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Resenha Criticas Texto “A ilusão das relações raciais”

Por:   •  2/10/2020  •  Resenha  •  735 Palavras (3 Páginas)  •  711 Visualizações

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DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1986, 111 p., cap 3.

Texto “A ilusão das relações raciais”

Roberto DaMatta é um antropólogo, conferencista, consultor, colunista de jornal e produtor brasileiro de TV e um pensador sociólogo . É Professor Titular de Antropologia Social do Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Professor Emérito da Universidade de Notre Dame, ocupando a cátedra Reverendo Edmund P. Joyce. Atualmente, é professor titular do Departamento de Ciências Sociais da PUC-RJ. Roberto realizou pesquisas etnológicas entre os índios Gaviões e Apinayé. Foi pioneiro nos estudos de rituais e festivais em sociedades industriais, tendo investigado o Brasil como sociedade e sistema cultural por meio do carnaval, do futebol, da música, da comida, da cidadania, da mulher, da morte, do jogo do bicho e das categorias de tempo e espaço.

        Estudioso do Brasil, de seus dilemas e de suas contradições bem como do seu potencial e de suas soluções, Roberto não se afasta de seu País mesmo ao desenvolver outros temas. A comparação com o Brasil é inevitável em suas obras. DaMatta trata as questões com as quais vem lidando no desenvolvimento de uma Antroplogia brasileira e do Brasil com simplicidade, mas sem deixar de expressar seu caráter denso. O antropólogo revela o Brasil nos pequenos gestos, palavras, hábitos e em sua cultura através de suas festas populares, manifestações religiosas, literatura e arte, Carnavais e paradas militares, leis e regras (quando respeitadas e quando desobedecidas), costumes e esportes. O autor revela que é através dessa cultura, variada e extensa que seja que uma Sociedade se expressa e pensa sobre si mesma.

O texto em questão traz uma análise crítica acerca das relações raciais. Traçando um paralelo de como essas relações foram estruturadas em outras partes do mundo e aqui, no Brasil.

O autor arquiteta a discussão das relações raciais na frase de Antonil(século XVIII) que diz que: “ O Brasil é um inferno para os negros, um purgatório para os brancos e um paraíso para os mulatos”. DaMatta afirma que para se ter uma compreensão mais fidedigna das relações raciais existentes no Brasil, será preciso tomar essa expressão em todos os seus sentidos. Considerando não apenas o fenômeno biológico e racial que a acompanha posto que, ela apresenta um caráter sociológico aferrado de implicações morais e políticas.

Antes de dar continuidade à interpretação das questões raciais brasileiras, ele perpassa pelas teorias racistas europeias e norte-americanas. Relembrando que eram sistematicamente contra o negro ou o amarelo ainda que esses, quando comparados aos brancos, fossem vistos como seres inferiores.  A maior questão dessas teorias era, no entanto a miscigenação das “raças”.  Ainda que afirmassem que existia uma ordem natural que hierarquizava as raças humanas, o que causaria o total extermínio seria a mistura delas.  Roberto cita Gobineau, e alguns outros autores como Agassizz, Buckle e Couty que viam a miscigenação como uma mistura que findaria com as melhores qualidades do branco, do negro e do índio. Traça um paralelo entre Brasil e EUA, nesse havia uma clara divisão racista dualística com uma radical exclusão de todas as características intermediárias.

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