estou agora, vou envelhecer e morrer neste lugar”. Percebe-se que o Sr. Kroeber, por ser o único que entende a sua língua, tira vantagem dessa situação, pois além de na maioria das vezes decidir o que acha melhor para Ishi, é notável que ele enxerga o índio como um objeto de estudo para a elaboração de seu livro.
Em certo dia, o antropólogo pede para Ishi fazer uma casa de madeira junto com seu funcionário do museu o que não o satisfaz para os seus estudos, por não ser autêntica. Isso fez com que ele decidisse fazer uma viagem, com duração de 2 meses, ao local com esse tipo de madeira, juntamente com Ishi, seu amigo Dr. Saxton Poper e o funcionário do museu. Quando estão a caminho, eles começam a praticar os costumes das pessoas primitivas como caçar com arco e flecha. Quando anoitece, o médico pergunta ao antropólogo se não seria bom se Ishi pudesse voltar e ficar no seu local de origem e o antropólogo ligeiramente disse que não seria bom o bastante, porque ele não teria ninguém para partilhar sua vida.
Ainda durante a viagem, pela manhã, Ishi acorda o antropólogo e mostra a casa feita de madeira que pertencia a ele. Quando o Sr. Kroeber quer entrar nessa casa, Ishi afasta-o, por ser sua casa e que viveu muitos anos com sua família até serem encontrados por homens brancos, restando apenas ele.
Quando retornam, Ishi é surpreendido com uma mulher em seu quarto, mandada pelo médico e amigo do antropólogo. Quando o Sr. Kroeber soube, foi falar com seu amigo e com Ishi. Ao falar com Ishi, disse que não poderia mais repetir aquilo e o índio argumentou por qual razão e disse apenas que “não era sensato” e o índio saiu. O antropólogo o achou no hospital, na sala de autópsia e percebeu que ele havia se assustado com o que viu e pediu para o seu “chefe” pedir que parassem de mexer nos corpos da sala, como não pararam ele saiu correndo.
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