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REPÚBLICA DE PLATEAU: LIVRO VII

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Por:   •  7/4/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.592 Palavras (7 Páginas)  •  425 Visualizações

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Resumo.

No livro VII, da obra A República de Platão, num diálogo com Glauco, Sócrates discorre sobre a teoria das ideias e o conhecimento pleno e verdadeiro usando como metáfora, a Alegoria da Caverna, que descreve a ascensão da alma ao mundo das ideias, e principalmente, a ideia de bem, tida como principio de todas as demais. E ainda, a viabilidade da cidade perfeita, que só pode existir se tiver filósofos por governante. Palavras-chave. Conhecimento. Verdadeiro. Alma. Ideias. Bem.

Introdução.

Caro leitor, com base no livro citado acima, levando em conta, as considerações de Sócrates, iremos fazer algumas explanações sobre ignorância e conhecimento, onde Sócrates usa a tão conhecida Alegoria da Caverna, para fazer uma comparação entre o trajeto que tira o homem da ignorância, e o leva ao conhecimento verdadeiro. Com a situação na qual estaria um grupo de pessoas que sempre viveu na escuridão de uma caverna, preso por grilhões, podendo ver apenas sombras que lhes chegavam da entrada da caverna atrás deles e, refletidas na parede para a qual estavam voltados. Esses, tendo sempre vivido na escuridão, conseguem ver apenas as sombras do que se passa fora de sua caverna e, não tendo consciência de que haja algo além da realidade dela, tomam por reais sombras que não passam de uma reprodução do mundo exterior. Sócrates coloca ainda, que se um dos prisioneiros fosse retirado da caverna e, quiséssemos fazer com que um dos que lá viviam acreditasse que a verdadeira realidade era a que ele via então, não adiantaria, pois ele provavelmente iria querer voltar para sua caverna. Porém, se fosse mostrado aos poucos a essa pessoa as sombras, os reflexos, as estrelas, a noite, o céu diurno, a luz do sol, e a natureza por completa, logo ele perceberia como sua visão fora falha até então. Assim, tendo a oportunidade de conhecer melhor a verdadeira realidade que anteriormente não lhe era visível. Propõe ainda, a possibilidade da construção de uma cidade perfeita, que só poderia ser perfeita se tivesse filósofos por governantes.

A REPÚBLICA DE PLATÃO: LIVRO VII

De acordo com o livro VII, da obra A República, de Platão, o que pode ser percebido logo de início, é a inocência, ou como o próprio Sócrates denomina, a ignorância de pessoas que vivem em uma caverna, onde estão desde a infância, algemados pelas pernas e pescoços, de modo que só podem continuar no mesmo lugar e olhando para a frente, não podem nem mesmo, voltar suas cabeças para trás, por causa dos grilhões que os prendem, e a única coisa que lhes servia de iluminação era um fogo que se queimava muito longe por detrás deles. Entre o fogo e os que estavam aprisionados na caverna havia um caminho, e ao longo desse caminho se construiu um muro. Os que estavam aprisionados viam passar pessoas por aquele muro, e segundo eles essas pessoas trans-portavam objetos de todas as espécies, como, por exemplo; estatuetas de homens e de animais, de pedras e de madeira, de toda a espécie de lavor. Na verdade, como não po-dem olhar para trás, o que estão vendo são apenas sombras projetadas pelo fogo na pa-rede oposta da caverna, mas, eles pensavam estar vendo a pura realidade. O que poderia acontecer se eles fossem soltos e libertos dos grilhões e da caverna, o próprio Sócrates pode mencionar:

“ (...) Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o des-lumbramento impedi-lo-ia de fixar os objetos cujas sombras via outrora.(...) ”

(A República; Tradução: Pietro Nassetti;São Paulo: Martin Claret, 2000)

E quando lhe fosse afirmado que até então só teria visto coisas vãs, e agora estava mais perto da realidade e via de verdade, os objetos mais reais, e se fosse obrigado a olhar para a luz, seus olhos iriam doer, podendo ate cegar, e iria querer voltar para se refugiar nos objetos para os quais podia olhar, e pensaria ainda que estes eram mais nítidos do que os que lhe mostraram.

Dessa forma, seria muito difícil esta pessoa perceber a realidade. Seria necessário habi-tuar-se aos poucos, assim posteriormente poderia ser capaz de contemplar com facilidade as coisas que antes nem mesmo sabia que existia. Logo compreenderia tudo que existe no mundo visível. Então, lembrar-se-ia de sua vida, quando habitava na caverna apri-sionado com seus companheiros, e do saber que lá possui. Entende - se que este que foi libertado da caverna, ao lembrar-se do que passou, iria preferir qualquer coisa a regressar àquelas ilusões e a viver daquele modo.

A partir do que já foi explanado, podemos então, fazer uma comparação, traçando um paralelo entre a história contada na Alegoria da Caverna e mundo real. Comparando o mundo visível através dos olhos à caverna da prisão, e a luz do fogo que lá existia a força do sol. A subida ao mundo superior, e à visão do que lá se encontra, pode ser to-mada como a ascensão da alma ao mundo inteligível. A ausência de luz, ou seja, a ca-verna representa nessa alegoria a ignorância, na medida em que a escuridão limita a visão da realidade, assim como os equívocos e variantes da opinião limitam o conhecimento pleno das ideias. As opiniões são como sombras que, tomadas por realidades, confundem a visão da alma, reprimindo sua apreensão do verdadeiro conhecimento pre-sente não nas coisas, mas nas ideias. A alma não pode ser levada a contemplar a ideia do bem, nem qualquer outra ideia, de modo repentino e que não seja por iniciativa própria, pois a ascensão a um patamar cada vez mais alto do conhecimento só pode ser realizada por uma alma que além de ter capacidade natural para o aprendizado, tenha empenho na busca desse conhecimento. É indo de degrau em degrau, que se chega

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