Relatório das aulas de filosofia

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RESENHA DAS AULAS DE FILOSOFIA

Discente: Giovana Macedo

Docente: Karina Andrea Tarca

Turma: 2° A – Química

Rondonópolis – MT

2017

Introdução

Esse trabalho tem como objetivo relatar as aulas ministradas pela professora Karina Andréa Tarca durante o bimestre. Serão abordados os conteúdos: trabalho, alienação e consumo, de forma que demonstre os nossos conhecimentos e contemple o aprendizado adquirido ao decorrer das aulas.

Desenvolvimento

Introduziu-se ao conteúdo “Divisão do trabalho” a partir da pesquisa feita pelos alunos sobre o dia do trabalho/trabalhador. Foram realizados comentários dos alunos sobre suas pesquisas.

A palavra trabalhar deriva do latim tripaliare, que nomeava o tripalium, um instrumento formado por três paus, próprio para atar os condenados ou para manter presos os animais difíceis de ferrar. A origem comum identifica trabalho à tortura.

Atualmente podemos dizer que o ser humano se faz pelo trabalho, pois sua própria subjetividade é construída ao passo em que produz coisas e torna-se humano. O trabalho influência em nossa visão de mundo e si próprio. Nesse sentido, o trabalho apresenta uma condição de humanização porque liberta ao viabilizar projetos e concretizar sonhos.

Todavia, esta é uma concepção positiva relacionada ao trabalho, pois como já dito anteriormente, a noção que prevalecia antigamente não era humanizadora e sim, de tortura. Se é o trabalho que gera riqueza, por que quem trabalha (a maior parte das/os trabalhadoras/es) não vive em riqueza?

Karl Marx (1818 – 1883) reforçou a questão do trabalho como condição de liberdade, entretanto negou que isso seria possível com o capitalismo, pois o trabalhador perde mais do que ganha, já que produz para outro. Este torna-se “estranho”, “alheio” a si próprio por ser comandado de fora por forças que não mais controla, este fenômeno é denominado alienação.

Nesse contexto, aborda-se sobre alienação na produção que é tratada por Marx como fetichismo da mercadoria e reificação do trabalhador. O fetichismo é o processo pelo qual a mercadoria, um ser inanimado, adquire “vida” porque os valores de troca tornam-se superiores aos valores de uso e passam a determinar as relações humanas, ao contrário do que deveria acontecer. A reificação é a transformação dos seres humanos em coisas. Consequentemente, ocorre a desumanização e coisificação do indivíduo em função da humanização da mercadoria.

Para melhor entendimento dos alunos, foi apresentado pela professora uma animação denominada “El empreo” (O emprego), de Santiago Grasso, que trata da desumanização das relações de trabalho e mostra como a sociedade em que vivemos, há um processo de exclusão de quem não pode consumir e as rotinas de trabalho são cada vez mais brutais e desumanizadoras. Atualmente, devido a divisão de classes (entre burguesia e proletariado) o poder ideológico é fortemente utilizado como forma de conformar os trabalhadores em seus lugares, justificando a relação de dominação e exploração (relação de poder).

Até a idade média, havia a servidão medieval e o poder absoluto instituído pela nobreza, mas no final desse período e durante a Idade Moderna, houve a ascensão da burguesia. Nesse contexto, são introduzidas as novas ideologias a respeito dessas mudanças. Os principais pensadores da modernidade são Bacon, Galileu e Descartes, no século XVII, que valorizavam a técnica, a experimentação e o conhecimento alcançado por meio da pratica.

Junto a essas mudanças ocorre a valorização do trabalho proveniente do liberalismo e a fundamentação da teoria contratualista, da qual Locke foi um dos teóricos. Isto posto, surgi então a concepção de meritocracia. Segundo Locke qualquer pessoa possui seu corpo, é proprietário do seu trabalho e dos frutos dele.