Resenha Filosofia Juridica
Por: Deraci • 23/5/2015 • Resenha • 1.536 Palavras (7 Páginas) • 518 Visualizações
O PRINCÍPIO DA MÁXIMA FELICIDADE - O UTILITARISMO
2. O Princípio da máxima felicidade /O utilitarismo
Em 1884, em virtude do naufrágio de um navio, quatro marinheiros estavam em um pequeno bote salva-vidas no Atlântico Sul, sem água potável e apenas duas latas de nabos.
Passados alguns dias sobreviveram de pequenas porções de nabos e de uma tartaruga que conseguiram capturar no mar.
Havia um Capitão, um primeiro oficial e um marinheiro além de um taipeiro.
Dias se passaram e a fome fez com que pensassem em sacrificar um deles para sobrevivência de outros, cujo sorteio não entraram em acordo, no 19° dia, visto que o taipeiro de 17 anos estava doente por ter tomado água salgada, o capitão assassinou o taipeiro para matar a fome e sobrevivência dos demais.
No 24° dia houve o resgate dos três sobreviventes e quando voltaram para a Inglaterra foram levados a julgamento.
Observa-se inicialmente um caso parecido com o caso dos exploradores de caverna, alegando-se o estado de necessidade, tirando a vida de um para salvar a vida dos demais.
Dos demais.
2.1. O Utilitarismo de Jeremy Bentham
Ele desprezava profundamente a ideia dos direitos naturais. Filósofo moral e estudioso das leis afirmava que o prazer e a dor nos governam e os conceitos de certo e errado deles advêm.
Maximizar a utilidade é um princípio e o governo deve fazer o possível para maximizar a felicidade da comunidade em geral.
A comunidade é um corpo fictício formado pela soma dos indivíduos que abrange.
Um homem consegue mover a Terra mas antes ele precisa encontrar outra Terra na qual se apoiar.
Ele propôs um presídio em que prisioneiros trabalhariam 16 horas por dia.
Outro plano foi melhorar o tratamento dado aos pobres, que segundo ele um mendigo causa repugnância, desta forma propôs a remoção dos mendigos confinando-os em abrigos.
Ele propôs uma maneira de tornar seu plano para os pobres inteiramente autofinanciáveis.
O objetivo era promover o bem estar geral resolvendo um problema que afeta a felicidade social, mas nunca foi adotado.
2.1.1 Objeção 1 – Direitos Fundamentais
A vulnerabilidade é que ele não consegue respeitar os direitos individuais.
Para o utilitarista, os indivíduos têm importância, mas apenas enquanto as preferências de cada um forem consideradas em conjunto com as de todos os demais.
Na Roma Antiga, cristãos eram jogados aos leões no Coliseu para a diversão da multidão.
Que argumentos teriam um utilitarista para condenar tal prática? Podem pesar mais do que o prazer proporcionado pelos jogos e dar ao condenar tal prática?
Podem pesar mais do que o prazer proporcionado pelos jogos e dar ao utilitarista uma razão para repudia-los, portanto não estaria faltando algo moralmente importante a esse raciocínio? Outra questão é sobre a justificativa da tortura nos interrogatórios.
Seria certo torturar alguém para que diga algo necessário? O argumento começa com um cálculo utilitarista que é moralmente justificável infligir dor intensa a uma pessoa se isso evitasse morte e sofrimento em grande escala.
A tortura não significa salvar muitas vidas justificando infligir sofrimento de um inocente.
No caso da cidade da felicidade conclui-se que seria errado violar os direitos de uma criança inocente, ainda que fosse pela felicidade de uma população.
2.1.2 Objeção 2 – Valores Como Moeda Comum
O utilitarismo mostra-se como uma ciência de moralidade baseada na felicidade.
É necessário pesar os valores em uma única balança.
Não é possível transformar em moeda corrente, valores de natureza distinta.
A análise de custo e benefício tenta trazer a racionalidade.
Na República Tcheca o governo lucra mais do que perde com o consumo de cigarros pela população, pois eles morrem cedo, este estudo mostrava um desrespeito aos valores humanos básicos e mostra o desatino moral na análise de custo e benefício e do pensamento utilitarista que sustenta.
Outro fato a ser comentado é o caso dos tanques de combustíveis da Ford que explodiam, mas uma análise de custo e benefício levou a conclusão dos combustíveis da Ford que explodiam, mas uma análise de custo e benefício levou a conclusão dos engenheiros que não compensavam consertar todos os carros, pois o custo com a vida eram mais em conta.
Para mensurar o efeito total de uma morte no trânsito sobre a utilidade, seria preciso incluir também a perda da futura felicidade da vítima. Qual seria uma estimativa do valor monetário de uma vida humana?
Em 2003 a EPA atribuiu um valor de avaliação dos jovens maior do que a dos idosos porque estes são menos útil.
A vida humana tem seu preço.
Para os críticos do utilitarismo há uma importância moral na idéia de que não é possível mensurar e compara todos os valores e bens em uma única escala de medidas.
O utilitarismo presume que é possível converter nossos desejos e nossas aversões em uma moeda comum de prazer e dor.
Mais um caso foi em 1970 em que uma escola para meninas veio a ter cobrança pelas visitas masculinas e logo se veiculou que naquela instituição as meninas estavam por determinado preço e não a companhia logo as regras foram relaxadas e a cobrança suspensa.
2.2. John Stuart Mill
John acreditava que após a geração e Bentham reformularia o utilitarismo de forma mais humana e menos calculista.
Seu princípio central é o de que as pessoas devem ser livres para fazer o que quiserem, desde que não façam mal aos outros.
Necessita,
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