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RESENHA DO TEXTO: DELEUZE,G ; GUATARRI,F. “O que é filosofia?”

Por:   •  14/6/2019  •  Resenha  •  1.029 Palavras (5 Páginas)  •  307 Visualizações

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RESENHA DO TEXTO:​ ​DELEUZE,G ; GUATARRI,F. “O que é filosofia?”,  Cap1 “o que é um conceito?” in: Conversações RJ: Ed 34, 1992 p. 27-47

 

 

No texto no primeiro capítulo do livro "O que é Filosofia" o autor trata do que é conceito. Primeiramente o conceito é formado e definido por componentes, é, portanto, múltiplo. Além disso, há sempre um problema remetente do conceito, como é exemplificado no texto, o problema do posicionamento de outrem, que para resolvê-lo é preciso levar em conta conceitos a priori nos quais o objeto especial é derivado, que são o outro sujeito e o eu. Logo, para a criação de conceitos filosóficos são criados por conta de problemas mal resolvidos. 

Posteriormente o autor trata da questão de se considerar um campo experimental como a realidade, dessa forma o outrem se torna a existência de um mundo possível (como é exemplificado que ao afirmar algo esse algo se torna possível no mundo real). Ademais, o autor afirma que o conceito tem uma história mesmo que essa história seja conflituosa ou tenha componentes de outros conceitos.

Outrossim, o estudioso sustenta que o conceito é flexível, podendo ser transformado e reativado. Porém o conceito tem um conjunto de mudanças limitadas que o concerne, para que não se confunda com outros conceitos situados no mesmo plano. Dessa maneira os componentes e problemas a serem resolvidos de cada conceito podem se conectar e se encruzilhar como aliados. Para o conceito de outrem seu significado é a conjunção de toda percepção, ou seja, outrem é captado como outro.

Em seguida o autor destaca três fatos importantes sobre o conceito. Primeiramente, a questão da remeção de conceitos em função de outros conceitos, levando em conta a história, o devir e conexões presentes entre os conceitos. Assim os conceitos têm sempre uma razão para serem criados. Subsequentemente é proposto que existem componentes inseparáveis no próprio conceito. Cada componente diferente tem um limite indiscernível, como o outrem no qual há distinção entre o expressado e a expressão. Contudo os componentes coexistem entre si, formando pontes uns com os outros dentre de limites. Por último o autor trata do fato de que os componentes de cada conceito são acumulados, dessa forma cada componente é uma característica acentuada, uma "ordenada intensiva”. ​ Assim um conceito é uma "heterogênese", na qual seus componentes são arranjados por limites indiscerníveis. 

O conceito não se encaixa na relação espaço-tempo, logo é incorporal, encaixando-se apenas nas ordenadas intensivas. Ademais, conclui-se que o conceito é relativo quando se trata de seus próprios componentes e outros conceitos, na relação dos limites da resolução do problema, sua parte fragmentada. Mas é também absoluto pela parte na qual atua e pelo condicionamento imposto ao problema, sua parte como todo.

O conceito não tem caráter proposicional, não é discursivo. Por isso o conceito filosófico é majoritariamente visto como sem sentido.  

Por fim, o autor destaca a funções da filosofia, da ciência e da arte. A filosofia formula conceitos não ideias abstratas ou gerais. Já a ciência trabalha com prospectos, rejeitando qualquer espécie de juízos. E a arte apanha perceptos e afectos, diferentemente de sentimentos e percepções.

No exemplo I, o autor aborda o conceito do Eu de Descartes, o cogito cartesiano. Analisando seus componentes: duvidar, pensar e ser, em sua totalidade multiplica, evento a todo momento renovado do pensamento “eu penso logo eu sou”. O conceito concentra-se em componentes ordenados ligados em zonas vizinhas, constituindo seu valor de inseparabilidade, duvidar e pensar constitui a primeira zona, na segunda, estão inseridos os componentes pensar e ser. Deste modo o autor também destaca que todo o conceito é constituído por fases, a dúvida pode variar entre dúvida sensível, cientifica e obsessiva; o pensar, em sentir, imaginar e ter ideias; por fim, o ser altera-se em ser infinito, pensante e extenso. Percebe-se que o conceito do Eu está incluído na segunda fase do ser, “ser pensante”, indicando assim a totalidade fragmentaria do conceito que não transitará em outras variações. Sem a conexão dos devidos componentes, ocorre o surgimento novos conceitos.

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